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Cuidadoso, Ecclestone reafirma que quer manter Bahrein em 2012

10 dez 2011 - 13h51
(atualizado às 13h52)
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Teoricamente, o Grande Prêmio do Bahrein está confirmado no calendário oficial de 2012 da Fórmula 1. No entanto, o chefe comercial da categoria, Bernie Ecclestone, ressaltou neste sábado que torce para o sucesso do evento no país, mas alerta para possíveis problemas.

Ecclestone quer GP asiático na temporada 2012
Ecclestone quer GP asiático na temporada 2012
Foto: Reuters

Neste ano, a prova bareinita, que abriria a temporada, foi adiada e, posteriormente, cancelada em função das tensões políticas entre a população e o governo. Com diversos conflitos nas ruas das principais cidades do país, a segurança de todos os envolvidos estava seriamente afetada. Para o ano que vem, está marcada para o dia 22 de abril.

"Nós recebemos a garantia de que não é isso (conflitos) que está havendo lá", respondeu prontamente ao jornal inglês The Guardian, quando indagado sobre informações de que hospitais locais estariam atendendo feridos recentemente, provavelmente vítimas de tortura nas prisões.

"Realmente, eles têm esse relatório, que é declaradamente independente. O que diz? Sim, havia exemplos, mas eu queria ir até lá. Eu gostaria de ir às prisões ou hospitais e perguntar: ''O que está acontecendo exatamente?", acrescentou.

"Eu já perguntei (aos governantes) e eles disseram não haver problemas (em ir para lá para garantir). O perigo é ir até lá e eles te colocarem em uma limusine, hospedá-lo no melhor hotel, levá-lo para jantar e depois colocá-lo de volta ao avião", ironizou.

"Não é fácil, mas, aonde quer que eu vá, desde o minuto em que eu saio do avião e entro no país, eu tenho que respeitar seu estilo de vida, sua religião, suas leis e tudo. Não é correto ir ao país de alguém e tentar mudá-lo. Não funciona. Se você vê algo errado, fique na sua", disse Ecclestone, que usou como comparação a situação da África do Sul, em 1985, e países como Brasil, Argentina e até Inglaterra.

"Nós saímos da África do Sul há alguns anos por causa do apartheid (regime de segregação que durou até 1994). Vi coisas que aconteceram lá e me chocaram. E pensei: ''Esse não é o jeito que as coisas devem funcionar", lembrou. "Nós fomos para a Argentina, onde há muitos conflitos, assim como no Brasil. Coisas ruins acontecem nestes lugares. Eu acho que você pode olhar para qualquer local e ver que nem tudo está bem. Você não pode olhar para a Inglaterra como se tudo estivesse bem, pode? Há algumas atrocidades terríveis com as quais não concordamos", encerrou.

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