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Bahia garante Talisca e quer desinchar elenco para Série A

17 abr 2014 - 21h17
(atualizado às 21h22)
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Talisca é peça importante do Bahia e havia sido especulado no São Paulo
Talisca é peça importante do Bahia e havia sido especulado no São Paulo
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia / Divulgação

Anderson Talisca fica no Bahia para a disputa do Campeonato Brasileiro. A informação foi dada pelo novo diretor de futebol do clube, Ocimar Bolicenho, em entrevista exclusiva ao Terra. Às vésperas da estreia no Campeonato Brasileiro, frente ao atual campeão Cruzeiro, surgiram especulações de que o meia, destaque da equipe tricolor na conquista do título baiano poderia estar se transferindo para o São Paulo. Bolicenho, no entanto, nega a informação e reforça que Talisca é uma das peças mais importantes da equipe.

"Não existe absolutamente nada de oficial sobre alguma negociação com o Talisca. O Bahia tem total vontade de mantê-lo. Ele tem contrato até 2015 e o Bahia não tem a menor intenção de liberá-lo, porque conta com ele para atingir os seus objetivos no Campeonato Brasileiro. Então qualquer coisa que se fale sobre o Talisca não passa de especulação, porque o Bahia não tem interesse em negociar", explicou.

A permanência de Talisca, de certa forma, vai contra a corrente do que o Bahia trata como prioridade no momento. Ocimar Bolicenho garantiu que a grande meta do clube nos próximos meses é reduzir o elenco para a disputa da Série A, ao invés de confirmar um grande número de contratações.

"É prematuro a gente falar em nomes, porque às vezes acontece de surgir alguma situação que não estava no planejamento. Mas uma coisa é correta: o Bahia, hoje, tem 51 atletas em seu elenco, um número bastante elevado. A nossa missão é reduzir esse plantel para, no máximo, 33 jogadores. Não é uma tarefa fácil, já que os jogadores contratos para serem cumpridos e também dependemos do mercado para absorver estes atletas que estão sobrando no elenco", declarou.

Entre as saídas, já estão confirmadas as dos atacantes Hugo e Marcão. O primeiro terá contrato rescindido e o segundo será devolvido ao Atlético-PR antes do dia 30 de junho, para que possa se reinserir no mercado. Outro que não fica é o lateral esquerdo Jussandro, cujo contrato acaba em junho.

Ainda não é oficial, mas quem está perto de deixar o clube é o lateral direito Madson. Segundo Bolicenho, o Joinville fez uma proposta ao Bahia pelo empréstimo do jogador, que está avaliando junto com seu procurador e sua família. Desde o final de 2013, o vice-presidente do clube, Valton Pessoa, já havia declarado que o clube desejaria emprestá-lo, para que ele ganhasse experiência.

Reforços devem chegar para a lateral, o meio-campo e o ataque

O diretor de futebol afirma que o clube irá atrás de quatro jogadores renomados, com capacidade para assumirem a titularidade, e o Bahia deve anunciar reforços para o ataque, o meio-campo e também para a lateral. Dessa forma, o time de Salvador está buscando jogadores em equipes da primeira e segunda divisões do Brasileiro e não pretende contratar jogadores que se destacaram nos estaduais e regionais. Isso porque, segundo Bolicenho, não é momento de apostas.

"Nossa prioridade é reduzir o elenco, e não trazer mais. Por isso, definimos em nosso planejamento que precisamos de quatro peças com capacidade para serem titulares na Série A. Jogadores de equipes mais modestas que se destacaram nos regionais até teriam capacidade para vestir a camisa do Bahia, mas viriam como apostas. Estamos com outra mentalidade", afirmou.

Bolicenho falou em quatro novos contratados, mas o número pode ser reduzido para dois nos próximos dias. O clube está em negociações avançadas para acertar com Roniery, lateral direito do Paraná, e com Henrique, atacante do Botafogo. Os dois já treinaram no Fazendão e devem assinar contrato nos próximos dias. O primeiro chega para ser reserva de Diego Macedo, e o segundo será opção a um atacante de renome, que o clube ainda busca, dando preferência ao mercado nacional.

<p>Romagnoli, do San Lorenzo, pode pintar no Bahia</p>
Romagnoli, do San Lorenzo, pode pintar no Bahia
Foto: AP

Além disso, o clube mira a contratação de um meio-campista criativo, um "camisa 10 de peso" que a diretoria garantiu contratar quando o Bahia atingir a marca de 30 mil sócios – atualmente, o clube tem cerca de 25 mil.

Nesta semana, o presidente Fernando Schmidt abriu o jogo e disse que Leandro Romagnoli, meia de 32 anos do San Lorenzo, equipe que disputa a Copa Libertadores, realmente está em negociação com o Bahia. Segundo o dirigente, o argentino está interessado em jogar na equipe de Salvador.

"É uma operação que já estava em andamento antes mesmo de eu chegar ao clube. O que posso dizer é que se o Romagnoli vier a vestir a camisa do Bahia, seu salário terá de se adequar ao nosso orçamento. Não pode ser um valor acima dos que aqui estão", garantiu.

Diretor rechaça favorecimento a Eduardo Uram

No início do ano, o antecessor de Ocimar Bolicenho na gerência de futebol do Bahia, William Machado, foi questionado sobre um suposto favorecimento ao empresário Eduardo Uram, que representa direta ou indiretamente seis dos oito primeiros contratados em sua gestão – além do goleiro Marcelo Lomba.

Dentre os jogadores representados pelo dono da agência Brazil Soccer, Lomba e Rhayner são titulares da equipe, Pittoni (representado por Regis Marques Chedid, mas ligado a Uram) é sempre relacionado e briga por vaga entre os onze, enquanto Diego Felipe é reserva e Galhardo vinha jogando antes de se lesionar. Anderson Conceição não vem sendo utilizado por Marquinhos Santos, enquanto Jonathan Reis foi dispensado e Hugo terá o mesmo destino.

À época, William Machado negou qualquer privilégio ao empresário, e declarou que os grandes jogadores são representados por um grupo reduzido de agentes, que possuem um poder financeiro maior e são procurados pelos agentes menores. O "Capita" também declarou que qualquer agente teria as portas abertas no Bahia, desde que o clube avalie que o atleta interesse ao clube. Bolicenho disse que desconhece os detalhes do acertos com os jogadores, mas garantiu que não há favorecimento a qualquer nome. Ademais, ele disse que o Bahia não deverá ser vitrine para nenhum empresário.

"Não tenho conhecimento de como foram feitas as tratativas, mas a nossa filosofia é a de que não importa de quem seja o atleta, importa que o atleta seja o que o Bahia precise. Pode haver uma coincidência de que os jogadores de que o Bahia precise hoje pertençam a um mesmo representante, mas o que pensamos é em obter o resultado técnico, dentro de campo. Se um empresário precisa de um clube para colocar o seu jogador em uma 'vitrine', isso mostra que aquele jogador está precisando se inserir no mercado. Não é esse o tipo de jogadores que procuramos", declarou.

Fonte: Paço Virtual - Comunicação, Consultoria e Projetos LTDA - ME - Especial para o Terra Paço Virtual - Comunicação, Consultoria e Projetos LTDA - ME - Especial para o Terra
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