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Após título de Piquet, morte de Senna iniciou má fase brasileira na Williams

11 nov 2013 - 14h32
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Uma das mais tradicionais equipes da Fórmula 1, a Williams já reservou momentos de alegria e tristeza para o Brasil. Se por um lado a equipe levou Nelson Piquet ao título pela terceira vez, em 1987, foi em seu carro que Ayrton Senna sofreu acidente fatal, sete anos depois.

A partir daí, nenhum representante nacional conseguiu chegar perto do sucesso de Piquet na equipe. Antonio Pizzonia, em 2004 e 2005, Rubens Barrichello, em 2010 e 2011, e Bruno Senna, no ano seguinte, foram os pilotos que fracassaram nessa missão. Curiosamente, todos eles deixaram a Fórmula 1 ao saírem do time inglês.

Nesta segunda-feira, Felipe Massa anunciou acordo para guiar um carro da equipe nos próximos três anos. Sexto brasileiro a defender o time, será ele o responsável por acabar com o estigma recente do Brasil e, como ele mesmo diz, aumentar ainda mais "a forte ligação do time com o país".Piloto de testes, Pizzonia recebeu algumas chances na Williams após grave acidente sofrido por Ralf Schumacher e lesão de Nick Heidfeld. Em nove corridas, o brasileiro jamais completou uma prova acima da sétima posição.

Rubens Barrichello foi o que chegou mais perto de ao menos subir ao pódio pelo time. Em 2010, seu primeiro ano no time, o brasileiro foi quarto no GP da Europa e quinto na Inglaterra, logo em seguida.

Com 47 pontos, acabou na décima colocação e renovou seu contrato por um ano. Em 2011, no entanto, não repetiu o desempenho regular apresentado na temporada anterior e somou apenas quatro pontos, terminando o Mundial de Pilotos na modesta 17ª posição.

Substituto de Rubinho, Bruno Senna teve performance melhor que a do segundo ano de seu antecessor. Mesmo pontuando em metade das 20 corridas da temporada, porém, o brasileiro foi apenas o 16º colocado do Mundial e acabou ofuscado pelo companheiro Pastor Maldonado, que conquistou na Espanha a única vitória da equipe desde que encerrou vínculo com a BMW.Este, por sinal, é o grande motivo da queda de rendimento da Williams nos últimos oito anos. Com motores da fábrica alemã, o time inglês conquistou o vice-campeonato de Construtores em 2002 e 2003. Em 2006, a equipe fracassou com os motores Cosworth ao somar apenas 11 pontos e ficar em oitavo no Mundial.

Em 2007, a Toyota foi a responsável por guiar a Williams ao seu melhor resultado nos últimos dez anos. Com 33 pontos, o time foi beneficiado pela exclusão da McLaren e acabou na quarta colocação. Os motores japoneses, porém, perderam força nos dois anos seguintes e obrigaram a equipe a voltar a apostar na Crosworth.Com apenas cinco pontos somados em 2011, a Williams se viu forçada a apostar em parceria de sucesso para tentar retomar seus tempos de glória na Fórmula 1. A partir de 2012, a Renaul, que guiou os carros em cinco dos nove títulos do time, voltou a fornecer motores para a equipe. O desempenho, porém, em nada lembra o apresentado durante a década de 90. Em  nova tentativa de voltar a brilhar, o time acertou com a Mercedes e passará a receber seus propulsores em 2014.

Nada disso, no entanto, diminui o otimismo de Massa por assinar contrato de três anos com a equipe, nove vezes campeã na Fórmula 1. "A Williams é uma das equipes mais importantes e bem-sucedidas de todos os tempos na Fórmula 1. Quando eu era criança, sonhava correr pela Williams, Ferrari ou McLaren. Fico contente em assinar com outro ícone do esporte logo depois de deixar a Ferrari", garante.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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