Líder durante o Mundial do ano passado até o GP do Japão, em outubro, Mark Webber, da Red Bull, confessou nesta quinta-feira que não vê problemas em encerrar sua carreira na F1 correndo pela atual campeã de construtores. A decisão contrasta com a de seu companheiro de equipe, o atual campeão Sebastian Vettel, que admite sonhar ser piloto da Ferrari um dia.
Em entrevista à F1 Racing, Webber foi indagado se cogitava terminar sua carreira correndo pela Red Bull, escuderia na qual atua pelo quinto ano seguido. "Acredito que sim. Quero continuar correndo rumo à ponta, semana sim, semana não. Correr com eles é muito prazeroso. Claro que, nessas horas, você fica nervoso. Não há um cara sequer no pitlane que não fica", declarou.
O australiano também ressaltou a importância de existir a briga pelas primeiras posições com Vettel, alegando que é um estímulo a ser cada vez melhor nos circuitos. "É isso que te tira da cama. É por isso que um competidor passa e é disso que você gosta. Obviamente tivemos alguns contratempos aqui e ali dentro da equipe, mas ter dois pilotos que fazem o que fizemos no ano passado é uma situação única."
Webber liderou boa parte da temporada no ano passado, até o momento em que sofreu uma fratura no ombro ao cair de bicicleta. Seu rendimento diminuiu no segundo semestre, e o piloto só confessou o machucado no fim da temporada. Para este ano, ele não quer cometer os erros da temporada passada.
"Espero que possa continuar trabalhando duro pela Red Bull. Eles sabem que minha reputação é quando eu faço as coisas, faço o melhor das minhas habilidades para eles a todo mundo", encerrou.
Em 2001, Alessandro Zanardi, da Itália, perdeu as duas pernas em uma etapa europeia da Cart. Voltou a competir anos depois com um carro da BMW no Mundial de Turismo (WTCC)
Foto: Getty Images
O piloto Robert Kubica, da Lotus Renault, feriu-se gravemente no rali Ronde di Andora, perto de Gênova, na Itália, em fevereiro deste ano. O polonês pilotava um Skoda Fabia que saiu da estrada em grande velocidade e se chocou contra o muro de uma pequena igreja. Kubica está se recuperando bem, porém seu retorno à F1 ainda não tem data definida
Foto: AFP
O brasileiro Vitor Meira, que já havia se acidentado nas 500 Milhas de Indianápolis em 2009 - quando quebrou as costelas -, retornou em 2010 para a Fórmula Indy. Porém, o piloto bateu em um muro do circuito de Kentucky, em setembro, e seu carro pegou fogo. Por sorte, ele saiu ileso da colisão
Foto: AFP
Felipe Massa, brasileiro da Ferrari, foi atingindo por uma mola desprendida da Brawn GP de Rubens Barrichello durante os treinos para o GP da Hungria de 2009. O objeto atingiu o capacete do ferrarista que, inconsciente, bateu na proteção de pneus. Massa ficou fora do restante da temporada, mas retornou no ano seguinte
Foto: Getty Images
Cristiano da Matta atropelou um cervo em um teste da Cart em 2006. Teve sérios traumatismos cranianos e ficou anos fora das pistas, retornando apenas recentemente para provas de longa duração
Foto: Getty Images
O brasileiro Luciano Burti bateu forte no GP da Bélgica de 2001. Voltou como piloto de testes da Ferrari e atualmente trabalha como comentarista de F1 e piloto de Stock Car
Foto: Getty Images
O alemão Michael Schumacher teve um grave acidente no GP da Inglaterra de 1999, circuito de Silverstone. No impacto, ele chegou a quebrar uma das pernas. Porém, voltou ainda melhor e conquistou posteriormente cinco títulos mundiais, tornando-se o único heptacampeão de F1
Foto: Getty Images
Christian Fittipaldi sofreu um grave acidente em Surfers Paradise, em 1997, fraturando as duas pernas. Conseguiu voltar à extinta CART algum tempo depois
Foto: Getty Images
Na época piloto da Hogan Penske, Emerson Fittipaldi sofreu um grave acidente em Michigan, em 1996. O brasileiro voltou apenas nos anos 2000 em prova da Fórmula Masters
Foto: Getty Images
O piloto finlândes Mika Hakkinen escapou por pouco de perder a vida em um acidente nos treinos para o GP da Austrália de 1995. Recuperou-se e foi bicampeão mundial nos anos de 1998 e 1999
Foto: Getty Images
Karl Wendlinger, piloto austríaco, teve traumatismo craniano após colisão no GP de Mônaco em 1994. Ele chegou a retornar à F1 sem brilho e depois correu por categorias de turismo e carros esportivos
Foto: Getty Images
O brasileiro Nelson Piquet sofreu um grave acidente nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis de 1992. O piloto teve seu carro destruído após bater em uma parede e sofreu graves lesões em ambas as pernas e nos pés
Foto: AFP
Após bater na mesma curva que Ayrton Senna se acidentou anos mais tarde, o austríaco Gerhard Berger ficou cerca de 15 segundos dentro do carro pegando fogo. O acidente aconteceu quando ele corria pela Ferrari em 1989, no GP de Ímola. Berger voltou posteriormente às pistas de corrida
Foto: Getty Images
O piloto austríaco Niki Lauda chegou a ter mais de 50% do corpo queimado em um acidente no Grande Prêmio de Nurburgring, na Alemanha, em 1976. Conseguiu se recuperar, voltou à F1 e ainda foi campeão mundial em 1984