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"Inacreditavelmente competitivo"; veja frases sobre Senna

28 abr 2014 - 12h27
(atualizado em 29/4/2014 às 09h17)
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Senna estoura champanhe após vitória; reverências na semana de 20 anos de sua morte
Senna estoura champanhe após vitória; reverências na semana de 20 anos de sua morte
Foto: AFP

A trágica morte de Ayrton Senna completa 20 anos nesta quinta-feira. Para relembrar o maior ícone do automobilismo brasileiro, o Terra entrou em contato com personalidades próximas da sua carreira, família e outras inspiradas pelos seus feitos. Leia o que elas disseram a respeito do piloto paulista, morto em um acidente no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, no dia 1º de maio de 1994.

Ron Dennis, CEO e homem que levou Senna para a McLaren

"Eu acho que é (considerado o melhor de todos os tempos) porque foi muito bom por todo tempo que esteve no planeta. Eu não consigo ver algo positivo pelo fato dele ter sofrido um acidente e perdido a vida, mas significa que você não viu o declínio dele. Existem vários pilotos que continuam no esporte por tempo demais e sujam sua grandeza. Ele é lembrado porque era inacreditavelmente competitivo. Ele era demais, tinha bons valores humanos. Ele tinha alguns descuidos na sua vida, mas era um cara com princípios. E era um bom ser humano".

Johnny Cecotto, ex-piloto da Fórmula 1 e primeiro companheiro de equipe de Senna

"Você certamente pode colocar Ayrton na lista dos melhores pilotos da Fórmula 1. Não foi fácil para mim chegar na Toleman depois do Ayrton, pois ele já tinha assinado como primeiro piloto e tinha tudo de melhor em termos de motores e testes. No início ficamos amigos, mas depois foi ficando difícil. Depois do meu acidente eu não vi mais o Ayrton, mas fiquei muito triste com o acidente em Ímola. Depois dele, houve grandes mudanças na segurança da categoria".

Felipe Massa, piloto da Williams na Fórmula 1

"Ayrton foi importante não apenas para a minha formação, mas para toda a geração de pilotos brasileiros que surgiram naquela época. Nossas categorias de base se fortaleceram bastante, da mesma forma como a hegemonia do Michael Schumacher ajudou no surgimento de diversos pilotos alemães que hoje estão na Fórmula 1. Ele foi um piloto incrível, que todos nós seguíamos como exemplo em nosso aprendizado nas categorias-escola".

Rubens Barrichello, ex-piloto de Fórmula 1, atualmente na Stock Car:

“Ayrton deixou um legado enorme de pista, de vida, do Instituto (Ayrton Senna). No final, infelizmente, ele não está aqui com a gente para dar sua própria opinião, mas a gente tem que comemorar o que ele realizou em vida - e o que ele ainda continua fazendo, mesmo tendo nos deixado. O Instituto é tudo aquilo que ele sempre desejou. A gente tem que comemorar, sim, porque ele ainda continua nos ajudando”.

<p>Rubens Barrichello</p>
Rubens Barrichello
Foto: Hamad I Mohammad / Reuters
Viviane Senna, irmã e administradora do Instituto Ayrton Senna

“Ayrton deixou uma herança preciosa que cabe a nós cultivar e propagar. A primeira são os seus valores, que ele vivenciava dentro e fora das pistas. Determinação, superação, busca da perfeição, orgulho de ser brasileiro são alguns deles que hoje pautam o trabalho do Instituto, inspiram nossa equipe, as crianças, os jovens, os professores e gestores que são beneficiados pelo nosso trabalho. Valores que também podem servir de combustível a cada pessoa que queira fazer diferença nas suas vitórias cotidianas. Como dizemos no Instituto, todo mundo pode ser um pouco mais Ayrton. O outro legado é o próprio Instituto, que materializa o sonho de Ayrton em ajudar a construir uma nação menos desigual, capaz de prover suas crianças e seus jovens com oportunidades reais de desenvolvimento. Uma atuação que há duas décadas tem feito diferença na vida de milhões de meninos e meninas. Muitos, inclusive, hoje estão na faculdade ou já saíram dela e conseguiram uma boa colocação no mercado de trabalho.”

Roberto Cabrini, jornalista que trouxe ao Brasil a notícia da morte de Senna

“O que eu posso dizer é que eu jamais vi uma figura tão rica e tão complexa quanto o Ayrton Senna. Nunca vi um personagem tão carismático. Qualquer entrevista que ele desse fosse era interessante. Era como se tudo que ele falasse virasse ouro. Além disso, era um cara incrivelmente talentoso. Essa reunião de fatores fazia dele alguém diferente de tudo que eu já vi. Você não via uma declaração dele, por exemplo, que não tivesse alguma coisa inteligente, bem colocada. Ao mesmo tempo, era um cara que sabia descontrair, brincar. A marca dele era a determinação. Era um cara que se entregava totalmente ao que fazia.”

Bruno Senna, sobrinho e piloto com passagem pela Fórmula 1

“O Ayrton deixou muita coisa para muitas pessoas diferentes. Para quem seguia ele na carreira do automobilismo, deixou aquela saudade dele fazendo o que ele fazia na pista, do que ele era capaz de fazer na pista. Para as pessoas que gostavam do Ayrton não só na pista, mas fora das pistas, deixou muita lição de vida, de como levar os valores que você tem que ter na sua vida. Para os brasileiros, para a família, ele deixou o Instituto (Ayrton Senna), que com certeza foi o maior legado do Ayrton. Se Deus quiser, vai ajudar muito a mudar o Brasil. Já passaram mais de 12, 13 milhões de crianças pelos projetos de educação do Instituto, que tenta dar oportunidade para o pessoal no Brasil, que tanto precisa disso.”

<p> Frank Williams</p>
Frank Williams
Foto: Chris Helgren / Reuters
Frank Williams, dono e fundador da equipe Williams da Fórmula 1

“Eu era muito próximo de Ayrton, e o icônico S sempre foi uma marca em nossos carros desde sua morte, há 20 anos. Este novo desenho é nossa maneira de celebrar seus feitos como piloto, mas também seu trabalho com o Instituto Ayrton Senna, que tem feito tanto para promover oportunidades educacionais no Brasil”

Antonio Pizzonia, ex-piloto da Fórmula 1, atualmente na Stock Car

"O assunto e o nome do Senna ficaram algo muito respeitado e pouco falado dentro da equipe (Williams). Era uma coisa que o próprio Frank tinha na cabeça dele e se sentia um pouco culpado pelo que aconteceu, por ser o dono da equipe. Não senti pressão, me senti extremamente honrado em ser o primeiro brasileiro depois dele. Não existia pressão e responsabilidade a mais", completou.

Bia Figueiredo, ex-pilota da Fórmula Indy, atualmente na Stock Car

“Quando o Senna faleceu, eu tinha acabado de começar - fiz 20 anos de carreira recentemente. Eu comecei por causa dele. Ele era um grande ídolo para mim. A morte dele foi muito trágica, acho que foi a primeira vez que eu chorei quando eu era criança. É impressionante o carinho que o mundo inteiro tem por ele. Em 20 anos, lembram muito do Ayrton, ele ainda é referência no esporte. Vários pilotos acabam o copiando até hoje. Acho que ele foi um marco na história da Fórmula 1. Tantos pilotos se profissionalizaram, (adotaram) preparação física que antigamente não tinha tanto. É um grande ídolo nacional, com certeza um dos maiores do mundo. Para a gente, é só saudade.”

Otávio Mesquita, apresentador de televisão, entusiasta e praticante de automobilismo no Brasil

“Falar do Ayrton é uma bobagem, no bom sentido. Ele representa tudo para nós, pilotos, brasileiros”.

Fonte: Terra
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