Whitmarsh acredita que McLaren ainda pode ganhar o título
15 ago2011 - 13h26
(atualizado às 13h47)
Compartilhar
O diretor da McLaren, Martin Whitmarsh, calcula que seus pilotos ainda podem vencer o campeonato mundial de Fórmula 1 nesta temporada, apesar de Sebastian Vettel da Red Bull desfrutar de uma enorme vantagem.
O campeão alemão está 88 pontos à frente de Lewis Hamilton e 100 pontos à frente de seu colega da McLaren Jenson Button, e a maioria dos especialistas acha que a disputa pelo título já acabou.
"Acho que é duro, mas possível", disse Whitmarsh. "Vencer corridas é duro, mas acho que tudo o que você pode fazer é tentar vencer cada corrida, e não pode fazer mais do que isso. É difícil diminuir a lacuna, mas possível", completou.
Ainda faltam oito corridas este ano, com a F1 retornando de um intervalo para o Grand Prix belga em 28 de agosto. "Eu gostaria de ter um 1-2 e viria a calhar se a Red Bull não fosse o terceiro carro no pódio se conseguíssemos um 1-2, e então nós daríamos as boas vindas à Ferrari no pódio também. Nós nunca desistimos", acrescentou Whitmarsh, que acha que o campeão de 2008, Lewis Hamilton, agora parece estar mais focado.
"Sua cabeça agora está em um lugar melhor porque ele de repente acredita que pode ganhar", disse. "Eu acho que Lewis quer desesperadamente vencer. Acho que ele é duro com ele mesmo. Ele ainda leva muito a sério o que é dito na mídia. Ele tem sensibilidade demais sobre isso. Mas ele vai aprender."
Quem acompanha a Fórmula 1 está acostumado a ver trocas de pilotos dentro de uma equipe no decorrer de uma temporada. Seja por motivos técnicos ou financeiros, nem sempre a dupla que começa um ano é a mesma que termina. Para relembrar algumas das principais dos últimos 20 anos, o Terra preparou uma pequena lista de substituições - como a da foto, em 1991, quando a Ferrari demitiu Alain Prost e o substituiu por Gianni Morbidelli no GP da Austrália. Confira a relação:
Foto: Getty Images
R. Moreno por M. Schumacher (Benetton, 1991): Impressionada com a estreia de Michael Schumacher no GP da Bélgica, 11ª etapa da temporada de 1991, a Benetton tirou o jovem alemão da equipe Jordan. Sobrou para o brasileiro Roberto Pupo Moreno, que deixou de fazer par com Nelson Piquet para assumir o posto no time de Eddie Jordan. No mesmo ano, Moreno ainda correu uma prova pela Minardi.
Foto: Getty Images
I. Capelli por N. Larini (Ferrari, 1992): Insatisfeita com o fraco desempenho do italiano Ivan Capelli ao longo das 14 primeiras corridas da temporada, a Ferrari demitiu o piloto. Em seu lugar, assumiu seu compatriota Nicola Larini (foto), então piloto de testes, que pouco pôde fazer nas duas últimas provas do ano.
Foto: Getty Images
M. Andretti por M. Hakkinen (McLaren, 1993): Depois de 13 corridas com fraco desempenho do americano Michael Andretti (na foto, em Mônaco), a equipe de Ron Dennis decidiu trocar o companheiro de Ayrton Senna. O escolhido foi o finlandês Mika Hakkinen, que vinha de boa temporada na Lotus em 1992 e que desempenhava a função de piloto de testes da McLaren em 1993.
Foto: Getty Images
I. Capelli por quatro pilotos (Jordan, 1993): Em seu primeiro ano na Fórmula 1, Rubens Barrichello teve nada menos que cinco companheiros de equipe. O ano na Jordan começou com Ivan Capelli a seu lado - porém, o italiano resistiu a apenas duas corridas. Depois, veio o belga Thierry Boutsen (foto), que disputou dez corridas. Na sequência, vieram Marco Apicella (uma), Emanuele Naspetti (uma) e Eddie Irvine (duas). Que ano...
Foto: Getty Images
N. Mansell por M. Blundell (McLaren, 1995): A McLaren teve um ano movimentado em 1995. Apesar de começar a temporada com Mark Blundell e Mika Hakkinen, o time teve Nigel Mansell (então na Fórmula Indy) correndo na vaga do britânico em duas provas no ano - os patrocinadores, porém, não quiseram bancar o salário do campeão mundial de 1992, e Blundell retornou para o restante da temporada. De quebra, Hakkinen foi substituído por Jan Magnussen no GP do Pacífico por motivo de saúde.
Foto: Getty Images
N. Larini por dois pilotos (Sauber, 1997): Depois de ganhar uma vaga na Ferrari durante a temporada de 1992, Nicola Larini (foto) perdeu o assento na Sauber em 1997. Foram cinco provas, até que o italiano cedesse o lugar para Gianni Morbidelli e se aposentasse da F1. Figura recorrente nas trocas de pilotos, Morbidelli foi substituído pelo argentino Norberto Fontana (então reserva) em quatro provas do ano: França, Inglaterra, Alemanha e Europa.
Foto: Getty Images
H. H. Frentzen por dois pilotos (Jordan, 2001): Heinz-Harald Frentzen começou 2001 na Jordan, mas decepcionou e foi substituído por Ricardo Zonta no GP da Alemanha. Na prova seguinte, em Hungaroring, o alemão apareceu na Prost (foto), substituindo Jean Alesi - na Jordan, Zonta ainda disputou vaga com Jarno Trulli. No ano seguinte, Frentzen começou na Arrows, mas foi para a Sauber após a falência do time de Tom Walkinshaw. Felipe Massa, então titular, cedeu a vaga em uma prova.
Foto: Getty Images
T. Marques por A. Yoong (Minardi, 2001): Tarso Marques começou a temporada de 2001 como primeiro piloto da Minardi - o segundo era ninguém menos que Fernando Alonso. Porém, a entrada de investimento malaio na equipe de Paul Stoddart (mais notado no ano seguinte) tirou a vaga do brasileiro e promoveu Alex Yoong - que disputou três provas (Itália, EUA e Japão), sem qualquer bom resultado.
Foto: Getty Images
L. Burti por P. de la Rosa (Jaguar, 2001): Luciano Burti era um nome aguardado na Fórmula 1. A estreia como titular aconteceu em 2001, na Jaguar, ao lado do irlandês Eddie Irvine. No entanto, depois de apenas quatro corridas, o brasileiro se mudou para a Prost, cedendo o assento na escuderia verde para o espanhol Pedro de la Rosa. Pior para Gastón Mazzacane, despachado do time de Alain Prost.
Foto: Getty Images
R. Schumacher por dois pilotos (Williams, 2004): Juan Pablo Montoya começou o ano na Williams tendo Ralf Schumacher a seu lado. O alemão ficou ali até o GP dos EUA, onde se acidentou feio, tendo que se ausentar por algumas provas. Inicialmente, Marc Gené foi o escolhido para assumir a titularidade, mas o fraco desempenho do espanhol beneficiou Antônio Pizzonia (foto), que herdou o posto por três GPs. Ralf só voltou na prova da China, antepenúltima do ano.
Foto: Getty Images
J. Trulli por J. Villeneuve (Renault, 2004): Então piloto de testes da equipe francesa, Jacques Villeneuve virou titular (foto) depois que Jarno Trulli foi para a Toyota ocupar a vaga que era do demitido Cristiano da Matta. Ricardo Zonta ainda correu pelo time japonês, mas acabou preterido. E Villeneuve ficou na Renault, ao lado do segundo piloto Fernando Alonso.
Foto: Getty Images
Y. Ide por dois pilotos (Super Aguri, 2006): A Super Aguri precisou de apenas quatro corridas para perceber que o japonês Yuji Ide não tinha condições técnicas de pilotar um carro de Fórmula 1 de forma competitiva. A partir do GP da Europa, o time de Aguri Suzuki colocou o francês Franck Montagny como titular. Bom de treino, ele resistiu por sete corridas, até que Sakon Yamamoto herdasse o posto.
Foto: Getty Images
J. Villeneuve por R. Kubica (BMW-Sauber, 2006): Mais uma da movimentada temporada de 2006. Jacques Villeneuve sofreu um acidente no GP da Alemanha e, alegando uma contusão, foi substituído pelo piloto de testes Robert Kubica na prova seguinte, em Hungaroring. Com um consistente sétimo lugar (depois anulado), o polonês foi efetivado pela BMW-Sauber, que imediatamente rompeu com o canadense, que se aposentou da F1.
Foto: Getty Images
S. Speed por S. Vettel (Toro Rosso, 2007): Então piloto de testes da BMW-Sauber, Sebastian Vettel substituiu Robert Kubica no GP dos EUA - o polonês havia se machucado ao sofrer um acidente feio na prova anterior, em Montreal. A Toro Rosso gostou do desempenho de Vettel nos EUA (foi oitavo), e decidiu contratá-lo para substituir o americano Scott Speed (foto). Titular no time italiano a partir da 11ª etapa, na Hungria, Vettel foi quarto na China, cinco provas depois. O resto? Bem...
Foto: Getty Images
S. Bourdais por J. Alguersuari (Toro Rosso, 2009): Credenciado por quatro títulos na ChampCar entre 2004 e 2007, Sebastien Bourdais chegou à Fórmula 1 para tentar a sorte na Toro Rosso em 2008. No ano seguinte, apesar de pontuar em duas corridas, foi demitido ao abandonar o GP da Alemanha, nona corrida do calendário. Em seu lugar, entrou o espanhol Jaime Alguersuari, primeiro piloto nascido na década de 90 a correr na Fórmula 1. Resultados até agora, poucos.
Foto: Getty Images
N. Piquet por R. Grosjean (Renault, 2009): Nelsinho Piquet teve uma ano difícil em 2009. Investigado pela batida no GP de Cingapura do ano anterior, o brasileiro disputou dez provas ao lado de Fernando Alonso sem um ponto sequer (foram 19 em 2008). Para tentar limpar a imagem, o time dispensou Nelsinho e promoveu o francês Romain Grosjean, então piloto de testes.
Foto: Getty Images
K. Chandhok por dois pilotos (Hispania, 2010): Sakon Yamamoto tanto fez que conseguiu uma vaga em 2010. Depois de disputar o GP da Inglaterra na vaga de Bruno Senna (foto), por conta de um suposto problema de patrocínio, o japonês se manteve como titular já na prova seguinte, agora no posto do indiano Karun Chandhok. O japonês ainda perdeu a vaga para o austríaco Christian Klien por três corridas na reta final da temporada, alternando a titularidade.
Foto: Getty Images
N. Karthikeyan por D. Ricciardo (Hispania, 2011): Outra da Hispania. Apesar dos patrocínios trazidos no começo da temporada, o indiano Narain Karthikeyan não conseguiu resistir em meio ao fraco desempenho nas oito primeiras provas do ano - na melhor delas, foi o 17º. Na nona prova da temporada, o jovem Daniel Ricciardo deixou o posto de piloto de testes da Toro Rosso para assumir o cockpit do time, agora oficialmente batizado de HRT após sua venda.
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.