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Documentário de Senna quase foi parar em Hollywood

6 nov 2010 - 09h54
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Bruno Romano
Direto de São Paulo

Com lançamento previsto para sexta-feira, dia 12 de novembro, o filme Senna, que já foi exibido no Japão, passou por um longo processo de produção antes de chegar ao público. Um contato com a Warner Brothers, grande estúdio americano, chegou a ser levado adiante. Por pouco, o documentário teria sido filmado em Hollywood, segundo Viviane Senna, irmã de Ayrton, tricampeão mundial de Fórmula 1, morto em acidente nas pistas aos 34 anos.

"A abordagem comercial não refletia a vida de Ayrton", disse Viviane. A irmã do piloto, figura presente na elaboração do filme, encontrou os produtores Marish Pandey e James Gay-Rees, enquanto a ideia ainda circulava nos Estados Unidos. "Desde o primeiro encontro tinha certeza de que eles Pandey e Gay-Rees traduziriam bem o Ayrton", completou.

"Acontece que os americanos não estão próximos ao universo da Fórmula 1", disse Gay-Rees, responsável por trazer para a equipe o diretor Asif Kapadia, que acabou filmando o documentário. "Esse filme não poderia ser uma ficção. Eu nunca teria dinheiro para as cenas de helicóptero, nem conseguiria tantos ângulos para escolher a imagem de Senna erguendo o troféu", brincou Kapadia.

Para Marish Pandey, a estrutura do filme pode ser considerada "hollywoodiana", pela forma como o personagem principal vai sendo tratado durante o longa. "A diferença é que a vida dele realmente foi assim. Na verdade, é Hollywood que tenta criar, com ficção, histórias grandiosas como esta", explicou o produtor e fã pessoal da carreira de Ayrton.

Pandey também comentou a repercussão que o filme já teve em algumas plateias seletas. Depois de exibir Senna para a atual equipe McLaren, que conta com muitos funcionários que conviveram com Ayrton, ele se lembra dos comentários.

"Todos se emocionaram muito, principalmente aqueles que o conheciam. Alguns chegaram para mim e disseram: 'a F1 não muda mesmo, não é?'", em referência ao principal tema do longa metragem, tratando das questões políticas e financeiras da Fórmula 1, que na parte da carreira de Ayrton era comandada por Jean-Marie Balestre.

Filme sobre a história do tricampeão mundial esteve próximo de acerto com grande estúdio americano
Filme sobre a história do tricampeão mundial esteve próximo de acerto com grande estúdio americano
Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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