Mulher de acionista da Williams vira piloto de testes da equipe
11 abr2012 - 09h12
(atualizado às 09h19)
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A Williams anunciou nesta quarta-feira a contratação da escocesa Susie Wolff, que competia pela categoria alemã de turismo DTM, para ser piloto de testes da equipe para a temporada 2012 da Fórmula 1. Antes conhecida como Susie Stoddart, ela se casou em outubro do ano passado com o austríaco Toto Wolff, um dos acionistas da escuderia inglesa.
De acordo com o dono da equipe, Frank Williams, Toto Wolff não participou do processo de escolha de Susie, que foi "estudado cuidadosamente" pela diretoria. O fundador da equipe também elogiou sua nova piloto, chamando-a de "talentosa e bem-sucedida", e confirmou que ela fará testes aerodinâmicos e de pista, além de acompanhar o time em algumas corridas.
Já Susie, 29 anos, afirmou que esperar mostrar que as mulheres podem "desempenhar um papel no mais alto nível do automobilismo mundial". A nova contratada da Williams disse que sua expectativa é melhorar as habilidades que desenvolveu na DTM e ajudar a equipe com "insight técnico e experiência".
O chefe executivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, também deu as boas-vindas a Susie Wolff, classificando a piloto como "muito inteligente". Para o dirigente, se Susie for "tão rápida dentro de um carro quanto bonita fora dele", será um grande reforço para qualquer equipe da categoria.
A tristeza de Felipe Massa tem sido constatada no paddock da Fórmula 1 em 2012. Criticado pela imprensa italiana, que pede sua saída da Ferrari, o brasileiro não vence uma corrida desde o GP do Brasil de 2008 e não chega entre os quatro melhores desde o GP da Coreia do Sul de 2010. Na busca pela reação, o Terra selecionou dez pilotos que saíram de um momento difícil - seja por um acidente ou falta de bons resultados - deram a volta por cima e se sagraram campeões mundiais
Foto: Getty Images
O terceiro maior intervalo entre duas vitórias na história da F1 pertence a um campeão mundial. Jack Brabham ficou sem vencer entre o GP de Portugal de 1960 - ano em que conquistou o bi com a Cooper - e o da França de 1966 - ano no qual voltou a vencer o Mundial. Durante o jejum, que durou 52 corridas, o australiano se dedicou à evolução do time que levava seu sobrenome, fundado em 1961. Na mesma época, também ficou três anos e dois meses (ou 28 etapas) sem subir ao pódio
Foto: Getty Images
Niki Lauda poderia ter se abalado em 1976 ao perder um campeonato praticamente ganho. Depois de vencer quatro das primeiras seis etapas do ano, o austríaco dominava a classificação até bater fortemente sua Ferrari no GP da Alemanha. Ele teve queimaduras graves e sua vida esteve sob risco. De fora de duas etapas do Mundial, ele ainda voltou a competir no ano, perdendo o título por um ponto para o britânico James Hunt. A reação de Lauda viria com mais dois títulos: 1977 e 1984
Foto: Getty Images
Nunca um campeão mundial ficou tanto tempo sem chegar ao pódio quando Mario Andretti (à dir.). Apesar do longo jejum que durou 78 corridas entre o GP da África do Sul de 1971 e o da Holanda de 1976, o americano não desanimou e insistiu até faturar o Mundial em 1978, aos 38 anos, a bordo da Lotus. O piloto, que em 1971 e 1972 chegou a competir pela Ferrari, somou ainda 82 provas sem vitórias antes de se consagrar na categoria (do GP da África do Sul de 1971 ao do Japão de 1976)
Foto: Getty Images
Um problema no pneu da Williams de Nelson Piquet o levou a bater fortemente na Curva Tamburello durante os treinos livres para o GP de San Marino de 1987. Depois do acidente, o brasileiro disse que sua visão nunca mais foi a mesma, tendo perdido parte da noção de profundidade e ficado "meio segundo" mais lento, segundo suas palavras. Mesmo assim, ele conseguiu segurar Nigel Mansell e conquistar o Mundial daquele ano com 12 pontos de vantagem para o parceiro de Williams
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Uma da histórias mais famosas da F1 refere-se ao ano sabático tirado por Alain Prost em 1992. Em 1991, o francês entrou em desavenças com a Ferrari, cujo carro chegou a definir como pior que "um caminhão", e teve seu contrato rescindido antes do término da temporada. Sem tempo para encontrar outra equipe de ponta, ele passou o ano seguinte como comentarista de televisão antes de retornar a bordo da Williams. Com um grande carro em mãos, Prost levou o tetra em 1993 e se retirou
Foto: Getty Images
Nigel Mansell precisou de 13 temporadas até finalmente se tornar, em 1992, aos 39 anos de idade, campeão da F1. Ele poderia ter se consagrado muito antes, em 1986. No encerramento do campeonato, no GP da Austrália, o britânico da Williams estava na segunda posição e vencia o título até 19 voltas do fim. Uma explosão em seu pneu encerrou a corrida e o sonho do piloto, que terminou a temporada dois pontos atrás de Prost. Seis anos depois, Mansell triunfaria com a mesma equipe
Foto: Getty Images
Um forte acidente no Grande Prêmio da Austrália de 1995 quase custou a vida de Mika Hakkinen. O finlandês teve uma falha no pneu de sua McLaren e bateu fortemente nos treinos livres em Adelaide, sofrendo traumatismo craniano e sendo salvo graças a uma traqueostomia feita ao lado da pista. A etapa era a última da temporada, o piloto pôde voltar à ação já na abertura do campeonato seguinte. Ele venceria o Mundial em 1998 e 1999, pela mesma equipe britânica
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Sempre carregando a pressão de ser o filho do bicampeão mundial Graham Hill, Damon Hill demorou para corresponder às expectativas. Ele estreou pela Brabham em 1992 e, mesmo após não somar pontos e não se qualificar para seis etapas, foi contratado pela Williams. Falava-se na imprensa que o britânico só estava na equipe por ser protegido do chefe, Frank Williams, mas em 1996 o piloto superou a desconfiança e a Ferrari de Schumacher para conquistar seu primeiro e único título
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Com títulos pela Bennetton em 1994 e 1995, Michael Schumacher já era bicampeão da F1 quando sofreu o pior acidente da carreira no GP da Inglaterra de 1999. Devido a uma falha na frenagem, o alemão passou reto na Curva Stowe e quebrou a perna. Assim, ele ficou 98 dias e seis provas fora do campeonato, perdendo a chance de triunfar naquele ano. Entre 2000 e 2004, porém, se consagraria com cinco Mundiais de Pilotos seguidos, quebrando o jejum ferrarista que durava desde 1979
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Jenson Button era comparado a Ayrton Senna quando se tornou, em 2000, o britânico mais jovem da história a estrear na F1. Ele tinha 20 anos recém-completos na época, quando competiu pela Williams. Sem brilhar imediatamente, ele passou a ser chamado pela imprensa inglesa de "playboy" devido ao estilo de vida extravagante e à falta de bons resultados. A volta por cima do atual astro da McLaren veio pela Brawn GP, com o título em 2009