Atualmente sem contrato com nenhuma equipe para a temporada 2013 da Fórmula 1, depois de perder sua vaga na Marussia, Timo Glock admitiu que está preocupado com o atual cenário da categoria. Segundo ele, as equipes grandes estão em um patamar muito acima dos times menores, e isso está prejudicando as escuderias com menores orçamentos, que estão passando por dificuldades.
"Alguns anos atrás, se a diferença para as equipes de ponta eram de um ou dois centímetros, agora é de dez. Enquanto esse modelo continuar na F1, será cada vez mais difícil para as equipes pequenas continuarem", disse o piloto alemão, em entrevista para o jornal Frankfurter Allgemeine, de seu país.
Glock também lembrou que, como o novo regulamento, que passará a vigorar em 2014, o fosso que separa os grandes times, que têm mais dinheiros para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, dos pequenos vai aumentar ainda mais, pois as escuderias mais modestas vão precisar recorrer aos pilotos pagantes.
"E ano que vem, com os novos motores, Red Bull, Ferrari e Mercedes devem estar ainda mais à frente. As equipes pequenas estão presas em um circulo vicioso", finalizou Glock, que ainda não teve seu substituto na Marussia definido.
Recentemente, Timo Glock foi contratado pela BMW e vai correr na DTM, categoria alemã de carros de turismo.
O site americano Bleacher Report, especializado em listas esportivas, lançou uma relação com os dez carros mais feios da história da Fórmula 1. Em meio a modelos de aparência fantástica ao longo dos anos da categoria, a publicação listou outros de visual louco, incluindo até mesmo uma das Ferrari pilotada por Fernando Alonso e Felipe Massa. Veja:
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Maki F101 Para dar algum crédito à Maki, o carro tem essa aparência porque eles queriam manter o piloto em segurança, argumenta o site. Infelizmente, ele pesava 150 kg a mais (que os demais carros), e mesmo com diversas modificações, nunca conseguiu disputar uma corrida. O modelo foi pilotado pelo neozelandês Howden Ganley em duas provas na temporada de 1974, com adaptação para que Hiroshi Fushida e Tony Trimmer tentassem quatro GPs em 1975. Sem qualquer sucesso.
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Eifelland Type 21 Baseado em um modelo 721 da March e redesenhado por Luigi Colani, o carro tinha uma aparência extraordinária e era bastante rápido se considerarmos o pouco downforce que ele produzia, segundo o site. O carro superaquecia e não chegou a pontuar, mas conseguiu bons desempenhos em 1972, na temporada em que foi pilotado por Rolf Stommelen. Em oito corridas, sofreu apenas dois abandonos e conseguiu duas vezes o décimo lugar (Mônaco e Inglaterra).
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March 711 A asa dianteira com forma de bandeja de chá não fez do March 711 um dos carros mais bonitos já vistos na Fórmula 1. Ainda assim, em 1971, Ronnie Peterson levou o carro a quatro segundos lugares e ao vice-campeonato de pilotos. Talvez fosse feio, mas foi um sucesso, destaca o site. O sueco, porém, não venceu nenhuma corrida e terminou o ano com quase metade dos pontos do campeão Jackie Stewart: 62 a 33.
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Ensign N179 O carro que a Ensign utilizou no decorrer da temporada 1979 não pontuou. Este estranho bico do Ensign N179 faz parecer que alguém colocou uma escada na frente do carro. Quaisquer que tenham sido os motivos por trás deste design, foi um fracasso: o carro só se classificou para quatro das 11 corridas que tentou, lembra o site. Ele conseguiu um 13º lugar com Patrick Gaillard na Inglaterra.
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Tyrrell P34 Um clássico. A Tyrrell P34 foi o único carro de seis rodas que chegou à F1. Outros construtores, como March, Williams e Ferrari, desenharam carros de seis rodas, mas nunca os levaram ao grid de largada. O P34 foi relativamente bem-sucedido, com uma vitória (Jody Scheckter, GP da Suécia de 1976), diz o site. Lamentavelmente, ninguém mais pode entrar com um carro de seis rodas desde uma mudança de regras de 1983.
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Tyrrell 025 O modelo da Tyrrel para a temporada 1997 utilizou este estranho aparato no Grande Prêmio de Mônaco, batizado de candelabro. Coincidência ou não, a equipe somou dois pontos (os últimos da história) na prova, com o quinto lugar de Mika Salo. Em 1998, outras equipes estava usando a novidade antes que fosse banida por questões de segurança e de estética, afirma o Bleacher Report.
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Arrows A22 Este aparato bizarro no bico da Arrows foi utilizado apenas uma vez, no Grande Prêmio de Mônaco de 2001, e acabou rapidamente vetado pela FIA. A engenhoca, segundo o site, reduzia a visibilidade do piloto de alguma forma e era muito perigosa para se ter no carro. Sorte de Jos Verstappen e Enrique Bernoldi, que se livraram dela.
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Brabham BT46B O carro ventilador da Brabham foi um sucesso assim que entrou na pista: adaptado do modelo BT46, mas com esta curiosa adaptação na traseira do carro, a equipe levou o austríaco Niki Lauda a vencer o Grande Prêmio da Suécia de 1978 com a invenção. Resultado: a novidade logo foi banida.
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Ferrari F2012 O carro venceu três corridas e deu a Fernando Alonso o vice-campeonato mundial de 2012, mas não foi perdoado pelo site. O bico de todos os carros de 2012 com este degrau eram feios, mas o da Ferrari era de longe o pior. Até mesmo Luca di Montezemolo e Stefano Domenicali disseram que era feio e eles são os dois maiores nomes na hierarquia da Ferrari, avaliou.
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Williams FW26 O modelo utilizado pela Williams em 2004 nasceu sob grandes expectativas, mas não correspondeu e venceu apenas uma corrida (com Juan Pablo Montoya, no Brasil). Seu estranho bico ficou conhecido como nariz de morsa e, como lembra o site, foi removido depois de 12 corridas, dando lugar a um design mais convencional.