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Petrov desabafa sobre problemas na Lotus Renault e admite saída

17 nov 2011 - 11h38
(atualizado às 12h16)
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O russo Vitaly Petrov, da Lotus Renault, surpreendeu nesta temporada da Fórmula 1 ao conseguir, logo na primeira corrida, em Melbourne, um pódio com o terceiro lugar. No entanto, o desempenho da equipe caiu drasticamente e, com o fim do calendário próximo, o piloto resolveu quebrar o silêncio nesta quinta-feira, e criticou o trabalho realizado ao longo do ano, além de admitir que se vê fora do time.

Piloto desabafou sobre problemas na Lotus Renault
Piloto desabafou sobre problemas na Lotus Renault
Foto: Getty Images

Petrov também disse que está cansado de levar a culpa pelos resultados ruins da equipe. O alemão Nick Heidfeld, que foi escolhido para substituir o acidentado Robert Kubica, foi desligado do time após um fraco desempenho e deu lugar ao brasileiro Bruno Senna, que tem tido resultados semelhantes ao de seu companheiro nas corridas recentes.

"Nós estávamos muito fortes nas cinco ou seis primeiras corridas da temporada. Não podíamos competir com a Ferrari, Red Bull ou McLaren, mas estávamos muito mais rápidos do que a Mercedes", disse em entrevista à rede de televisão Rossiya 2, da Rússia."Durante dez corridas não tivemos absolutamente nenhuma novidade, o que significa que basicamente o carro foi sempre o mesmo ao longo da temporada. É claro que o primeiro pódio foi inspirador para mim, para a Rússia e para os meus fãs, mas depois fiquei chateado com tudo, mas nunca desisti", acrescentou.

O piloto também deixou escapar que "infelizmente, não pode dizer nada de errado sobre a equipe", pois constava em seu contrato. "Leiam as minhas entrevistas. Eu nunca critiquei uma equipe que perde tantas vezes. E quanto mais tenho que perder nos boxes? Quanto perdemos com as táticas? Devido a isso, perdemos dez corridas ou mais! De qualquer forma, eu não posso falar sobre isso, mas também não posso ficar calado, pois estou cansado e não posso ficar com tudo para mim", desabafou.

Sobre seu futuro na F-1, ele admitiu que pode deixar a equipe, principalmente com o esforço de Eric Boullier, chefe da Lotus Renault, para contar com o Robert Kubica no ano que vem. Senna briga para manter-se no time, enquanto o jovem Romain Grosjean tem chances de voltar, além da possibilidade da vinda de Rubens Barrichello, da Williams."Isso é Fórmula 1, é negócio. Olhe para a fila de pilotos na Williams - acredito que há 20 pessoas ansiosas para ocupar a segunda vaga lá. Obrigado, Deus, por eu não estar nisso", ironizou o russo.

"Quanto a mim, acho que está bem claro: tenho um contrato. Mas, como eu disse antes, até o campeão mundial Kimi Raikkonen foi convidado (pela Ferrari, em 2009) a deixar a F-1 por um determinado montante. É um mundo em que tudo é possível, será difícil evitar se eles quiserem tirar alguém", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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