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De companheiro novo, Button descarta prioridade na McLaren

Jenson Button e Sergio Perez encaram 2013 com a missão de manter a competitividade da McLaren; no entanto, para o britânico, o objetivo é assumir o posto de primeiro piloto da equipe

11 mar 2013 - 17h58
(atualizado às 17h58)
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<p>De companheiro novo, britânico tenta manter McLaren competitiva e destaca aprendizado de Perez na nova casa</p>
De companheiro novo, britânico tenta manter McLaren competitiva e destaca aprendizado de Perez na nova casa
Foto: AP

Em visita à Cidade do México, o piloto Jenson Button recebeu a equipe do Terra para falar sobre sua perspectiva rumo ao próximo Mundial de Fórmula 1, no qual terá como companheiro de equipe na McLaren o mexicano Sergio Perez.

Button e Perez encaram 2013 com a missão de manter a competitividade da McLaren na Fórmula 1 após a saída de Lewis Hamilton para a Mercedes. Neste caso, o objetivo de Button será maior, já que agora é o piloto mais experiente da categoria, com 228 Grandes Prêmios desde sua estreia em 2000 com a Williams.

O britânico é o piloto mais elegante do grid da F1. O que tem mais estilo e o que pilota da maneira mais fina, o que o faz temível sob chuva ou quando as condições da pista variam. É dono de uma inteligência e de uma segurança que têm pouca concorrência. No entanto, em 2013, tem como nova meta ser o número 1 da McLaren. Com isso, carrega todo o peso da saída de Hamilton, com o compromisso moral de apoiar de todas as formas seu novo companheiro, Sergio Perez – tudo em benefício da equipe no início do Mundial.

Depois de ter vivido à sombra de Hamilton, o britânico agora é obrigado a assumir a posição de primeiro piloto do time -e, por ter mais experiência, deverá lidar melhor com a pressão no início da temporada. Ele tem um carro construído para ele, ao mesmo tempo em que deve oferecer confiança, apoio e solidariedade a Perez.

Apesar de Hamilton ter sido melhor que Jenson Button em 2012, chegou o momento da consolidação final do britânico, e levar a McLaren ao topo no início da temporada 2013 da Fórmula 1, junto de seu companheiro Sergio Perez. Este é um dos assuntos abordados na entrevista exclusiva de Button ao Terra. Confira:

Terra - Jenson, você chega a este campeonato de 2013 como um piloto maduro, consolidado. A McLaren confia em você para esta temporada após a saída de Hamilton. Como você se sente a respeito? Pressionado por carregar o peso da equipe?

Jenson Button - Talvez haja mais pressão, mas é algo que eu gosto, que eu aproveito. Gosto de ser o piloto importante da equipe para ter o controle. Para mim, é fundamental que cada indivíduo sinta que seu trabalho é importante como qualquer outro a nível individual dentro da escuderia. Gosto de sentir o ambiente de uma equipe que seja forte em todos os sentidos para trabalhar com confiança entre nós. Mas também sinto que Perez precisa se sentir parte da equipe. E após sua experiência na Sauber, ele chega a uma equipe com mais pressão como a McLaren. Mas, em geral, sinto que estamos nos adaptando bem a esta mudança, já que trabalhamos muito estreitamente, porque ele precisa conhecer certos aspectos da funcionalidade do carro e a maneira como trabalho.

Terra – Como você viu com Sergio, que tem tido dificuldades para se adaptar ao carro: é possível dizer que não é o mesmo pilotar um carro da McLaren ou da Sauber?

Button - É verdade. Também para a McLaren há uma grande diferença entre o carro do ano passado e o deste ano, mas creio que Sérgio se deu conta de que pilotar para a McLaren é um trabalho de tempo integral, porque é preciso melhorar em todos os aspectos. Não é apenas correr. Você tem que se preparar física e mentalmente, tem que aprender a trabalhar com patrocinadores e deve nos fazer saber se precisar de ajuda para que possa se adaptar melhor. Mas ele é inteligente, tem vontade de aprender e até agora tem trabalhado muito bem para entender o funcionamento geral da equipe.

Terra – Existe ainda este favoritismo dentro das equipes de Fórmula 1 para dar a um piloto a prioridade sobre outro. Isso acontece na McLaren?

Button - Acredito que em algumas equipes existe. Uma equipe em particular. Não é na McLaren.

Terra – É a Ferrari?

Button - Exatamente. Mas na McLaren é muito diferente.

Terra – Você não teve este problema com Hamilton?

Button – Não. Lewis era obviamente o piloto mais experiente na McLaren, mas a primeira coisa que perguntei quando cheguei na escuderia foi se iriam nos tratar igualmente, sem favoritismos. Disseram que sim. Assim, desde que cheguei à McLaren, tem sido grandioso trabalhar, porque recebi o mesmo tratamento que Lewis. Sabia que chegar e competir com Hamilton era um grande desafio, mas nunca tive nenhum problema. Fizemos uma relação de trabalho muito boa.

<p>Jenson Button explicou habilidade na pista molhada e lembrou início no kart</p>
Jenson Button explicou habilidade na pista molhada e lembrou início no kart
Foto: EFE
Terra - Você é um piloto muito elegante, que gosta de pilotar com estilo, seja qual for a condição meteorológica. Mas sob quais condições você se desenvolve melhor: frio, chuva ou calor?

Button - Gosto do calor, porque é importante que a temperatura dos pneus esteja nas condições necessárias para um melhor desenvolvimento do carro. Este ano, os pneus são muito diferentes, e espero poder fazer o melhor, seja qual for o clima. Também gosto de correr em clima úmido, mas em cada lugar você deve se adaptar melhor à pista, tem que mudar os planos de trabalho, tem que apreciar cada volta do circuito, fechar os olhos e sentir, mais do que qualquer coisa.

Terra – Você se considera respeitado pelos pilotos porque pilota melhor sob chuva?

Button - Sim. É algo que tenho trabalhado desde jovem. A primeira vez que pilotei um kart com clima úmido, fiz com pneus de pista seca. Foi assim por muito tempo, porque meu pai não comprava pneus especiais para pista molhada. Mas aproveitei muito essa situação e aprendi para hoje como fazer a mudança adequada e o momento correto para utilizar determinados pneus. Às vezes, dá certo, às vezes não. Mas tenho muita confiança em minha capacidade como piloto, que é o mais importante.

Fonte: Terra
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