"No escuro", Vettel quer aproveitar embalo e brigar por título
20 out2010 - 12h51
(atualizado às 15h45)
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Um "passo no escuro" pode deixar o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, um pouco mais perto do título mundial de Fórmula 1 neste fim de semana. O piloto chega para o primeiro Grande Prêmio da Coreia do Sul - uma corrida que estava sob risco há apenas algumas semanas - embalado pela vitória no Japão e com a vontade de colocar mais pressão no companheiro de equipe e líder do campeonato, Mark Webber.
Vettel, o único dos cinco postulantes ao título que ainda não liderou o Mundial deste ano, está 14 pontos atrás do australiano e empatado com Fernando Alonso, da Ferrari.
Após a corrida da Coreia do Sul, faltarão apenas duas provas para o final da temporada, e nenhum dos candidatos ao título pode cometer erros na prova deste fim de semana, que será realizada em uma pista com asfalto novo e, portanto, escorregadio. Vettel é o favorito nas apostas para a corrida, mas Webber está na frente quanto ao Mundial.
"Nas últimas corridas, ele (Vettel) pilotou muito bem. Ele retomou o embalo em sua campanha e se colocou de volta na briga", disse o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, depois da prova em Suzuka. "Mark tem conseguido os pódios. e tudo se resumirá à consistência nas próximas três corridas, entre os candidatos ao título."
A dupla da Red Bull fez uma dobradinha em Suzuka, e a equipe - que também lidera do Mundial de Construtores, 45 pontos à frente da McLaren - diz que não há preferência por um dos pilotos. "Como um time, estamos fazendo nosso melhor para apoiar igualmente ambos os nossos pilotos", acrescentou Horner.
O circuito do Yeongam, que fica a quatro horas de carro ao sudoeste de Seul, ainda está difícil de se guiar, com a camada final de asfalto tendo sido colocada há menos de duas semanas, em uma verdadeira corrida contra o tempo e com ameaça de cancelamento tendo pairado sobre o evento.
"No mês passado, eu não acreditava que o circuito seria finalizado," afirmou nesta semana o dono dos direitos comerciais da Fórmula 1, Bernie Ecclestone. "E daí seria cancelado, certamente. Mas a pista foi inspecionada e aprovada. Tudo está bem."
Todos os pilotos começarão do zero nos treinos de sexta-feira. "Estou muito animado", disse Vettel ao site de sua equipe. "É uma pista nova, o que significa que nenhum de nós esteve lá antes. Eu sei que a prova vai acontecer, mas não posso dizer nada sobre a pista até sexta-feira."
A McLaren e a Ferrari esperam que o primeiro setor, com longas retas e curvas de lenta, favoreçam seus carros em detrimento da Red Bull, enquanto os líderes do Mundial esperam ser mais rápidos no segundo e terceiro setores.
Lewis Hamilton, campeão de 2008 e que atravessa um mau momento, e o atual campeão, Jenson Button, esperam que novos pacotes em seus carros os ajudem a levar a McLaren de volta à vitória.
Com cores e formas chamativas, os capacetes marcam a identidade de pilotos na Fórmula 1 - caso do inconfundível amarelo de Ayrton Senna; por isso, o Terra escolheu 20 dos mais bonitos da história da categoria. Confira!
Foto: Getty Images
Alessandro Nanini, italiano, correu entre 1986 e 1990 por Minardi e Benetton; piloto apostava em combinação de cores frias
Foto: Getty Images
Christian Fittipaldi correu entre 1992 e 1994 na categoria, por equipes como Minardi e Footwork (foto); brasileiro também apostou na combinação do amarelo com o verde
Foto: Getty Images
David Coulthard, escocês, piloto por Williams, McLaren e Red Bull entre 1994 e 2008; em seu capacete, apostou na "aplicação" de uma bandeira de seu país
Foto: Getty Images
Eddie Cheever correu na F1 entre 1978 e 1989, afastando-se apenas em 1979; americano corria também com as cores de seu país, estilizando uma estrela nas laterais
Foto: Getty Images
Fã de Ayrton Senna, Eddie Irvine utilizava um capacete semelhante ao do brasileiro em sua passagem por equipes como Jordan e Ferrari, alterando apenas suas cores para as da Irlanda; posteriormente, na Jaguar, mudou de pintura
Foto: Getty Images
A família Fittipaldi sempre mostrou capacetes bonitos, e Emerson não poderia ser diferente; o bicampeão ficou famoso por seu talento, e sua peça entrou para a história
Foto: Getty Images
Eterno companheiro de Ayrton Senna na McLaren, Gerhard Berger adotava um capacete todo preto, mas com um detalhe nas laterais remetendo às cores de seu país, a Áustria
Foto: Getty Images
Com passagem por diversas equipes entre 1994 e 2009, o hoje piloto de testes da Ferrari Giancarlo Fisichella sempre teve um dos capacetes mais bonitos do grid; na Jordan, o italiano adotava um modelo de fundo branco com detalhes em diversas cores
Foto: Getty Images
Gilles Villeneuve foi outro que consagrou seu capacete, mesmo sem ter sido campeão; em suas passagens por McLaren e Ferrari, o canadense apostou em cores contrastantes e formas geométricas
Foto: Getty Images
Jacques Villeneuve, filho de Gilles, conquistou em 1997 o título que seu pai deixou escapar em 1979; em sua passagem pela categoria, o desbocado canadense usou uma peça colorida e cheia de curvas para se proteger nas corridas
Foto: Getty Images
Jarno Trulli correu com alguns modelos de capacetes na categoria, mas o de sua passagem pela Toyota se destacou: vermelho brilhante, com detalhes em prata; hoje na Lotus, o italiano usa um modelo parecido, tamanho o sucesso
Foto: Getty Images
Jenson Button sempre levou as cores de seu país em seu capacete; porém, em 2009, adotou as cores da Brawn GP no desenho estilizado da bandeira britânica
Foto: Getty Images
Correndo por March (posteriormente Leyton House) e Jordan, Maurício Gugelmin não conseguiu resultados dos mais expressivos em cinco anos de F1; mesmo assim, deixou uma boa impressão com seu capacete, todo em cores quentes
Foto: Getty Images
Na contramão de Gugelmin, Mika Salo desfilava com seu capacete em tons frios de azul - mas vindo da fria Finlândia, nada mais justo!
Foto: Getty Images
Mais uma bem-sucedida aposta na estilização da bandeira do país - desta vez, do britânico Nigel Mansell, destaque por Lotus, Williams, Ferrari e McLaren
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Niki Lauda ficou marcado por seus três títulos e pelo acidente que o desfigurou; mesmo assim, não deixou de registrar na história seu belo capacete - mais um remetendo à bandeira austríaca
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Riccardo Patrese é o segundo piloto com maior número de GPs na história da F1; e em suas 256 largadas, apresentou um belo modelo com listras escuras sobre um fundo claro
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Stefan Bellof morreu jovem e com poucos resultados de expressão; mesmo assim, o alemão teve tempo de apresentar seu modelo nas cores do país na década de 80
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Bastante semelhante ao de Bellof, o capacete do belga Thierry Boutsen se valia da combinação de preto com cores quentes, presentes também na bandeira de seu país
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