Ecclestone perde poder na Fórmula 1 após acusação de suborno
O presidente-executivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, vai continuar a comandar os negócios da categoria automobilística, apesar de um julgamento por acusação de suborno, mas agora estará sujeito a um controle maior do conselho da empresa, disse a F1 em comunicado nesta quinta-feira.
Ecclestone, que nega qualquer irregularidade, pode deixar o cargo na Fórmula 1 dependendo da conclusão do julgamento marcado para abril na Alemanha, mas vai administrar o dia a dia do negócio.
"A aprovação e assinatura de contratos importantes e outros acordos comerciais agora serão de responsabilidade do presidente do conselho, Peter Brabeck-Letmathe, e do vice-presidente do conselho, Donald Mackenzie", informou a F1 em comunicado.
O chefão da F1 vai encarar o tribunal de Munique (ALE), que anunciou nesta quinta-feira, através de sua porta-voz Margarete Noetzel, que o julgamento deve ser no fim do mês de abril.
Ecclestone é acusado de ter subornado, com US$ 44 milhões (cerca de R$ 105 milhões), Gerhard Gribkowsky, um ex-banqueiro alemão, durante o processo de venda de cerca de 47% das ações da F1 para a empresa CVC, que comprou os direitos do banco público alemão Bayern LB.
Gribkowsky teria sido o encarregado pelo banco de vender os direitos, em 2006. Na operação, ele precisou entrar em contato com Ecclestone, que teria repassado os US$ 44 milhões para o alemão.
Gribkowsky foi condenado a oito anos e meio de prisão por corrupção e fraude fiscal após não declarar o rumo do dinheiro e assumir que recebeu suborno. Ecclestone, porém, se declara inocente no caso. Ele faz parte do conselho de diretores da F1 há quatro décadas.
Com informações da agência Lancepress