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Dos 17 anos à Libertadores: o caso de amor de Romagnoli com o San Lorenzo

21 ago 2014 - 16h50
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Nesta segunda-feira, o Bahia anunciou um acordo com o meio-campista argentino Leandro Romagnoli - que não permanecerá em Salvador. A decisão já era esperada. Aos 33 anos, a carreira do jogador encaminha-se para o fim e ele optou, mesmo que tardiamente, por permanecer em seu país, vestindo as cores de seu clube do coração: o San Lorenzo. Com 16 anos de carreira, Romagnoli esteve por 12 temporadas na equipe de Almagro. Neste 2014, finalmente, conseguiu presentear os torcedores cuervos com um título de expressão: a taça da Libertadores da América. Dificilmente deixaria Buenos Aires.

O time de Boedo já é centenário e tem muita história para contar. Na Argentina, era o único considerado grande que ainda não havia conquistado a taça da competição mais importante do continente. Entre muitos torcedores, um dos mais apaixonados é o camisa 10. Revelado nas categorias de base, Romagnoli subiu ao profissional em dezembro de 1998. Demorou dois anos para levantar o primeiro caneco: em 2001 sagrou-se campeão do Torneio Clausura - equivalente ao primeiro turno do Campeonato Brasileiro.No ano seguinte, com recém-completados 18 anos de idade, foi novamente campeão. Dessa vez a conquista foi a Copa Sul-americana, frente ao Nacional de Medelín. Só não foi o primeiro título internacional do clube porque no mesmo 2001 o San Lorenzo havia ganhado a Copa Mercosul, diante do Flamengo. Deixou Buenos Aires em 2005 e foi para o México, onde assinou contrato com o Veracruz. No ano seguinte já se transferiu para o Sporting, de Portugal.

Na Europa, fez 90 jogos e marcou oito gols, além de ter conquistado o título da Taça de Portugal em 2005/06. Foram quatro anos de Sporting. Em 2009, acertou sua rescisão contratual com a equipe europeia e em setembro do mesmo ano retornou à Buenos Aires, onde assinou, novamente, contrato com o San Lorenzo.

Os cuervos, por sua vez, viveram uma seca de cinco anos sem títulos. Campeões do argentino em 2007, só voltaram a levantar uma taça em 2013. Ocasião em que o capitão e ídolo Romagnoli comandou a campanha que culminou com a vitória do Torneio Inicial - equivalente ao segundo turno do Campeonato Brasileiro.Já com a camisa 10 e a faixa de capitão no braço, o antes garoto e agora experiente Leandro Romagnoli esteve à frente também do elenco que, finalmente, foi campeão da Libertadores da América. A campanha de 2014 não foi brilhante, mas suficiente para conseguir uma classificação à decisão do torneio e, sem grandes dificuldades, superarar o Nacional, do Paraguai, em dois jogos. Um empate fora de casa e uma vitória simples - com gol de pênalti - no Nuevo Gasómetro. Mais ídolo do que nunca.

O meio-campista deveria ter se apresentado ao Tricolor Baiano em julho deste ano, já que havia firmado um pré-contrato com data prévia de apresentação. Em meio à disputa da Libertadores, não cumpriu com o prometido - sinal claro de que dificilmente a negociação seria bem sucedida. Poucos dias depois da conquista, chegou à Salvador e, depois de muita conversa com a diretoria do Bahia, conseguiu sua liberação. Não poderá assinar com nenhum outro clube brasileiro - e nem pretende - até o final da temporada de 2015. Seu futuro inevitavelmente está atrelado ao San Lorenzo. São 320 jogos e 34 gols marcados com a camisa rubro-celeste.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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