Olimpíadas podem aprender com a F1, diz presidente do COI
8 jul2012 - 12h39
(atualizado às 15h55)
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O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, visitou o circuito de Silverstone neste domingo e sugeriu que as Olimpíadas podem aprender muito com a F1.
Ele desdenhou o tempo chuvoso, que obrigou os torcedores a ser abrigar sob guarda-chuvas e capas durante o Grande Prêmio da Inglaterra, e que pode prejudicar os Jogos de Londres, que começam em 27 de julho em um estádio Olímpico sem cobertura.
"Estou vivendo na Bélgica, e qualquer chuva que chegue lá veio da Inglaterra... não, vamos dar conta", disse o chefe do COI com um sorriso, quando perguntando sobre se havia preocupação com a chuva.
O verão britânico se revelou um pesadelo para os organizadores da corrida em Silverstone e foi feito um pedido aos milhares de fãs que se mantivessem ausentes no sábado para permitir reparos nos campos encharcados que servem como estacionamento.
Rogge, convidado do chefão da F1, Bernie Ecclestone, foi diplomático diante do comentário de seu anfitrião de 81 anos, para o qual um eventual Grande Prêmio de Londres seria "melhor que as Olimpíadas".
"Respeito sua ambição, ele respeita a minha. Quero fazer dos Jogos Olímpicos o grande evento do esporte, e ele quer isso para a Fórmula 1", afirmou.
"Queremos ir mais rápido, mas alto, mais forte. É exatamente a mesma mentalidade da F1, ir mais rápido e melhor. Temos a mesma busca pela excelência".
Ecclestone, acompanhando o ex-campeão olímpico de vela Rogge em uma visita aos boxes, riu quando lembrado de suas palavras: "Não vamos entrar nesse assunto", disse.
A Fórmula 1 pode ser um esporte cuja imagem está distante do ambientalmente olímpico e onde o dinheiro e a tecnologia fazem toda a diferença, mas a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) é parte da família olímpica desde janeiro.
A categoria nunca fará parte de quaisquer Jogos, muito embora os Jogos de Inverno de 2014, em Sochi, serão seguidos de um Grande Prêmio da Rússia no mar Negro, aproveitando parte das instalações.
Rogge ficou impressionado com a organização que viu em Silverstone. "Há muito que podemos aprender com a Fórmula 1. Temos muitas semelhanças, é um esporte com grandes competidores que se preparam duramente", disse.
Londres 2012 no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
Às vésperas das Jogos "oficias", Londres recebeu a Fattylympics - ou, em uma tradução livre, "Olimpíadas para Gordinhos". O evento reuniu 80 pessoas, que aproveitam o momento para se divertir e protestar
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
A participação na "Olimpíada para Gordinhos" não foi restrita a pessoas com excesso de peso: bastava se aproximar da multidão. Nesta foto os "atletas" organizavam a festa de abertura do evento
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Reunidos em um parque de Londres, participantes organizaram uma cerimônia de abertura dos "Jogos para Gordinhos". Em um momento, eles se voltaram na direção do Parque Olímpico e dispararam xingamentos e gestos obscenos
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Assim como os atletas olímpicos "oficiais", os participantes das "Olimpíadas para Gordinhos" cantaram o hino da Grã-Bretanha antes de iniciar as atividades
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
As pessoas, das mais variadas idades e estilos, começaram com uma animada sessão de aquecimento
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Enquanto se aqueciam, os participantes já improvisavam dancinhas e exercícios
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Charlotte Cooper, líder da organização, é escritora e ativista inglesa em prol da homossexualidade e da obesidade
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Caracterizados por uma faixa na cabeça, os participantes fizeram uma espécie de revezamento da Tocha Olímpica para Gordinhos
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Com um megafone, o ator Erkan Mustafa, comanda os participantes ao início do evento
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Na primeira prova os participantes tinham que rolar ladeira abaixo. A atividade arrancou o maior número de risadas
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Animados, os participantes se divertiam enquanto rolavam na grama do parque de Londres
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Na segunda atividade, os participantes tinham que apresentar uma coreografia livre com fitas de ginástica rítmica
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Com roupas coloridas e cheias de bom-humor, as participantes não pouparam criatividade na hora da apresentação
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Ainda na mesma prova, os homens também entraram na brincadeira. Alguns participantes registravam o evento
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Charlotte Cooper, líder da organização, era uma das mais animadas na segunda atividade das "Olimpíadas para Gordinhos"
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Na terceira atividade, os "atletas" vestiam chapéus especiais e rodavam no mesmo lugar, aumentando a velocidade, até ficarem tontos
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Entre uma prova e outra, sempre havia uma longa pausa para recuperar as energias e comer algum petisco
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
A última atividade foi uma sessão de cusparadas em uma grande tabela de índice de massa corporal estirada no chão. A mensagem era mostrar o orgulho do próprio corpo e a determinação em mudar o modo como a sociedade trata as minorias
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Depois das quatro atividades, os participantes se reuniram novamente para uma cerimônia de encerramento das "Olimpíadas para Gordinhos"
Foto: Leandro Miranda/Terra / Terra
Além de mostrar que as minorias merecem mais respeito, as "Olimpíadas para Gordinhos" teve um outro propósito: protestar contra os Jogos "oficiais" de Londres
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