Segundo em etapa, Spinelli vê “dia melhor” após pneus furados em GO
Guiga Spinelli e Youssef Haddad sofreram nas últimas etapas em Goiás no Rally dos Sertões. Com três pneus furados entre Pirenópolis (GO) e Uruaçu (GO), terceira etapa da competição, o Mitsubisha ASX da dupla encarou a mesma dificuldade nesta segunda-feira, na quinta etapa, entre Porangatu (GO) e Natividade (TO). Desta vez foi “apenas” um pneu traseiro esquerdo furado, que atrapalhou menos a dupla.
Com o problema facilmente contornado, a dupla da equipe Mitsubishi Petrobras conquistou o segundo lugar, marcando 3h54min14s na especial de 295 km – a vitória ficou com os franceses Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret, com o Mini All4 Racing da equipe X-Raid, que marcaram 3h47min50s.
“Não foi 100%, mas foi um dia melhor que os anteriores. Tivemos um pneu furado e uma regulagem da suspensão para hoje”, analisou Guiga. “Foi uma especial difícil, com trechos sinuosos, erosão. No fim, uns 50 km ou 60 km com um piso bom. O restante foi bem duro para o carro”, completou o carioca.
Apesar de distante de Peterhansel na classificação geral, com 1h18min10s de diferença para os franceses, Guiga encarou com bom humor os problemas que vem tendo com os pneus, em especial com o furo desta segunda-feira. “Foram dois minutos, mais ou menos, para trocar o pneu. Estou ficando bom nisso”, analisou.
Mas nem mesmo Peterhansel teve vida mansa na quinta etapa dos Sertões 2013. Apesar da quarta vitória, e mais uma vez com margem confortável para o segundo colocado, o dono de 11 títulos do Rally Dakar destacou as dificuldades que encarou na trilha até Tocantins.
“Não foi fácil. Eram trechos estreitos às vezes, com altos e baixos. Não foi uma etapa simples. Administramos, poupamos um pouco de pneus. Foi um dia de estratégia”, disse o piloto da X-Raid, buscando o menor desgaste possível do carro para a disputa do segundo trecho da maratona, até Palmas. Até a largada, as equipes têm tempo restrito para mexer nos carros.
Cristian Baumgart, que corre com Beco Andreotti na X Rally Team, também teve problemas. “Foi um trecho bem trial (estreito), com muita pedra, muita ponte quase sem madeira para passar. Hoje foi um dia de judiar bastante do carro”, disse Cristian, colocando em segundo plano a estratégia de poupar o equipamento para a viagem até Palmas.
“Vim para acelerar forte, mas tive um pneu furado nos primeiros 20 km. Colocamos o calço para travar na frente, mas o carro foi para trás e caiu do macaco. Uma troca que leva dois minutos, nos fizemos em sete”, lamentou.
O repórter viajou a convite da organização do Rally dos Sertões 2013
