Com pressão e protestos, Geninho estreia como "visitante" no Canindé
- Diego Garcia
- Direto de São Paulo
Geninho chegou à Portuguesa há poucos dias e já vive clima de pressão no clube paulista. Contratado para apagar o incêndio causado pelo rebaixamento à segunda divisão do Estadual, o treinador estreou nesta quarta-feira sob protestos, tensão e até como "visitante" em seu próprio estádio, o Canindé. O time empatou por 0 a 0 com o Bahia, pela rodada de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
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Com uma camisa preta da comissão técnica, Geninho - que substituiu o ídolo Jorginho, que se demitiu do clube na semana passada - entrou em campo esperançoso por uma boa estreia. Para isso, manteve o time base utilizado por Jorginho nos últimos dias e escalou um 4-4-2 clássico.
Mas deve ter tido uma surpresa ao olhar para as arquibancadas do Canindé e notar que a torcida do Bahia era maioria na casa lusitana. Com o espaço reservado ao time visitante totalmente lotado, os baianos tomaram conta da festa na cidade. Dos 2.369 pagantes, cerca de 60% era do time do Nordeste.
De forma tímida, como costuma ser, a torcida da Portuguesa ocupava poucos assentos das numeradas e uma parte do setor reservado às organizadas. E, ao invés de apoiar de forma integral, os rubro-verdes preferiam protestar contra a atual direção.
Gritos contra o presidente Manuel da Lupa, notas de "100 vergonha" e cânticos ofensivos foram entoados ao longo do confronto, enquanto os torcedores baianos preferiam cantarolar o famoso "Bahêêêa". Em maior número, os adeptos do clube de Salvador se sentiam em casa.
Sob protestos e pressão por uma campanha digna na Copa do Brasil, Geninho não fez "invenções" na primeira partida pelo clube. Ele viu Léo Silva ser expulso, conseguiu arrumar o esquema tático e segurou o rival até Gerley levar o vermelho e igualar tudo.
Assim, sem encantar como a Portuguesa de 2011, campeã do Brasileiro da Série B com uma campanha histórica, a nova equipe rubro-verde de Geninho teve atuação discreta no início de uma nova era no clube. E precisará de uma vitória simples ou de um empate com gols no duelo de volta, na Bahia, para seguir na Copa do Brasil e abafar a crise em que caiu nos últimos dias.
