Hispania confirma Karthikeyan e fecha grid da F1 para 2012
3 fev2012 - 07h19
(atualizado às 08h48)
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A última vaga entre os 24 pilotos titulares da Fórmula 1 para a temporada de 2012 foi tomada nesta sexta-feira. A Hispania, única equipe que ainda não havia fechado sua dupla, anunciou o indiano Narain Karthikeyan para correr ao lado do veterano espanhol Pedro de la Rosa, que já estava confirmado pela escuderia.
Com isso, pilotos como Vitaly Petrov e Adrian Sutil, que ainda pleiteavam vaga na categoria para este ano, terão que se contentar em brigar por um assento reserva em alguma equipe. Karthikeyan, 35 anos, já correu pela Hispania no início da temporada passada, mas foi substituído pelo australiano Daniel Ricciardo (atual Toro Rosso) durante o ano.
Outro piloto que estava no páreo pela vaga na Hispania era o italiano Vitantonio Liuzzi, que já havia declarado que um piloto com patrocínios mais vantajosos para a equipe espanhola poderia tomar seu assento.
Após a confirmação oficial, Karthikeyan disse que tem treinado duro desde o fim de 2011 e que está em forma para a nova oportunidade na Fórmula 1. Já o chefe de equipe da Hispania, Luis Pérez-Sala, declarou que o indiano contribuirá com "continuidade e estabilidade", e exaltou o desempenho do piloto no ano passado: de oito corridas, só não terminou uma, e teve uma "grande performance" em sua última prova (17º colocado no GP da Índia).
Confira o grid fechado para a temporada 2012 da F1
Ninguém ganha nada sozinho, e a Fórmula 1 sabe bem disso. Ao longo das décadas, pilotos talentosos foram engolidos por equipes fracas, investimentos ralos, mecânicos e engenheiros estabanados. Por isso, para que Sebastian Vettel chegasse ao topo da categoria, contou por anos com uma equipe experiente, capacitada e talentosa. Conheça o "batalhão" - de famosos e anônimos - que ajudou a levar Vettel ao bicampeonato mundial:
Foto: Getty Images
Guillaume Rocquelin (engenheiro de corrida de Vettel): chamado de "Rocky" por Vettel, Rocquelin é o principal responsável pela ligação entre a equipe e o desempenho do piloto no asfalto; ex-engenheiro de pista de David Coulthard, é um dos leitores da telemetria do alemão da Red Bull, cuidando do acerto do carro e do bom funcionamento do equipamento no fim de semana
Foto: Getty Images
Paul Hembery (diretor esportivo da Pirelli): o inglês começou a trabalhar na Pirelli em 1992, mas passou a ter grande importância na F1 em 2011, quando a fabricante italiana passou a ser a única fornecedora de pneus da categoria; ainda que todos os pilotos recebam os mesmos compostos, Sebastian Vettel e a Red Bull mostraram incrível adaptação à nova marca - que o diga Michael Schumacher, que sofre com a questão desde sua volta à Fórmula 1
Foto: Getty Images
Tommi Parmakoski (fisioterapeuta): finlandês, o ex-fisioterapeuta de Sebastian Vettel cuidava da parte física do piloto, agendando treinamentos e exercícios para o atual bicampeão; até o final de 2011, era Parmakoski o responsável pelo bem-estar físico do alemão, ajudando a programar seu sono e até mesmo sua alimentação nos finais de semana
Foto: Getty Images
Rob Marshall (chefe de design da Red Bull): o jornal inglês The Sun já chamou Marshall de "as asas por trás da Red Bull", e com razão: o designer da equipe vai a poucas corridas por ano, mas é considerado um dos grandes responsáveis pela estabilidade do carro, graças a fatores acertados na concepção como o centro de gravidade
Foto: Getty Images
Ian Morgan (diretor de engenharia de corrida da Red Bull): ex-engenheiro da equipe West na Fórmula 3000, é um homem próximo aos cabeças da Red Bull nas corridas; é ele quem coordena os engenheiros de corrida (Guillaume Rocquelin para Vettel, e Ciaron Pilbeam para Mark Webber), além de programar todos os testes de pré-temporada da equipe e até mesmo coordenar os trabalhos de boxes
Foto: Getty Images
Paul Monaghan (diretor de engenharia de corridas e testes): mais um dos homens fundamentais na pré-temporada da Red Bull; além de trabalhar na logística dos testes, ajuda no desenvolvimento de peças e sistemas que são adotados (ou não) pelos carros
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Jonathan Wheatley (diretor-geral da Red Bull): ex-mecânico de Michael Schumacher na Benetton, Whatley foi mecânico chefe da Renault e hoje é um dos homens com contato direto com Sebastian Vettel e Mark Webber ao longo da corrida; coordenador experiente de ações em equipes, já conquistou seis títulos com pilotos
Foto: Getty Images
Helmut Marko (consultor da Red Bull): ex-piloto da F1 (sem muito sucesso) na década de 70, o austríaco perdeu a visão de um olho após um acidente com Emerson Fittipaldi em 1972; como dirigente, era agente de nomes como Gerhard Berger, antes de fundar a equipe RSM Marko na Fórmula 3000 - que viraria Red Bull Júnior e que o levaria a encabeçar o programa de desenvolvimento de jovens pilotos da Red Bull, de onde surgiu Vettel. Ainda hoje, é figura presente junto à Red Bull na F1
Foto: Getty Images
Dietrich Mateschitz (dono da Red Bull): o bilionário por trás da empresa de energéticos que dá nome equipe. Materschitz, austríaco de origem balcânica, comprou a equipe Jaguar em 2004, e pouco a pouco construiu a escuderia mais poderosa da F1 atual, contratando nomes como Adrian Newey (ex-Williams e McLaren) para chegar ao topo. Investe em entretenimento e colhe frutos como poucos.
Foto: Getty Images
Christian Horner (chefe de equipe da Red Bull): considerado um fenômeno na tomada de decisões, Horner é o principal elo de ligação entre Dietrich Mateschitz e o restante do time, e quem dá a palavra final nas operações da Red Bull na F1; o bem-humorado inglês, ex-piloto e ex-dirigente da Fórmula 3000, assumiu o posto de dirigente ainda jovem, no final da década de 90, e foi uma aposta da própria Red Bull em 2005, quando foi alçado à elite do automobilismo mundial
Foto: Getty Images
Norbert Vettel (pai): figura presente em diversas corridas na Fórmula 1, Norbert Vettel passou para o filho sua paixão pelo automobilismo; ex-competidor de corridas off-road, ele chegou a vender um de seus carros para permitir que Sebastian pudesse iniciar nas competições, e até mesmo conseguiu apresentar o então jovem kartista durante a infância a Michael Schumacher
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Adrian Newey (engenheiro-chefe do departamento de projetos): considerado um dos grandes projetistas da história da Fórmula 1, foi ele o principal responsável pela aerodinâmica dos carros que asseguraram a Vettel os títulos de 2010 e 2011 na categoria; em seu currículo, conta com títulos de pilotos em 1992 (Nigel Mansell), 1993 (Alain Prost), 1996 (Damon Hill), 1997 (Jacques Villeneuve), 1998 e 1999 (Mika Hakkinen)
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Mark Webber (companheiro de equipe na Red Bull): o experiente australiano mostrou talento em suas passagens por equipes como Minardi, Williams e Jaguar, até chegar à Red Bull; com o novo companheiro, mesmo sem esbanjar amizade, conseguiu passar dados e até mesmo disputar de forma absolutamente justa o título mundial de 2010 - conquistado por Vettel em uma lição de fair play à categoria
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Tim Malyon (engenheiro de performance da Red Bull): Malyon é um dos homens responsáveis pela leitura da telemetria dos carros da equipe; graças a ele e às conversas com os pilotos, a equipe sabe quais peças são testadas com mais eficiência, acrescentando ou diminuindo o arrasto, a aderência, a aceleração e outros detalhes que decidem a favor de Sebastian Vettel nos últimos anos
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Stefano Sordo (diretor de tecnologia da Red Bull): ex-engenheiro de corrida de Enrique Bernoldi na Arrows em 2002, Sordo trabalhou na Jaguar e foi um dos mantidos na equipe quando ela foi vendida à Red Bull; hoje, é um dos nomes que cuidam dos detalhes tecnológicos do carro, ajudando na transmissão de dados e fazendo com que Sebastian Vettel e Mark Webber praticamente não sofram panes ao longo das corridas
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Peter Prodromou (chefe de aerodinâmica): o britânico se formou em engenharia aeronáutica no ano de 1991, e conseguiu uma vaga na McLaren aos 22 anos, subindo pouco a pouco na hierarquia da equipe de Woking; quando saiu do time em 2005 para a Red Bull, levou dados e informações para a nova equipe, onde ajudou a desenvolver o trabalho no túnel de vento de forma decisiva
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David Coulthard (conselheiro): como piloto, o escocês passou por Williams, McLaren e Red Bull; aposentado da Fórmula 1 em 2009, Coulthard hoje corre pela DTM sem se distanciar da Red Bull - ele é uma espécie de embaixador do time austríaco, correndo em exibições, e trabalha indiretamente como conselheiro de Vettel.
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Michael Schumacher (ídolo): Sebastian Vettel começou a correr de kart em 1995, aos sete anos, meses após Schumacher conquistar o título de 1994 na Fórmula 1 - o primeiro de seus sete; o jovem alemão da Red Bull já afirmou antes que tinha como ídolos de infância três "Michael": Michael Schumacher, Michael Jackson e Michael Jordan
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Sebastian Vettel (piloto): não adiantaria ter investimentos gigantescos e uma equipe experiente se o piloto não fosse talentoso e arrojado; Sebastian Vettel já mostrava capacidade e velocidade quando era piloto de testes da BMW-Sauber ou titular da Toro Rosso - mas chegar à Red Bull e encontrar um time em ascensão, com uma seleção de funcionários, deu um empurrão a mais na famosa "peça" entre o volante e o banco