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"Protegido" de homem mais rico do mundo pode derrubar Massa; conheça

26 mar 2012 - 14h25
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Em duas corridas de 2012, ele já somou mais pontos que em todas as 17 provas em que largou no ano passado. Sergio Pérez, 22 anos, é o nome do momento na Fórmula 1 e o mais cotado para substituir Felipe Massa na Ferrari, já que o contrato do brasileiro expira no fim da temporada e seu desempenho instável não conta a favor de uma renovação. Mas quem é o jovem mexicano que surpreendeu o mundo ao levar a Sauber ao segundo degrau mais alto do pódio no Grande Prêmio da Malásia, no último domingo?

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Ele é nada menos que o "protegido" de Carlos Slim, magnata mexicano do ramo das telecomunicações e o homem mais rico do planeta, com uma fortuna estimada em US$ 69 bilhões (cerca de R$ 125 bilhões) segundo a revista Forbes. Até Carlos Slim Domit, filho do bilionário, já chegou a afirmar que, se Pérez for bem em 2012 pela Sauber, espera ver o compatriota na Ferrari na vaga de Massa.

Mas Pérez não aparenta ser apenas mais um piloto que ganhou um assento na principal categoria do automobilismo mundial simplesmente por ter um excelente patrocinador. "Checo", como é conhecido (o apelido é comum para pessoas chamadas "Sergio" no México), já nasceu no meio do esporte e mostrou talento desde cedo nas pistas, mostrando ainda garoto uma característica que o acompanha até hoje: a obstinação.

Desde o início, Pérez tinha uma meta bem definida para a carreira - chegar à Fórmula 1. Nascido em Guadalajara, em 1990, o jovem cresceu cercado de velocidade: o pai foi piloto e agenciou a carreira do mexicano Adrián Fernández, enquanto o irmão mais velho foi campeão da Nascar Corona Series em 2008. Com seis anos de idade, Sergio já havia desenvolvido uma paixão por corridas na chuva - exatamente o tipo de prova que o levou a segundo lugar no último domingo.

Com o sonho da F1 fixado na mente, "Checo" venceu campeonatos de kart no México e nos Estados Unidos. Com 14 anos, competia na Skip Barber, categoria americana de transição entre karts e carros de corrida, por uma equipe patrocinada pela Telmex, de Carlos Slim. Foi lá que Pérez foi "apadrinhado" pelo magnata mexicano. O garoto sabia que teria que ir para a Europa para alcançar seu objetivo máximo, e com 15 anos se mudou, já com o vultoso patrocínio, para a pequena Vilsbiburg, na Alemanha, para competir na Fórmula BMW.

Sergio se tornou o piloto mais jovem da história da categoria, mas sofreu com as saudades da terra natal e da família. Slim Domit foi quem o ajudou nesse período, conversando com o rapaz por telefone e acalmando seus nervos; Pérez admite que, não fosse por ele, teria desistido. Mas ele persistiu, e a carreira decolou: correu pela A1 Grand Prix e venceu a Fórmula 3 inglesa em 2007. Depois, o vice-campeonato na GP2 em 2010 (atrás do venezuelano Pastor Maldonado, hoje na Williams) foi o passaporte para a sonhada entrada na Fórmula 1.

O primeiro ano na categoria máxima do esporte foi atribulado. Logo na estreia, surpreendeu com a Sauber e foi o sétimo colocado no GP da Austrália, mas acabou desclassificado pelo tamanho irregular de um elemento da asa traseira. Cinco corridas depois, em Mônaco, um grave acidente durante o treino classificatório o deixou com uma concussão, tirando-o das duas etapas seguintes do calendário, em Montreal e Valência. Voltou bem e fez um restante de temporada regular: com seu estilo de conservar bem os pneus, teve pontos altos nos GPs de Silverstone (sétimo) e Suzuka (oitavo).

Em 2012, já com o status de promessa dando lugar à expectativa por melhores resultados, "Checo" Pérez vem correspondendo. Foi o oitavo colocado na Austrália e conduziu a Sauber a um impensável segundo lugar no pódio do GP da Malásia - poderia ter vencido a prova, já que era mais rápido que o líder Fernando Alonso, mas um erro no final lhe custou a primeira colocação.

Suspeitas de armação foram levantadas, já que a Ferrari fornece os motores da Sauber, e Sergio havia testado para a Academia de Pilotos da escuderia italiana no ano anterior. A equipe suíça negou qualquer acordo do tipo, e o mexicano apenas lamentou o erro. O sorriso de Pérez no pódio ao lado de Alonso era radiante, e ele parecia deslumbrado com o ineditismo da cena - no ano que vem, porém, a chance de ver os dois pilotos lado a lado aparenta ser cada vez maior.

Especulações sobre Sergio Pérez na Ferrari aumentaram após 2º lugar do mexicano na Malásia
Especulações sobre Sergio Pérez na Ferrari aumentaram após 2º lugar do mexicano na Malásia
Foto: AP
Fonte: Terra
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