Kubica surpreende no 1º treino na Austrália; Massa é quarto
26 mar2010 - 00h01
(atualizado às 10h04)
Compartilhar
O polonês Robert Kubica, da Renault, surpreendeu e foi o mais rápido na primeira sessão de treinos livres para o GP da Austrália, nesta quinta-feira. O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, fez o quarto melhor tempo.
Kubica cravou 1min26s927 em sua volta mais veloz, 0s199 mais rápido que Nico Rosberg, da Mercedes, segundo colocado. Atual campeão mundial, Jenson Button levou a McLaren ao terceiro lugar no teste.
Considerado o melhor carro por muitos, a Red Bull teve como melhor posição o quinto lugar de Sebastian Vettel. Em sexto apareceu Fernando Alonso, da Ferrari, que venceu a etapa de abertura da temporada no Bahrein.
Outro destaque da primeira atividade na Austrália foi o mau rendimento do heptacampeão mundial Michael Schumacher. O alemão fez apenas o 12º melhor tempo, dez posições abaixo do seu companheiro de Mercedes.
Se Massa foi quarto, os outros brasileiros ficaram bem atrás, mas ao menos superaram seus companheiros de equipe. Rubens Barrichello, da Williams, foi o 16º, enquanto Lucas di Grassi, da Virgin, ficou em 21º, uma posição acima de Bruno Senna, da Hispania.
Terra faz análise da evolução dos carros da Fórmula 1 de 1950 até 2010
Foto: AFP
Juan Manuel Fangio guia Alfa Romeo na primeira temporada da categoria; campeão seria seu parceiro, o italiano Nino Farina
Foto: AFP
Quatro anos depois, o argentino Fangio brilhou pela Mercedes, ainda utilizando um carro cujo motor ficava na parte dianteira
Foto: Getty Images
Os motores só foram para a traseira a partir da Cooper, campeã em 1959 com o australiano Jack Brabham; na foto, o outro piloto da equipe, o inglês Stirling Moss
Foto: Getty Images
Com inovador motor de oito cilindros, BRM dominou a concorrência e deu o primeiro título ao inglês Graham Hill, em 1962
Foto: Getty Images
Entre 1968 e 1981, motor Ford só não ganhou na Fórmula 1 em quatro anos; estreia do modelo V8 ocorreu em 1967, com a Lotus do escocês Jim Clark
Foto: Getty Images
Austríaco que morreu em um acidente durante a temporada de 1970 e mesmo assim foi campeão, Jochen Rindt pilotava uma Lotus que inovou com um bico fechado e mais fino
Foto: Getty Images
Em 1976, a Tyrrell levou sul-africano Jody Scheckter a uma vitória, mas não revolucionou a Fórmula 1: carro de seis rodas não pegou
Foto: Getty Images
Em 1978, americano Mario Andretti se tornou campeão graças ao revolucionário "efeito-solo" da Lotus; mecanisco que aumentava a velocidade deixou a Fórmula 1 quatro anos depois, com a morte de Gilles Villeneuve
Foto: Getty Images
O motor turbo estreou na Fórmula 1 em 1977 com a Renault, mas a princípio nem pontos marcou; na foto, o francês Jean-Pierre Jabouille pilota o carro de 1979
Foto: Getty Images
Em 1981, Lotus, do italiano Elio de Angelis, tentou inovar criando um chassi duplo para o carro. Intenção era de aumentar aderência, mas o modelo foi considerado uma fraude e barrado com o campeonato em andamento
Foto: Getty Images
Brasileiro Nelson Piquet, da Brabham, foi o primeiro campeão da Fórmula 1 com motores turbo, em 1983; cinco anos depois, Ayrton Senna seria o último
Foto: Getty Images
Em 1986, Williams dominou Mundial de Construtores com Piquet e Mansell, mas ficou sem título individual; na temporada, Gerhard Berger aproveitou o motor turbo da Benetton-BMW para atingir em Monza o recorde de velocidade da Fórmula 1: 351,220 km/h
Foto: Getty Images
Em 1988, McLaren apostou na capacidade dos pilotos e colheu frutos: Alain Prost e Ayrton Senna só não ganharam uma de 16 corridas disputadas
Foto: Getty Images
No ano seguinte, os motores passaram a ser aspirados. Na pista, o resultado não mudou, e a McLaren continuou na frente
Foto: Getty Images
Em 1992, Nigel Mansell enfim quebrou jejum de títulos graças a uma nova tecnologia da Williams: a suspensão ativa; com tanta tecnologia, inglês ganhou nove corridas
Foto: Getty Images
Em 1994, reabastecimento foi liberado e as corridas se tornaram mais estratégias. Melhor para Ross Brawn, que comandou bi de Michael Schumacher na Benetton; em 1995, alemão usava o chamado "bico de tubarão"
Foto: AFP
McLaren de Mika Hakkinen brilhou com nove vitórias em 1998, ano de estreia dos pneus com sulcos
Foto: AFP
Brawn e Schumacher repetiram parceria vitoriosa e estratégica na Ferrari, pentacampeã com o piloto (a foto é de 2004)
Foto: AFP
Temporada mais dominante do alemão foi em 2004, quando venceu 13 de 18 provas realizadas; parceiro Rubens Barrichello ainda venceu duas
Foto: AFP
Em 2004, Williams, que contava com Juan Pablo Montoya, inaugurou bico que a apelidou de "batmóvel"; iniciativa não deu certo, e equipe refez o modelo durante a temporada
Foto: AFP
No auge da guerra dos pneus, em 2005, Renault aproveitou grande material da Michelin para quebrar domínio da Ferrari e consagrar Fernando Alonso
Foto: AFP
Renault apresentou durante o campeonato de 2008 a tampa de prolongamento do motor; a popular "barbatana de tubarão" melhorou a aerodinâmica e é usada pela equipe até a atualidade
Foto: AFP
Em 2008, Robert Kubica chegou a sonhar com o título mundial; BMW era recheada de "asinhas", que seriam banidas no ano seguinte para diminuir a aderência dos pilotos e aumentar as disputas
Foto: AFP
Já com monoposto "limpo", Brawn GP aproveitou brecha no regulamento para inventar difusor duplo fundamental para fazer de Jenson Button o campeão; temporada marcou a volta dos pneus slick à Fórmula 1
Foto: AFP
Neste ano, regulamento estreitou ligeiramente os pneus dianteiros e baniu o reabastecimento; polêmica da vez é o sistema de refrigeração da McLaren, que inclui uma entrada de ar próxima ao bico (do lado direito da foto)