Ecclestone é "tolo" por não haver mulheres na F1, diz Lauda
De acordo com Niki Lauda, Bernie Ecclestone é “tolo” por não ter conseguido levar uma mulher a ser titular da Fórmula 1. Segundo o austríaco, que no fim de 2012 acertou acordo para ser diretor da equipe Mercedes, “se uma mulher entrasse no top 6 (da categoria) nós teríamos o dobro de fãs em frente da televisão, porque as mulheres se sentariam e assistiriam”.
Lauda comentou o assunto em entrevista ao diário alemão Bild. O ex-piloto, 63 anos e campeão mundial em 1975, 1977 e 1984, contou que “há mais de anos” diz ao próprio Ecclestone que o chefe comercial da F1 “é tolo porque não é capaz de colocar uma mulher” na categoria.
Desde 1950, primeira temporada da F1, cinco mulheres competiram no campeonato: Maria Teresa de Filippis, Lella Lombardi, Divina Galica, Desire Wilson e Giovanna Amati. A última foi Amati, que participou do Mundial de 1992 pela Brabham.
O mesmo jornal ainda sugere que a americana Danica Patrick, 30 anos, poderia ser um nome interessante para a elite do automobilismo mundial. Sobre Patrick, Lauda analisou que “nos Estados Unidos eles não estão tecnicamente perto do nível da F1” e isso “reflete nos pilotos”.
Patrick competiu na Fórmula Indy entre 2005 e 2011 e realizou seu melhor campeonato em 2009, quando foi a quinta colocada pela Andretti Green Racing. Em 2013 ela competirá na NASCAR Sprint Cup Series com a equipe Stewart-Haas Racing.
Ainda sobre Patrick, o diário entrevistou o conselheiro da Red Bull, o ex-piloto austríaco Helmut Marko, que avaliou que os resultados da piloto em circuitos não ovais “não são suficientes” para ingressar na F1. Questionado sobre por que a companhia não tem mulheres atualmente em seu programa de desenvolvimento de pilotos, Marko respondeu que a análise dos automobilistas é feita “pela performance, não por cota”.
Atual tricampeão da Fórmula 1, Sebastian Vettel também opinou sobre o assunto e disse “tirar o chapéu” para os feitos de Danica Patrick. O alemão, no entanto, afirmou que o automobilismo americano “simplesmente tem uma cultura diferente” em relação à F1.