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Desespero de Schumacher pode "entregar" Mercedes; entenda

17 mar 2012 - 09h07
(atualizado às 09h26)
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O alemão Michael Schumacher protagonizou uma cena curiosa no terceiro treino livre para o GP da Austrália, neste sábado, em Melbourne. Após rodar com sua Mercedes nos minutos finais e parar na caixa de brita, Schumacher apressou a retirada de seu carro, tomando cuidado especial com o bico do mesmo - o qual tentou esconder - e reclamando com fotógrafos que buscavam fazer imagens do veículo.

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Ao que tudo indica, o heptacampeão mundial tem motivos para se preocupar. De acordo com o site da rede de TV britânica BBC, as equipes rivais investigam justamente o bico do carro da Mercedes. O time alemão andou sempre entre os primeiros colocados dos treinos, e Schumacher inclusive liderou o segundo treino livre. Ao final, obteve a quarta posição no grid de largada para a corrida deste domingo.

Segundo a emissora, os rivais alegam que a Mercedes estaria "direcionando o ar da asa traseira, por todo o carro (possivelmente sob o mesmo), para a asa dianteira, reduzindo o downforce e cortando o arrasto". "Quando o DRS (sistema de abertura de asa) se abre", diz o site, referindo-se à asa móvel traseira, "revela um duto, no qual o ar flui antes de ser direcionado pelo carro e para a asa dianteira."

Na quinta-feira, a asa traseira do modelo alemão foi investigada e considerada legal pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Ainda assim, o chefe da Lotus, Eric Boullier, adiantou neste sábado, em entrevista ao site da revista britânica Autosport, que gostaria de sentar com dirigentes da Mercedes e da FIA para discutir o assunto. Ele disse que existe a possibilidade de fazer um processo formal, apontando que tanto a Lotus quanto a Red Bull "não acreditam que o sistema seja legal".

Charlie Whiting, chefe do departamento técnico da FIA, havia explicado o caso à mesma publicação na quinta-feira. Ele disse que algumas escuderias acreditam que o sistema de F-duto houvesse sido completamente banido do regulamento da F1. O equipamento, desenvolvido pela McLaren em 2010, conta com uma entrada de ar no bico do carro que teoricamente serviria para refrigerar o piloto - porém, o ar entra no cockpit e o duto se prolonga até o aerofólio traseiro, aumentando o fluxo de ar na asa e acarretando a diminuição do downforce.

Segundo Whiting, só não é permitido o F-duto que seja operado pelo piloto, que não pode ter movimentos para influenciar a performance aerodinâmica dos veículos. No caso da Mercedes, o sistema é ativado pelo DRS, e por isso o próprio chefe da McLaren, Martin Whitmarsh, já disse acreditar que a ideia está dentro das regras da categoria.

Alemão rodou em treino livre e se apressou em tirar o carro da brita; dirigentes investigam
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Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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