Por Indy, Kanaan pede radares desligados na Marginal

9 dez 2009 - 18h48

(atualizado às 19h05)

A abertura da temporada de 2010 da Fórmula Indy será em São Paulo, no dia 14 de março, em uma prova de rua cujo trajeto ainda não está definido. No entanto, as informações preliminares dão conta de que os pilotos competirão na região do Anhembi, com passagem pelo Sambódromo e Marginal Tietê. Por enquanto, a única preocupação do brasileiro Tony Kanaan é com possíveis multas por excesso de velocidade.

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"Vou pedir para desligarem os radares para não ter problema", brincou durante a cerimônia de entrega do prêmio Capacete de Ouro, em São Paulo, na última semana. "Acho que nunca passei na Marginal a mais de 50 km/h, porque não dá. Então, andar a 300 km/h vai ser muito legal", complementou.

Apesar das críticas já sofridas pelo provável circuito, Kanaan aprova a volta da categoria ao Brasil, após um hiato que durou mais de dez anos. "O importante era trazer a Indy para o Brasil. Acho que ainda não vai ser tudo que a gente quer, mas é importante começar assim para melhorar. Vamos elogiar ou criticar só depois da corrida", afirmou.

Para a próxima temporada, a Fórmula Indy deve contar com pelo menos cinco brasileiros na disputa, em um grid de 22 carros. Além de Kanaan estão confirmadas as presenças de Mário Moraes, Hélio Castroneves, Raphael Matos e Vitor Meira, que correram em 2009. No entanto, Bia Figueiredo também pode entrar na disputa, tornando-se a primeira brasileira a participar de uma categoria de elite do automobilismo mundial.

Apesar de ainda negociar sua entrada na Indy, a brasileira está tão confiante em um acerto que já fala como piloto da categoria. "O empresário André Ribeiro está em cima disso, e espero que a coisa se resolva logo. Tanto com o patrocinador, que temos várias opções, quanto com a equipe", disse a paulista, que em 2009 competiu na Indy Lights e já faz planos para sua estreia em casa.

"Não vai ser aquela estreia comum, porque vou estar mais à vontade. Vou ser a primeira mulher brasileira a correr em uma categoria top, e em casa. Vai ser muito especial", declarou. O fato de correr em casa também foi comemorado por Kanaan que espera uma tensão maior do que nas 500 milhas de Indianápolis, prova mais tradicional do calendário da Indy.

"Em 98, no Rio de Janeiro, larguei em terceiro e já pulei para primeiro. Na primeira curva escutei a galera gritar muito alto. Tenho que me preparar muito para isso. Faz muito tempo que não corro no Brasil, com a torcida toda ao meu favor. Acho que em tensão e frio na barriga, essa corrida vai superar Indianápolis", encerrou.