Dispensado, médico que atendeu Massa dispara contra FIA
18 dez2012 - 10h47
(atualizado às 10h49)
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Dispensado para a temporada 2013 da Fórmula 1, o ex-médico-chefe da categoria, Gary Harstein, admitiu a irritação com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Nesta semana, o americano, 57 anos, disparou e soltou um palavrão para seus quase 8 mil seguidores no Twitter, dizendo-se "p..." com a decisão da entidade presidida pelo francês Jean Todt.
A declaração mostra uma mudança de tom de Harstein. No mês passado, o americano havia dito apenas que não tinha certeza sobre o porquê da não renovação de seu contrato. Ele também afirmara que a FIA não tinha a obrigação de lhe detalhar os motivos.
"Entendam isso: não estou amargo ou triste. Estou seriamente bravo. E isso é ruim", escreveu ele, que ainda fez uma ameaça e soltou um novo palavrão: "posso lançar uma cruzada para ter algumas respostas, ou conseguir a p... do meu emprego de volta, ou deixar o mundo saber o que está realmente acontecendo na parte médica da FIA".
Hartstein era o delegado médico da categoria desde 2005, sendo o responsável pelos primeiros socorros aos competidores em caso de acidente. Em 2009, ele atendeu Felipe Massa ainda na pista após o brasileiro bater a Ferrari durante o treino classificatório para o Grande Prêmio de 2009.
Nesta quarta-feira, a Williams confirmou a saída de Bruno Senna da equipe, que em 2013 terá como pilotos o finlandês Valtteri Bottas e o venezuelano Pastor Maldonado. Agradecendo a escuderia, o brasileiro disse que já esperava a decisão e analisou que sai como um piloto melhor do que entrou, com mais experiência. Ele prometeu anunciar os planos em breve, mas enquanto isso não acontece o Terra indica algumas opções de trabalho para Bruno Senna no ano que vem. Veja:
Foto: Getty Images
No início de novembro, as especulações já eram fortes de que Bottas seria promovido de reserva a Williams. Na ocasião, a assessoria de Bruno Senna admitiu que ele estudava outras opções na Fórmula 1 e que a melhor fora da Williams seria a Force India. A equipe indiana não anunciou nenhum piloto para 2013, mas deve manter o britânico Paul di Resta (foto) e tem ao menos uma vaga em aberto
Foto: Getty Images
A prioridade de Bruno Senna é permanecer na Fórmula 1 e para isso ele poderia levar um bom patrocínio à Caterham, na qual já foi especulado pela revista britânica Autosport. A escuderia contratou o francês Charles Pic para 2013 e não divulgou ainda o futuro dos atuais titulares, o russo Vitaly Petrov (foto) e o finlandês Heikki Kovalainen. A Marussia e a HRT também têm vagas em aberto, mas estão muito abaixo das concorrentes e esse destino é improvável para o brasileiro
Foto: Getty Images
Caso fique sem vaga de titular em uma escuderia respeitável da F1, Bruno Senna poderia voltar a ser piloto de testes, como já foi em 2011 na Lotus Renault. A opção de retornar como testador não é muito normal na categoria, mas Nico Hulkenberg foi reserva da Force India em 2011 após deixar a mesma Williams. Com um bom desempenho em 2012 como titular dos indianos, o alemão foi contratado pela Sauber para 2013
Foto: Getty Images
O brasileiro poderia seguir a carreira também na Le Mans Series. Em 2009, após não conseguir a vaga na F1 na Honda (que seria vendida e viraria a Brawn GP), ele participou das 24 Horas de Le Mans pela equipe francesa Oreca. Ao final, ocupou o 41º lugar com um AIM YS5.5 5.5 L V10. Seus parceiros eram o monegasco Stéphane Ortelli e o português Tiago Monteiro
Foto: AFP
Também em 2009, Bruno Senna chegou a negociar com a equipe AMG-Mercedes para participar do DTM (Campeonato Alemão de Turismo), mas acabou não acertando a transferência. A história de pilotos que competiram no DTM e na F1 já foi escrita por Paul di Resta (foto), que venceu o campeonato de turismo pela mesma Mercedes em 2010, mesmo ano no qual era reserva da Force India - desde então, o britânico é titular da equipe indiana
Foto: AFP
Uma alternativa para Bruno Senna em 2013 seria seguir o caminho de Nelsinho Piquet, ex-titular da Renault na F1 que compete na Nascar, na categoria Camping World Truck Series, desde 2011. Em dezembro do ano passado, quando ainda não havia acertado contrato para defender a Williams, o sobrinho de Ayrton Senna cogitou uma mudança para a Nascar, segundo publicou na época o site italiano Italiaracing
Foto: Getty Images
Saindo da principal categoria de monopostos do mundo, sempre existe a hipótese de se manter nesse tipo de veículos e tentar a sorte na Fórmula Indy, como fez Rubens Barrichello. Essa opção, no entanto, é muito improvável: Bruno Senna já reconheceu que a mãe, Viviane Senna, não gostaria de vê-lo em provas de circuitos ovais, normalmente muito velozes e perigosos
Foto: Getty Images
Em 2012, Rubens Barrichello estreou na Stock Car, categoria bastante recorrente para brasileiros ex-pilotos de Fórmula 1 da qual Bruno Senna também poderia participar. Atualmente, nomes como Luciano Burti, Antônio Pizzonia e Ricardo Zonta disputam o campeonato nacional