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Insatisfeita, Renault afirma que ou deixará F1 ou terá equipe própria

29 jun 2015 - 08h50
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Grande crítica da atual forma como a Fórmula 1 é conduzida, a Renault ainda não confirmou se abandonará a categoria ou se participará dela com uma equipe própria - no momento, trabalha como fornecedora de motores da Red Bull. A fabricante francesa tem até 2017 para tomar uma decisão, já que o campeonato não terá alterações para o ano que vem.

Neste final de semana, o diretor executivo da Renault, o brasileiro naturalizado francês Carlos Ghosn, esteve em Londres para acompanhar a decisão da Fórmula E, em que a equipe francesa, nomeada de eDams-Renault, conquistou o campeonato por equipes e ficou a um ponto de vencer entre os pilotos, com o segundo lugar do suíço Sébastien Buemi.

Carlos Ghosn afirmou que a permanência da Renault na F1 depende dos contornos que a categoria vai tomar em um futuro próximo. A empresa francesa ameaçou se retirar do campeonato nas últimas semanas, pedindo para que ocorra uma mudança nas regras dos motores.

"Todas as opções estão abertas e estamos revisando a situação. Mas não é algo que dependa somente de nós. Também tem muito a ver com a governança da F1. Temos que analisar o tema dos direitos de TV, o retorno dos investimentos, etc. Se pudermos continuar em melhores condições, seguir na F1 seria a melhor opção, mas precisamos que essas condições sejam atendidas, por isso não é algo garantido ainda", explicou Ghosn.

"Podemos sair ou ter uma equipe própria. O que é menos provável é que continuemos como fornecedores de motores. Quando você é fornecedor, deve desenvolver um motor e vendê-lo. E o retorno é bom quando vence e quando perde levam o dedo em sua cara", declarou o presidente executivo da Renault.

A afirmação de Ghosn se refere às críticas que a Red Bull fez ao motor Renault, que levou a culpa pelos maus resultados na atual temporada. A equipe austríaca soma apenas 55 pontos após oito corridas, com Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat na sétima e oitava colocações, respectivamente.

Para o executivo da Renault, a chave para o estabelecimento da empresa francesa na F1 é uma divisão mais igualitária dos direitos de transmissão da categoria, o que daria mais força às equipes menores e equilíbrio ao campeonato.

"Nosso problema não é controlar as regras ou o esporte. Nós q ueremos saber quando devemos investir e gastar. Sabemos que podemos conseguir através do marketing, mas a divisão dos direitos televisivos deve ser mais equilibrado. Se você contratar centenas de engenheiros e investir milhões de euros, deve ter um retorno justo", analisou.

Durante o GP de Mônaco, Carlos Ghosn conversou pessoalmente com o chefe da F1, Bernie Ecclestone. O mais provável é que a Renault compre a estrutura da Lotus e trabalhe com sua própria equipe. O francês Alain Prost poderia exercer a mesma função de Niki Lauda na Mercedes.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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