Peterhansel mantém discurso, mas abre brecha para cautela por bi no Sertões
Vai ser difícil que algum rival tire de Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret o título da categoria carros no Rally dos Sertões 2013. Com uma vantagem de 1h45min44s para a dupla mais próxima, Guiga Spinelli e Youssef Haddad, a dupla da equipe X-Raid precisa apenas evitar contratempos quase catastróficos nas duas últimas etapas para repetir a conquista alcançada na primeira participação, em 2012.
Ainda assim, Peterhansel faz elogios a Guiga. “Normalmente, Guiga é mais rápido que os outros”, analisou o francês, ainda sem saber do resultado da dupla da equipe Mitsubishi Petrobras no dia – os brasileiros ficaram o com terceiro lugar na especial entre Palmas (TO) e Minaçu (GO), com o tempo de 4h13min15s, contra 3h56min18s dos vencedores Peterhansel e Cottret.
Ainda assim, o dono de 11 títulos do Rally Dakar não fala em diminuir o ritmo. “Normalmente, a estratégia se mantém a mesma: acelerar até o fim”, discursou o francês, admitindo, porém, que a pilotagem já começa a se tornar mais cautelosa. “Queremos ser rápidos e chegar inteiros. Se é possível ter ambos, evitar batidas, é melhor”, completou.
Na especial desta quinta-feira, de 333 km de trecho cronometrado, Peterhansel afirmou não ter tido surpresas. “Mais uma vez, não foi tão fácil. O começo não foi tão complicado, mas depois tivemos muitos ‘bumps’ (saltos) e um trecho muito estreito”, disse.
Perto do bicampeonato, entretanto, Stéphane Peterhansel despista a respeito da presença no Sertões de 2014. Ainda assim, mostra-se aberto a um retorno à competição, que chegará a sua 22ª edição.
“Não sei. No ano passado, foi minha primeira participação. É uma competição boa, um bom treino. Quem sabe? Temos que falar com o chefe”, declarou, sorridente.
O repórter viajou a convite da organização do Rally dos Sertões 2013