Após falha com Rosberg, chefe da Mercedes critica mudanças na regra do rádio

23 set 2014 - 14h20

O GP de Cingapura, realizado no último fim de semana, inaugurou as novas regras da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em relação às mensagens que podem ou não ser transmitidas via rádio da equipe ao piloto durante a corrida. Para o Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, criticou a mudança e argumentou que se trata de uma "questão de segurança".

Nico Rosberg, piloto da escuderia, teve problemas no seu carro logo no início e precisou largar dos boxes. No fim da corrida, com problemas eletrônicos e sem acesso às informações que normalmente acessa em seu volante, o alemão precisou abandonar a prova e viu seu colega na Mercedes, Lewis Hamilton, assumir a liderança que anteriormente era sua.

"É um pesadelo! Pode imaginar não estar habilitado a mandar qualquer mensagem para um piloto? É uma preocupação de segurança. Como você não se comunica com um piloto que tem um volante inativo? Talvez em Cingapura, com todos os ingredientes, precise ser levada em consideração para qualquer direcionamento futuro para mensagens de rádio", afirmou o chefe da equipe.

A Red Bull foi acusada pela McLaren de quebrar a nova regra ao avisar Daniel Ricciardo que seus freios estavam quentes e ele deveria sair do vácuo de outros pilotos. Christian Horner foi o porta-voz da defesa da escuderia austríaca.

"Acho que esses carros são tão complicados e têm muitas coisas acontecendo. Eu apoio completamente o fim do treinamento via rádio ao piloto. Não é trabalho do engenheiro dizer onde ele precisa frear antes, ou coisa assim", afirmou. "Mas em termos de gerenciamento da unidade de força atual, tão complexas do ponto de vista da confiabilidade ou segurança, acho que é importante. E creio que seja bom para o show. Pelo menos poderemos falar que seus freios estão esquentando e eles devem sair do vácuo, por exemplo", encerrou Horner.

As mudanças devem permanecer em vigor no GP do Japão, no dia 5 de outubro.