PUBLICIDADE

Vizinho de Massa, Rosberg torce por B. Senna na F-1

13 out 2009 - 16h37
Compartilhar

Vizinho do ferrarista Felipe Massa em Mônaco, o alemão Nico Rosberg já está em São Paulo para a disputa do Grande Prêmio do Brasil, neste domingo. A duas corridas do final da temporada, o piloto da Williams elogia os brasileiros Bruno Senna e Lucas Di Grassi, aspirantes à Fórmula 1 em 2010.

"O Bruno Senna é um grande piloto e espero que consiga um lugar na Fórmula 1", declarou Rosberg sobre o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna. O jovem chegou a testar na extinta Honda no final do ano passado, mas não conseguiu uma vaga na Brawn GP, sucessora da equipe japonesa.

Sem um lugar na Fórmula 1, Bruno Senna, atual vice-campeão da GP2, resolveu não participar de outras categorias e apenas correr algumas etapas da Le Mans Series, mas sempre reiterou que seu principal objetivo é repetir o tio e alcançar a principal categoria do automobilismo.

"O Senna foi bem na GP2, mas a carreira dele não foi por um bom caminho nesse último ano", declarou Rosberg. Na manhã desta terça-feira, o alemão da Williams concedeu entrevista coletiva em São Paulo e em seguida conversou reservadamente com alguns jornalistas.

VIZINHO FICOU CHOCADO COM ACIDENTE

Separado de Felipe Massa por apenas um andar em Mônaco, o alemão Nico Rosberg ainda lamenta o grave acidente sofrido pelo brasileiro no treino classificatório para o Grande Prêmio da Hungria.

"Foi chocante ver a imagem do acidente pela televisão, principalmente sem saber o estado do Felipe. É um lembrete de que a segurança melhorou, mas ainda é um esporte perigoso", disse.

Rosberg acredita que o final do reabastecimento durante a prova aumentará a segurança dos pilotos. "Nesse momento, muita coisa pode dar errado", disse o alemão, citando o incidente de Massa com a Ferrari no Grande Prêmio de Cingapura-2008.

Ex-piloto de Fórmula 1, o alemão Christian Danner é embaixador de segurança da Allianz, seguradora que patrocina a categoria. Segundo ele, Massa teve sorte no acidente.

"Há quatro ou cinco anos, o padrão dos capacetes mudou e a estrutura de carbono passou a suportar uma carga maior", explicou. Segundo ele, a FIA estuda formas de aumentar a proteção da cabeça dos pilotos, única parte do corpo que está fora do cockpit.

Rosberg também elogiou o brasileiro Lucas Di Grassi, atual terceiro piloto da Renault. Ele chegou a viver a expectativa de estrear na Fórmula 1 já no Grande Prêmio do Brasil, mas a equipe confirmou o criticado francês Romain Grosjean, sucessor do demitido Nelsinho Piquet.

"Eu corro com o Lucas Di Grassi desde os 14 anos e ele também é um bom piloto. Os dois são talentosos e têm chance de entrar na Fórmula 1", afirmou o alemão. As possibilidades dos brasileiros são maiores na medida em que a principal categoria do automobilismo ganhará novas equipes em 2010.

Rosberg vê o aumento de vagas no grid com bons olhos, mas coloca em dúvida o sucesso dos novatos. "Essas equipes terão dificuldades para conseguir dinheiro e se manter durante um ou três anos. Vamos ver o que acontece, mas é legal para o esporte", declarou.

Na próxima temporada, Rosberg deve trocar de lugar com o brasileiro Rubens Barrichello e assumir a vaga de companheiro de Jenson Button na Brawn GP. A negociação pode ser anunciada de maneira oficial após a disputa do Grande Prêmio do Brasil, que será realizado neste domingo.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade