Horner exalta RB8 e minimiza problema com caixa de câmbio
5 mar2012 - 13h42
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No último dia da terceira bateria de testes coletivos, neste domingo, a Red Bull apresentou alguns problemas com a caixa de câmbio, mas isso parece não preocupar o chefe da escuderia, Christian Horner, para o início da temporada. O dirigente mostrou tranquilidade e confiança no RB8, carro projetado para a atual temporada.
"Foi um inverno respeitável para nós, sendo honesto. Nós trabalhamos duro durante o primeiro teste. Cumprimos a maioria dos nossos objetivos, e isso é a maneira como testes são conduzidos. Você faz a sua lavagem de roupa suja em público em algumas ocasiões", analisou Horner.
Com o último pacote de atualizações, Sebastian Vettel não conseguiu superar as 23 voltas no circuito de Catalunha e ficou muito abaixo do esperado. A Red Bull tinha como um dos objetivos no último dia de testes adquirir quilometragem com o novo carro.
Para Horner, a escuderia evoluiu em comparação com os testes do ano passado, em que muitos problemas com o Kers foram enfrentados. "Acho que foi construtivo. Se pensarmos no que aconteceu há 12 meses, quando enfrentamos vários problemas com o Kers, acho que foi um período positivo de testes. Não acho que aconteceu algo muito diferente em relação aos últimos dois anos. Certamente, ano passado, foi mais difícil porque o Kers era um problema maior e o utilizamos na primeira corrida, mas depois de 12 meses, o Kers praticamente não foi mencionado".
Embora a equipe tenha tido problema no último dia, os testes mostraram aos outros times que a Red Bull novamente se apresenta como forte candidata ao título no Mundial de Pilotos e de Construtores. Christian Horner adotou uma postura comum no início de temporada e manteve a cautela quanto às expectativas.
"Embora, no papel, nós dominamos totalmente o ano passado, em várias ocasiões tivemos uma disputa apertada, mesmo na primeira corrida, com a McLaren. Então, é difícil dizer. Até irmos para a primeira corrida, será impossível dizer quem está onde. Esperamos ser competitivos, e acho que nossos dois pilotos estão em uma boa forma, mas Ferrari, McLaren e Mercedes não podem ser subestimadas", finalizou o dirigente.
A pintura toda branca da HRT de Pedro de la Rosa (foto) nos testes de Jerez de la Frontera em 2012 deram sequência a uma "tradição extra-oficial" na Fórmula 1: ao longo das pré-temporadas, equipes exibem carros que não são levados às pistas, com pinturas "limpas" e pilotos que não correm na temporada. Relembre casos:
Foto: Getty Images
Em 1995, Eddie Irvine pilotou uma Jordan nos testes de Estoril, em Portugal, bem diferente daquela que iria às pistas: o bico azulado (foto) foi substituído por um em branco e verde, no modelo 195 que também foi pilotado por Rubens Barrichello
Foto: Getty Images
A Sauber C14 pilotada pelo austríaco Karl Wendlinger nos testes de Estoril em 1995 também foi visualmente diferente da que correu nas provas do ano; com o patrocínio da Red Bull, o carro do time suíço conseguiu um pódio na Itália, com um terceiro lugar
Foto: Getty Images
Este é um dos raros registros da Honda RA099, testado na Espanha em fevereiro de 1999; o carro construído pela Dallara e pilotado por Jos Verstappen era uma tentativa da montadora de voltar à F1, mas o projeto foi adiado após a morte de do projetista Harvey Postlethwaite
Foto: Getty Images
Em fevereiro de 2001, Jean Alesi levou a Prost AP04 às pistas da Catalunha, ainda todo azul e apenas com a identificação do carro na lateral; com poucos patrocínios na pintura, o modelo da equipe francesa contou com cinco pilotos ao longo do ano, e somou apenas quatro pontos - todos com Alesi
Foto: Getty Images
O R202 marcou o retorno da Renault à Fórmula 1 em 2002, ocupando a vaga que era da Benetton até 2001; nos testes da Catalunha, o modelo do time francês - identificado especialmente pelos detalhes em amarelo - era pilotado por Jenson Button (15)
Foto: Getty Images
Outro nome que tomou conta do carro da Renault para a volta à Fórmula 1 foi o italiano Jarno Trulli (14); o carro que sucedeu o Benetton B201 foi às pistas pintado de azul e amarelo, e somou 23 pontos
Foto: Getty Images
Em janeiro de 2003, Justin Wilson pilotou a Minardi no Circuito de Valência com um chassi basicamente pintado de preto; ao longo do ano, o carro apresentou duas pinturas diferentes, com detalhes em branco e verde, mas sem somar pontos
Foto: Getty Images
Em Jerez de la Frontera, Jenson Button testou o BAR 007 para a temporada de 2005; o carro apareceu na Espanha basicamente pintado de preto, mas correu com uma pintura em branco, vermelho, marrom e preto, cores do patrocinador
Foto: Getty Images
Em fevereiro de 2005, a Jordan - praticamente livre de patrocínios - testou no Circuito de Silverstone com o português Tiago Monteiro; o carro ganhou detalhes pretos no ano, mas os desempenhos foram fracos, apenas com destaque o terceiro e o quarto lugares no esvaziado GP dos EUA
Foto: Getty Images
Após a temporada de 2005, nos testes em Barcelona, Mark Webber levou a Williams FW27 à pista toda pintada de azul-marinho; os detalhes em branco, que dividiam o chassi, ficaram restritos aos patrocínios
Foto: Getty Images
Na pré-temporada de 2006, em Jerez de la Frontera, Nick Heidfeld pilotou pela primeira vez a BMW-Sauber toda branca, em detrimento do carro azul que a Sauber exibia até o fim de 2005; em seu primeiro ano, o time conseguiu dois pódios
Foto: Getty Images
Também em 2006, antes da temporada, a McLaren apresentou o MP4-21 com a pintura laranja, utilizada em outras ocasiões como forma de homenagear os carros que o time utilizava até o princípio da década de 70; nos testes, o time convocou três pilotos
Foto: Getty Images
Os testes da McLaren lançaram mão de pelo menos três pilotos: Pedro de la Rosa, Juan Pablo Montoya (foto) e Gary Paffett. Ao longo da temporada, o espanhol substituiu o colombiano, que deixou a Fórmula 1
Foto: Getty Images
Do trio que trabalhou pela McLaren na pré-temporada de 2006, em Jerez de la Frontera, apenas Gary Paffett (foto) não correu como titular; naquele ano, ele dividiu o posto de piloto de testes com Pedro de la Rosa e Lewis Hamilton
Foto: Getty Images
Ainda na movimentada pré-temporada de 2006, em Jerez, Nico Rosberg estreou como titular da Williams; o carro era mais uma vez azul-marinho, deixando os detalhes brancos para os patrocinadores
Foto: Getty Images
A Toro Rosso foi pela primeira vez à pista em 2006, na pré-temporada em Jerez de la Frontera; com Vitantonio Liuzzi (foto) e Scott Speed a bordo, o time apresentou uma pintura com detalhes em dourado, bem diferente do que se viu nas pistas ao longo do ano
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A equipe-satélite da Red Bull, baseada em Faenza (Itália), entrou em ação para ocupar a vaga da tradicional Minardi; a pintura azul-marinho e dourada ganhou a pintura de um touro vermelho na lateral
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Em 2007, antes do início da temporada, a Honda mais uma vez escondeu sua futura pintura por trás de um carro todo preto; com Rubens Barrichello ao volante (foto), o time acabaria mostrando sua inédita pintura ecológica mais tarde, com um globo terrestre no carro
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O carro da Honda, o RA107, não contava com patrocinadores; ao longo da temporada, o desempenho da equipe foi fraco, com míseros seis pontos
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Na pré-temporada em Valência, o time deu de presente um teste para o americano Marco Andretti, neto de Mario Andretti e filho de Michael Andretti (ambos com passagem pela Fórmula 1); Marco era destaque da Andretti-Green na IRL
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O time japonês esteve entre os que mais utilizaram pilotos na pré-temporada de 2007; além de Jenson Button, Rubens Barrichello (os titulares) e Marco Andretti, a Honda ainda pôs em ação os reservas Christian Klien (foto) e James Rossiter
Foto: Getty Images
Os diversos testes, porém, não resultaram em bons desempenhos; a escuderia terminou o ano com o oitavo lugar entre os construtores
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Em novembro de 2007, a Force India realizou seus primeiros testes na vaga da Midland/Spyker; o time utilizou uma pintura em grená e branco nos treinos realizados no Circuito de Valência
Foto: Getty Images
Os trabalhos da Force India após a temporada de 2007 foram realizados com pilotos como Adrian Sutil (foto) e Roldan Rodrigues; o carro correu com uma pintura em branco, dourado e vermelho, e passou o ano na rabeira - antes de, nos anos seguintes, subir ao pelotão intermediário
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Para a temporada de 2011, a Williams apostou nos testes com Rubens Barrichello (foto) e Pastor Maldonado, chegando a liderar sessões com o azulado FW33; em pista, porém, o carro com detalhes brancos foi uma decepção, e o brasileiro deixou a categoria