Alonso reclama de Petrov; russo rebate e defende trabalho
14 nov2010 - 13h57
(atualizado às 15h49)
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O espanhol Fernando Alonso não escondeu sua irritação após deixar escapar o título do Mundial de Fórmula 1 no Grande Prêmio de Abu Dhabi, neste domingo. Ainda dentro do carro, gesticulou com o russo Vitaly Petrov, a quem não conseguiu ultrapassar durante a prova, reclamando de sua agressividade ao defender a posição.
"Petrov foi agressivo demais. Depois da corrida é sempre muito fácil ver qual era a melhor estratégia. Se não tivéssemos parado (na 16ª volta), Webber provavelmente teria nos ultrapassado. Se parássemos, deixaríamos Rosberg e Petrov nos ultrapassar. Era uma decisão difícil", reclamou o espanhol, que ficou com a sétima colocação do GP De Abu Dhabi. "Mas ele (Petrov) dirigiu bem, não cometeu erros. Ano que vem tentaremos de novo", complementou.
Alonso chegou à última etapa do Mundial de Fórmula 1 na liderança do campeonato e era considerado favorito para a conquista do título. Apesar do desempenho decepcionante em Abu Dhabi, o espanhol aprovou sua temporada de estreia na equipe Ferrari.
"Foi muito bom. Especialmente para mim que passei dois anos de dificuldades (na Renault), lutando por um lugar no Q3, e voltei a ganhar corridas e lutar pelo título até a última prova", avaliou Alonso, que venceu cinco corridas na temporada e chegou a 26 triunfos na carreira, ultrapassando Niki Lauda e Juan Fangio em número de vitórias.
"Para mim isso é algo incrível e tenho certeza que com esse time é possível lutar pelo título no futuro. Por isso estou muito feliz."
Alvo de reclamações e gestos de Alonso após o GP de Abu Dhabi, Vitaly Petrov se defendeu e disse que não deixou o espanhol ultrapassá-lo numa briga por posições porque ele estava desempenhando seu papel na pista. Com o tempo perdido atrás do Renault de Petrov, Alonso saiu da briga pelas primeiras posições e acabou em sétimo, resultado que deu o título ao vencedor Sebastian Vettel, da Red Bull.
"Estava com pneus melhores, tinha de demonstrar que podia lutar, fiz o meu trabalho. Vim para ganhar algo, não para me relaxar" disse o russo, que ainda luta para renovar seu contrato com a Renault para a próxima temporada.
Com informações Lancepress!
Contrariando prognósticos, Sebastian Vettel levou a melhor e conquistou o título da temporada de 2010 da Fórmula 1, vencendo Fernando Alonso e Mark Webber graças a seu arrojo; confira fotos da carreira do alemão, que tomou de Lewis Hamilton a coroa de mais jovem campeão da história da categoria
Foto: Getty Images
Vettel apareceu na categoria como piloto de testes da BMW-Sauber em 2006, com bons resultados nos treinos livres de sexta-feira; no ano seguinte, ganhou a chance de disputar o GP dos EUA com a equipe, substituindo Robert Kubica, que havia se acidentado na prova do Canadá
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Com as boas apresentações na BMW-Sauber, Vettel foi recrutado para correr na Toro Rosso ainda em 2007; substituto de Scott Speed, alemão estreou no time no GP da Hungria com o 16º lugar
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No GP da China de 2007, alemão deu show e conquistou seus primeiros pontos ao terminar a corrida em quarto lugar; desempenho foi muito comemorado pela até então pouco competitiva Toro Rosso
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Em 2008, surpresa: mesmo sem figurar entre os favoritos, Sebastian Vettel venceu o GP da Itália, formando um pódio incomum com Heikki Kovalainen e Robert Kubica; com 21 anos e 73 dias na ocasião, alemão se tornou o mais jovem vencedor de uma corrida na história da F1
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"Promovido" à Red Bull em 2009, Vettel formou dupla com o experiente Mark Webber; ao longo das 17 corridas do ano, conquistou oito pódios e quatro vitórias - a última delas no GP dos Emirados Árabes Unidos, que lhe valeu o vice-campeonato
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Em 2010, com o melhor carro da categoria, Vettel consolidou sua fama de arrojado, mas também de desequilibrado; no GP da Turquia, bateu no companheio Mark Webber quando ambos disputavam a terceira posição, e ainda deixou a pista chamando o australiano de "maluco" (foto)
Foto: Getty Images
Porém, com bons resultados no final da temporada, conquistando duas vitórias e um terceiro lugar em quatro corridas, alemão deixou de lado a vantagem matemática de Webber e, com a disputa interna permitida pela Red Bull, manteve-se na briga pelo título da temporada