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Com rachadura, De Villota mostra capacete que salvou sua vida

4 jun 2013 - 09h57
(atualizado às 10h00)
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Em encontro com menores infratores, De Villota divulgou capacete ao público pela primeira vez
Em encontro com menores infratores, De Villota divulgou capacete ao público pela primeira vez
Foto: El País / Reprodução

Onze meses após o acidente que encerrou sua carreira no automobilismo, María de Villota exibiu pela primeira vez ao público o capacete que salvou sua vida naquele episódio. Nesta segunda-feira, a espanhola participou de um encontro com menores infratores da Comunidade de Madri e lhes mostrou o capacete de fibra de carbono o qual utilizava no momento do acidente.

O material leva uma grande rachadura na lateral direita, uma evidência das graves lesões no crânio sofridas por De Villota e que provocaram a perda de seu olho direito. Ela sobreviveu após permanecer em estado de coma por quatro dias.

O acidente aconteceu em 3 de julho de 2012 em Duxford, na Inglaterra, onde a piloto fazia um teste aerodinâmico com um modelo da Fórmula 1 da Marussia. Na ocasião, ela chocou o carro na parte traseira de um caminhão que se encontrava na pista.

Nesta segunda-feira, De Villota participou de um encontro com menores infratores de El Pinar, na zona norte de Madri. Junto a Gustavo Lamela, voluntário da Associação para o Estudo da Lesão Medular (Aesleme), ela falou sobe as consequências dos acidentes de tráfego, em um curso no qual estiveram presentes dez jovens – nove homens e uma mulher, os quais puderam ver de perto como ficou o capacete da piloto após o acidente.

Segundo De Villota, até aquele momento “apenas minha família e meus amigos” haviam visto o capacete, que é feito de fibra de carbono e custa 3 mil euros (R$ 8,35 mil). Ela defendeu que seria importante mostrar o objeto ao público e especulou o que poderia ter lhe ocorrido se não tivesse utilizado a devida proteção.

Aos jovens, De Villota falou que se dedicou toda a vida aos carros de Fórmula 1. Ela contou que treinava três horas por dia na academia para ganhar força física, que frequentou o Instituto Nacional de Educação Física para saber como se preparar e que também estudou telemetria para saber como funciona um monoposto.

Ressaltando o motivo do encontro, a piloto destacou as graves consequências que o mau comportamento no tráfego pode trazer aos motoristas. Ela mostrou um vídeo sobre a F1 e fotos das consequências de seu acidente.

Maria, 33 anos, é filha do espanhol Emilio de Villota, que participou de 15 Grandes Prêmios de Fórmula 1 entre 1976 e 1982. Ela admitiu sentir falta do “rugir do motor do Renault 29” o qual pilotava e afirmou que “talvez o destino tenha quisto algo mais importante para mim e que dê esta palestra a estes jovens”.

Ela disse ter “muito sorte” e ter “muito o que acrescentar” nessas conversas, mostrando-se otimista e empolgada enquanto falava. Segundo o jornal espanhol El País, em 2012 morreram mais de 1.300 pessoas vítimas de acidentes em rodovias na Espanha. Outras 6.000 pessoas sofreram lesões graves.

Fonte: Terra
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