Ecclestone negocia acordo de US$ 100 milhões com justiça
O chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, ofereceu US$ 100 milhões (R$ 225 milhões) para que os diretores do banco BayernLB retirassem a ação em que acusam o dirigente de suborno, informou nesta sexta-feira o jornal Süddeutsche Zeitung.
De acordo com a edição de sábado deste jornal, que publicou nesta sexta-feira alguns trechos da matéria, os advogados de Ecclestone teriam entrado em acordo com a promotoria de Munique para um acordo de US$ 100 milhões.
O jornal afirma que Ecclestone negociou pessoalmente o acerto nesta sexta-feira com o promotor, na presença de seus advogados.
No início desta semana, os advogados do empresário britânico de 83 anos informaram, para surpresa geral, que estariam dispostos a encontrar uma solução amigável pagando 25 milhões de euros (R$ 75,8 milhões) ao banco público alemão BayernLB.
O magnata enfrenta uma pena de até dez anos de prisão por subornar o ex-gerente do banco Gerhard Gribkowsky para comprar ações da Fórmula 1. Segundo a promotoria, ele teria oferecido US$ 44 milhões em 2006 e 2007 para que Gribkowsky assegurasse a compra, que teve valor total de US$ 450 milhões .
O veredito final sobre um eventual acordo depende da promotoria de Munique e da aprovação de todas as partes envolvidas. O julgamento deve continuar em 5 de agosto.
A retirada das acusações após um acordo amistoso que envolve uma compensação financeira é uma prática comum na Alemanha. Segundo o Süddeutsche Zeitung, o valor que Ecclestone estaria disposto a pagar seria o mais alto já pago por um empresário.
Um acordo amistoso permitiria a Ecclestone manter seu cargo, depois de 40 anos à frente da Fórmula 1, completou o jornal.