Liberado, Heidfeld não terá substituto na Mercedes
26 ago2010 - 14h58
(atualizado às 15h50)
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Norbert Haug, chefe de competições da Mercedes, confirmou nesta quinta-feira que a equipe alemã não contratará um piloto reservas para o lugar de Nick Heidfeld.
O piloto alemão foi liberado do contrato com a Mercedes para tornar-se piloto de testes oficial da Pirelli, nova fornecedora única de pneus para a Fórmula 1 a partir de 2011.
"Não pretendemos preencher essa vaga para as corridas restantes da temporada", disse Haug à agência de notícias SID O dirigente também afirmou que Heidfeld pode utilizar seu novo papel na Pirelli como trampolim para voltar ao grid da Fórmula 1.
"Absolutamente. Não esqueça que Nick já derrotou o atual líder do campeonato Mark Webber como companheiro de equipe (na Williams em 2005)", concluiu.
Como as sessões de treinos estão proibidas durante a temporada, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) permite que as equipes não contem com um piloto de testes oficial.
Insatisfeito com a McLaren por ter Ayrton Senna como parceiro, Alain Prost foi para a Ferrari em 1990, mas não encontrou o ambiente ideal. O inglês reclamou publicamente do tratamento preferencial ao francês e chegou a prejudicá-lo em algumas corridas. No final do ano, o Leão anunciou o encerramento da carreira, mas recuou no final da temporada seguinte ao acertar com a Williams.
Foto: Getty Images
Didier Pironi ficou marcado por não cumprir ordem da Ferrari de permitir a ultrapassagem a Gilles Villeneuve (foto) para que o companheiro vencesse o GP de Ímola de 81. Os dois brigaram lado a lado e quase se bateram nas voltas finais para desespero da escuderia. Pironi acabou vencendo e Villeneuve jurou naquele momento que nunca mais falaria com o parceiro. Na corrida seguinte, em Zolder (Bélgica), o canadense bateu forte nos treinos e morreu quando tentava ser mais rápido que Pironi.
Foto: Getty Images
Bicampeão do mundo pela Renault, Fernando Alonso chegou à McLaren em 2007 com a moral de liderar a escuderia, mas acabou surpreendido pelo novato Lewis Hamilton. Insatisfeito, o espanhol reclamou que Ron Dennis privilegiava o pupilo britânico. Os dois brigaram ponto a ponto pelo título, mas cometeram muitos erros e acabaram vendo a taça parar com a Ferrari de Kimi Raikkonen.
Foto: Getty Images
Um dos incidentes mais hilários da F1 aconteceu no GP do Canadá em 1977. James Hunt liderava e foi dar uma volta em Jochen Mass (foto), chamado pelo companheiro de "Hermann, the German". Porém, acabou atingido pelo companheiro e foi parar na brita. Revoltado, o britânico mostrava o dedo toda vez que passava o parceiro, além de posteriormente ter dado um soco em um comissário que lhe chamava a atenção.
Foto: Getty Images
Assim como a McLaren, a Williams é conhecida por permitir que os seus pilotos briguem por posições e vitórias. Em 1986, Nelson Piquet e Nigel Mansell dominaram a maior parte da competição, mas um tirou ponto decisivo do outro e o campeonato caiu no colo da McLaren de Alain Prost. No ano seguinte, Piquet levou a melhor em uma disputa prova a prova com Mansell e foi o campeão.
Foto: Getty Images
O último suspiro da Williams como equipe grande aconteceu no início dos anos 2000 com a dupla Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya. Os dois pilotos não se falavam e ainda eram "ariscos" quando pressionados por um dos parceiros. Mas eram muito irregulares não conseguiram parar na época a Ferrari de Michael Schumacher.
Foto: Getty Images
A Williams, assim como a McLaren, sofre com o ego dos seus pilotos. Em 1981, Alan Jones era o atual campeão mundial, mas Carlos Reutemann recusou o papel de escudeiro e entrou em rota de colisão com o companheiro. No final da temporada, os dois acabaram superados pela Brabham de Nelson Piquet e trocaram insultos pouco recomendáveis para menores de 18 anos.
Foto: Getty Images
A Ferrari foi montada no final dos anos 90 para que Michael Schumacher quebrasse o longo jejum de títulos. Rubens Barrichello chegou à escuderia em 2000 e reclamou muito durante os seis anos dos privilégios ao companheiro alemão. No período, o brasileiro viu Schumacher ser campeão cinco vezes e ficou marcado por ter sido obrigado a permitir que o parceiro o ultrapassasse na volta final do GP da Áustria de 2001.
Foto: Getty Images
A dupla dominou a Fórmula 1 entre os anos 80 e 90. Em 1988, o par venceu 15 das 16 corridas pela McLaren e Ayrton Senna foi campeão. Na temporada seguinte, a maior polêmica, Alain Prost estava perto do título e bateu de propósito para ser campeão quando Senna tentou a ultrapassagem em Suzuka. O francês abandonou, mas o brasileiro seguiu na corrida com o bico quebrado e venceu - porém, foi desclassificado por cortar a chicane no retorno à prova. Prost foi campeão.
Foto: Getty Images
No GP da Turquia deste ano, a dupla da Red Bull mostrou que não é tão unida quanto parecia. Sebastian Vettel tentou uma ultrapassagem sobre Mark Webber, então líder, mas ambos se tocaram e o alemão foi parar na brita. Inconformado, Vettel fez "sinal de maluco" para as câmeras ao se referir ao parceiro. Webber não deixou para trás e, ao vencer o GP da Inglaterra duas corridas depois, disse que aquela conquista "não era nada mal para um segundo piloto".