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Disputas internas marcam a Fórmula 1

25 mar 2013 - 12h43
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A vitória de Sebastian Vettel no Grande Prêmio da Malásia trouxe uma velha discussão na Fórmula 1. A polêmica deste domingo, quando o alemão ultrapassou Mark Webber nas voltas finais, desobedecendo uma ordem da Red Bull, não é exclusividade na categoria mais popular do automobilismo mundial.

Os dois pilotos da equipe austríaca já se envolveram num incidente parecido no Grande Prêmio da Turquia de 2010. Sebastian Vettel tentou ultrapassar Mark Webber nas voltas finais e bateu no carro do seu companheiro, abandonando a prova. Na ocasião, o australiano se manteve na pista, mas perdeu a liderança da prova, terminando a corrida em terceiro.

Outra velha disputa entre dois pilotos da mesma equipe aconteceu no final da década de 1980, quando Ayrton Senna e Alain Prost corriam pela McLaren. Em 1988, Senna teria bloqueado Prost de forma desleal, jogando o francês contra um muro de proteção no Grande Prêmio de Portugal. Mesmo com a manobra, Ayrton Senna foi apenas o sexto colocado, enquanto Prost venceu a corrida.

No ano seguinte, Senna e Prost protagonizaram mais uma polêmica, quando brigavam pelo título mundial. No Grande Prêmio do Japão de 1989, os dois pilotos colidiram na chicane, após o francês bloquear uma tentativa de ultrapassagem do brasileiro. O acidente determinou o fim da corrida de Alain Prost, enquanto Ayrton Senna voltou à pista com a ajuda dos fiscais. Mesmo chegando em primeiro, Senna foi desclassificado e Prost conquistou o terceiro dos quatro títulos mundiais de Fórmula 1.

Outra rivalidade marcante para os brasileiros foi a acirrada disputa entre Nelson Piquet e Nigel Mansell na Williams, também na década de 1980. Em 1986, Mansell, Piquet e Alain Prost brigaram pelo título até o fim da temporada. Na ocasião, Prost conquistou o título. Em 1987, Nelson Piquet foi o campeão, após Nigel Manssel sofrer um grave acidente nos treinos para o Grande Prêmio do Japão. Com o piloto inglês fora do caminho, o brasileiro conquistou o seu terceiro título mundial. Recentemente, Nelson Piquet disse que o acidente do então companheiro de equipe foi o melhor fato daquele ano.

Mais recentemente, Lewis Hamilton e Fernando Alonso, correndo pela McLaren, protagonizaram uma nova batalha. O ápice da rivalidade aconteceu nos treinos classificatórios para o Grande Prêmio da Húngria de 2007, quando Alonso acusou a equipe de favorecer Hamilton na troca de pneus na classificação. O inglês parou nos boxes antes do espanhol, atrapalhando uma volta rápida do atual piloto da Ferrari. Na mesma sessão, Alonso parou na frente de Hamilton quando faltavam poucos minutos para o fim do treino. A manobra fez com que Lewis Hamilton não conseguisse tentar uma última volta rápida.

Ordens de equipe também marcam a Fórmula 1

Apesar das disputas internas entre pilotos do mesmo time, a Fórmula 1 presenciou situações onde a rivalidade foi deixada de lado. Ordens dos chefes de equipe marcam os fãs da categoria, principalmente os brasileiros. Rubens Barrichello e Felipe Massa já sofreram com as exigências da Ferrari.

Durante o Grande Prêmio da Áustria de 2002, Rubens Barrichello foi obrigado a ceder a liderança para seu companheiro de equipe, Michael Shumacher, já na reta final. Na ocasião, o alemão brigava pelo título. Jean Todt, então chefe da equipe italiana, ordenou que o brasileiro abrisse caminho para Shumacher faltando três voltas. O que se ouviu na cerimônia de premiação daquela corrida foi uma sonora váia dos torcedores presentes ao circuito de Zeltweg, rendendo também as vaias dos jornalistas presentes na coletiva de imprensa.

Em 2010 a Ferrari repetiu a estratégia. No Grande Prêmio da Alemanha daquele ano, Felipe Massa liderava a prova, quando uma ordem da equipe tirou a vitória do brasileiro, que chegou em segundo. Entretanto, a manobra não surtiu resultados na disputa pelo campeonato. Fernando Alonso perdeu o título para o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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