Sem marketing, Razia mira oportunidade como terceiro piloto na F-1

15 mar 2013 - 16h52

Após ser anunciado como piloto da Marussia para a temporada 2013 da Fórmula 1, o baiano Luiz Razia viu os seus patrocinadores não cumprirem o acordo firmado com a equipe e acabou substituído pelo francês Jules Bianchi. Sem vaga no grid da principal categoria do automobilismo mundial, o brasileiro mira oportunidade como piloto de testes para aumentar o seu marketing e voltar a procurar o seu espaço em 2014.

"Foi frustrante. Estava tudo certo, tudo assinado. Cheguei a treinar dois dias, mas na semana em que fomos para Barcelona ocorreu o primeiro atraso de pagamento", revela Razia, em entrevista ao canal Sportv. "A partir daí a equipe começou a colocar mais pressão e optou por tomar uma decisão mais rápida e acabou me substituindo, até porque não tenho um grande marketing", analisa.

Para o baiano, o fato de ele não vir de família tradicional no automobilismo e de estar estreando na Fórmula 1 influenciou na decisão da Marussia, apesar de tê-lo feito de maneira legal. "Talvez se eu tivesse uma marca grande isso não tivesse acontecido. Mas para falar a verdade eu não tenho que reclamar muito, já que estava infringindo o contrato", completa.Apesar de abalado com a sua saída da Marussia, Razia continua em busca de vaga na Fórmula 1. Para alcançar o objetivo que classifica como o principal de sua carreira, porém, o baiano acredita que terá que adquirir experiência durante este ano para voltar a negociar a entrada no grid em 2014.

"Sou bastante determinado naquilo que quero. Sempre quis a F-1 e esse continua sendo o meu objetivo. A escala normal seria eu ir para um cargo de terceiro piloto para pelo menos estar ali e, no outro ano, tentar entrar na categoria. Para esse ano, meu objetivo é fazer o máximo de (treinos livres nas) sextas-feiras", diz.

Após o anúncio do desligamento da Marussia, Razia tem sido cotado na Force India e na Toro Rosso, escuderias em que realizou testes na pré-temporada. Garantindo ter boas relações em sua ex-equipe, o brasileiro despista sobre o seu futuro. "Em termos de relação com a equipe (Marussia), segue tudo tranquilo. Eles deixaram as portas abertas, mas se eu tiver uma oportunidade melhor, vou buscar", conclui.