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Anos de dados e 100 sensores: saiba como funciona a telemetria na Fórmula 1

23 nov 2013 - 09h15
(atualizado em 25/11/2013 às 12h23)
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Os fãs da Fórmula 1 estão acostumados há anos com uma palavrinha: telemetria. É através dela que as equipes coletam dados dos carros, analisam nas equipes e interpretam, de forma a melhorar a performance de cada piloto em treinos e corridas. Mas você sabe exatamente como funciona a telemetria? Se não sabe, o Terra explica para você.

Quem explica, na verdade, é a equipe Lotus. A equipe mantém uma parceria com a Avanade, empresa de tecnologia da informação resultante de uma joint-venture entre Microsoft e Accenture, e que trabalha com captação e processamento de dados coletados em pista pelos carros de Kimi Raikkonen, Romain Grosjean, Heikki Kovalainen e Davide Valsecchi.

Segundo Jun Endo, responsável pelas operações da Avanade no Brasil, cada carro possui pelo menos 100 sensores para recolher informações de cada volta – uma volta em corrida equivale a 15 Mb, enquanto uma volta em treinos equivale a 25 Mb. “Hoje, há muita colaboração na coleta de dados”, explica Endo. “E você sempre pode evoluir com esses dados.”

<p>Dados secretos são coletados em todo os carro para ajudar na evolução de componentes</p>
Dados secretos são coletados em todo os carro para ajudar na evolução de componentes
Foto: Getty Images

A empresa conta com cerca de 20 funcionários (de diversas partes do mundo) na fábrica da Lotus, em Enstone (Inglaterra). Ali, trabalham ao lado de cerca de 5,5 mil empregados, entre equipe, Renault (fornecedora de motores) e outros parceiros. Desde a elaboração do carro, a equipe inicia uma coleta de dados, que serão analisados e que poderão ser reunidos por anos para servir de base de comparação.

Partindo do primeiro carro que vai de fato à pista, a equipe começa a reunir avaliações. E é aí que entra um detalhe importante: segundo Chris Papadopoulos, engenheiro de suporte eletrônico da Lotus, os dados são transmitidos via rádio (frequência de 15 mil MHz) para a FIA, que recebe os dados criptografados de todas as equipes na mesma frequência e os repassa para seus respectivos “donos”, que podem abrir os dados.

Com os dados de cada sensor em mãos, a equipe avalia onde pode mexer no carro para evoluir – pneus, suspensão e aerofólios, entre outros componentes. E como os dados podem se acumular por anos, é esperado que todas as equipes – inclusive a Lotus – utilizem informações coletadas no Grande Prêmio do Brasil de 2012 para a prova deste final de semana no Autódromo de Interlagos.

<p>Carros enviam dados via rádio para a FIA, que repassa informações para as equipes</p>
Carros enviam dados via rádio para a FIA, que repassa informações para as equipes
Foto: Getty Images
Lotus descarta desperdício de dados

O acúmulo de dados de anos anteriores poderia ser desnecessário para a próxima temporada, uma vez que a Fórmula 1 passará por uma drástica mudança no regulamento de motores – saem de cena os V8 com capacidade para 2,4 litros para a entrada dos V6 turbo com capacidade para 1,6 litros. Embora as informações coletadas até o fim de 2013 serão pouco úteis na prática para as equipes, a Lotus garante que todas as informações poderão ser utilizadas.

“No próximo ano, vamos trocar os motores. Com o turbo, teremos uma tecnologia diferente. Iremos utilizar tecnologia inutilizada (o ERS). Será uma tecnologia nova. Iremos criar o carro já com o motor. Será algo novo”, explicou Fleur Foster, gerente de contas da Lotus. “Sei que os dados serão usados, mas não sei o quanto. Afinal, começamos o carro do papel”, completou.

A equipe assegura que não será pega de surpresa com o regulamento – afinal, segundo Fleur, o carro vem sendo construído há mais de dois anos, graças aos dados da telemetria fornecidos aos engenheiros por Kimi Raikkonen e Romain Grosjean. É esperar para ver.

Veja a previsão do tempo para GP do Brasil de Fórmula 1:

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Fonte: Terra
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