PUBLICIDADE

Red Bull acusa Ferrari de "joguinho" na disputa por motores

28 set 2015 - 14h47
(atualizado às 15h58)
Compartilhar
Exibir comentários

A Red Bull está insatisfeita com a postura da Ferrari, nova fornecedora de motores da equipe inglesa na Fórmula 1. Cansada das falhas dos motores Renault, a equipe inglesa busca um contrato com os fabricantes da unidade de potência para a próxima temporada, mas a diretoria deixou claro que só fechará com a escuderia italiana se houve um acordo que garanta um desempenho equiparável ao do time de Maranello, que briga pelas primeiras posições com a Mercedes.

A Ferrari não pretende oferecer à Red Bull a mesma tecnologia utilizada em seus carros e de seus novos clientes, Sauber e Haas, e sim a versão de 2015, desatualizada. Não está claro, contudo, se a Ferrari tomou essa atitude por problemas logísticos para preparar mais dois acordos de suporte no próximo ano, ou porque teme o nível que a Red Bull pode atingir com sua engenharia. A equipe inglesa ficou tão frustrada que ameaçou se retirar da categoria máxima do automobilismo caso não receba a paridade de tecnologia que espera.

Red Bull estaria insatisfeita com a qualidade dos motores fornecidos pela Ferrari
Red Bull estaria insatisfeita com a qualidade dos motores fornecidos pela Ferrari
Foto: Mark Thompson / Getty Images

"Eles estão jogando com a gente. Mas nós não queremos jogar junto. Nossa consideração de nos retirarmos é cada vez mais maior. É um atrevimento nos oferecer motores de 2015, enquanto Sauber e Haas vão receber tecnologia de 2016", afirmou Helmut Marko, consultor da escuderia, em entrevista ao Auto Motor Und Sport.

A Red Bull ainda tem uma carta na manga para tentar resolver o imbróglio. Para poderem desenvolver a engenharia dos motores na próxima temporada, os italianos precisam de aprovação unanime das outras equipes. Os ingleses poderiam optar por bloquear uma mudança nas regras, garantindo que o motor de 2016 não possa evoluir durante a temporada, mas a relação com o fornecedor de motores ficaria ainda mais abalada.

Atualmente, a Ferrari é a vice-líder do Mundial de Construtores, com 310 pontos, enquanto a Mercedes lidera com 463. A Red Bull do australiano Daniel Ricciardo e do russo Daniil Kvyat está em quarto, com 139 pontos, 59 a menos que a Williams.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade