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Sertões: UTVs e quadriciclos têm mudanças na ponta no 5º dia

Acidentes e problemas mecânicos resultaram em mudanças inesperadas na classificação

29 ago 2014 - 01h58
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Robert Nahas assumiu a liderança folgada após problemas de Marcelo Medeiros
Robert Nahas assumiu a liderança folgada após problemas de Marcelo Medeiros
Foto: Gustavo Epifanio / Webventure/Divulgação
A polêmica entre carros e UTVs foi o que mais chamou a atenção na maratona da edição de 2014 do Rally dos Sertões, mas a quinta etapa do evento teve outros momentos significativos, como uma inversão do que já parecia uma liderança certa de Marcelo Medeiros até o final da competição nos quadriciclos.

Com regularidade, o piloto se manteve na ponta do resultado acumulado, mas uma tarde com dois erros foi suficiente para complicar o que Marcelo construiu nos dias anteriores do rali. Um pneu furado e uma capotagem complicaram as suas chances de título.

"Larguei na frente do (Robert) Nahas e depois do abastecimento eu furei o pneu. Parei para remendar e passou o Nahas e uma moto. Estava vindo atrás dos dois, consegui passar a moto e quando estava na poeira eu acabei vacilando, batendo no barranco e capotando", lamentou o piloto da Taguatur Racing, que considerou a etapa boa e prazerosa de andar.

Concluída a etapa, Marcelo Medeiros perdeu a primeira posição para Robert Nahas, que admitiu ter pilotado com cautela e ter visto de longe seu adversário acelerar de uma forma arriscada. Apesar de ter assumido a liderança, Nahas disse que preferia conquistar o posto por méritos próprios, não acidentes dos demais.

"Todo mundo quer ganhar, mas tem que ganhar saudável. Não quero que ninguém se machuque. Fiquei preocupado quando me falaram (que o Marcelo caiu), porque eu já caí nos Sertões em 2002 e foram dez fraturas. Eu sei o quanto é ruim isso. Se não tiver ele, o polonês (Rafal Sonik) mais a meia dúzia que anda forte, perde a graça do rali. Todo mundo quer ganhar, mas tem que ganhar na competição", afirmou o líder da categoria, com uma vantagem de mais de 20 minutos tanto para o segundo, quanto para o terceiro colocado.

Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin voltaram a vencer uma etapa, mas não lideram
Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin voltaram a vencer uma etapa, mas não lideram
Foto: DFotos/Divulgação

Nas motos a situação é distinta. O líder continua sendo o mesmo, o espanhol Marc Coma, sem que seus adversários esbocem uma reação suficiente para os últimos dias. Quem está mais perto é o português Paulo Gonçalves, que encontrou dificuldades na maratona.

"Hoje foi uma especial bem difícil, tinha muito trial, acabei dando uma caída nele. Tive que costurar o braço, tomei quatro pontos. Já no final eu dei uma perdida, peguei uma pista errada e acabei perdendo bastante tempo. O Marc se distanciou, mas a gente tem três dias mais para competir e eu vou lutar até o último para ver o que vai acontecer", garantiu o português.

Com exatos sete minutos de vantagem no resultado acumulado, Marc Coma destacou o fato da sua moto concluir o dia sem problemas mecânicos, objetivo que foi alcançado com louvor, já que além disso o espanhol saiu da etapa vitorioso. Apesar da distância para o segundo colocado, o piloto evita falar como se fosse o vencedor.

"Continuo liderando, mas ainda temos dias difíceis pela frente. Não tenho muita informação como serão os próximos dias, mas a sensação é que o rali ainda tem muito para chegar no fim", garantiu.

Entre os carros a liderança continua com Guiga Spinelli e Youssef Haddad, mas a folga na primeira posição tem diminuído progressivamente em relação a Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, que vêm tirando minutos a cada etapa concluída. Vencedores do dia, os membros do Divino Fogão Rally Team mostram otimismo nas duas etapas que restam pela frente.

"Acredito que rali tudo pode acontecer. Só ganha quem passar na bandeirada. Não podemos desistir, temos que continuar acreditando", afirmou o navegador Gustavo, cuja opinião foi reforçada por Reinaldo: "tem que vir para tentar tirar a diferença."

Spinelli/Youssef tem pouco mais de quatro minutos de vantagem em relação aos seus dois adversários mais próximos, que registraram tempos superiores nesta quinta-feira, fato que pode ser creditado, em parte, pela ultrapassagem não permitida pelo UTV de Rodrigo Varela e João Henrique Arena na reta final da especial, o que gerou a maior polêmica desta edição do rali até o momento.

André Sawaya e Eduardo Costa aproveitaram erros dos dois primeiros para assumir a ponta
André Sawaya e Eduardo Costa aproveitaram erros dos dois primeiros para assumir a ponta
Foto: Marcelo Machado / Webventure/Divulgação

O UTV do Divino Fogão Rally Team, por sua vez, não teve um dia de sorte. Na categoria mais jovem da competição, os vitoriosos do dia foram André Sawaya e Eduardo Costa, que tiraram uma vantagem grande de Rodrigo e João e contaram com um problema mecânico de José Hélio e Edmilson Camargo para assumir a liderança com nove minutos de folga.

Por fim, os caminhões seguem com a liderança folgada de Edu Piano, Solon Mendes e Antonio Sales, que foram os melhores em todas as etapas do Sertões até a maratona.

*O repórter viajou a convite do Rally dos Sertões

Fonte: Terra
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