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Vitória faz 5 a 1 sobre o Bahia e já se intitula dono da Fonte Nova

7 abr 2013 - 19h44
(atualizado às 19h49)
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Frank Alcântara, presidente da Arena Fonte Nova, estava receoso com a aceitação da torcida do Vitória ao estádio recém-construído. Segundo ele, resultados negativos poderiam afastar os rubro-negros do local que sediará a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo de 2014. A preocupação durou até este domingo. O time dirigido por Caio Júnior fez 5 a 1 sobre o rival Bahia, com seus torcedores já se intitulando donos da casa.

Com os gols marcados por Renato Cajá (o primeiro da Arena Fonte Nova, de pênalti) no primeiro tempo e por Maxi Biancucchi e Michel no segundo, o Vitória se mostrou completamente à vontade no novo estádio. "A Fonte Nova é nossa!", gritou o empolgado público rubro-negro cerca de meia hora antes do final do Ba-Vi, quando muitos tricolores já deixavam o estádio. O Bahia ainda descontou, com Zé Roberto, porém Vander e Escudero acabaram com a reação.Apesar da humilhante goleada sofrida como mandante, que culminou com a demissão do técnico Jorginho, o Bahia se manteve na liderança do grupo A do Campeonato Baiano com 5 pontos ganhos, já que os seus concorrentes pela ponta da tabela perderam no sábado. Por sua vez, o Vitória conseguiu abrir vantagem para o Juazeirense na chave B, chegando aos 12 pontos, e ganhou bastante confiança para a sequência do Estadual e da Copa do Brasil.

O jogo - A rivalidade entre os dois maiores times da Bahia estava exacerbada antes mesmo de o clássico começar. No espetáculo inaugural da Arena Fonte Nova, a cantora Cláudia Leitte entrou em cena com uma camisa tricolor e foi bastante hostilizada pelos torcedores do Vitória. A resposta dos rivais veio logo em seguida, quando a rubro-negra Ivete Sangalo apareceu e também ouviu insultos.

A empolgação dos dois lados só aumentou com o batuque do Olodum, encarregado da execução do Hino Nacional Brasileiro, e chegou ao ápice com a entrada dos primeiros jogadores de uma partida oficial da Arena Fonte Nova. A maioria deles não conseguia disfarçar o nervosismo - o que resultou em erros de marcação na etapa inicial e até em faltas mais duras (Victor Ramos e Obina chegaram a trocar agressões), coibidas com o cartão amarelo do goiano Wilton Pereira Sampaio.

Quando Mansur caiu dentro da área após choque com Neto, o árbitro aplicou uma punição maior ao Bahia. Pênalti. Coube a Renato Cajá ajeitar a bola - com a calma que faltava a muitos de seus colegas - para cobrar. O meia paraibano mostrou personalidade para deslocar o goleiro Marcelo Lomba e colocar um feito histórico no seu currículo. Ele se tornou o autor do primeiro gol da Arena Fonte Nova.

Segundo Cajá, no entanto, o resultado positivo do Vitória no clássico era mais importante do que o seu êxito pessoal. A equipe rubro-negra não parecia distante de alcançar o objetivo. Ainda mais porque o rechonchudo atacante Obina errava bastante no ataque, geralmente dominando a bola com as canelas, e seu parceiro Adriano Michael Jackson frustrava ainda mais a torcida tricolor com chutes tortos diante do gol.

Dessa forma, o Vitória não demorou muito a ampliar o placar no segundo tempo. E com direito a um golaço. Aos cinco minutos, o argentino Maxi Biancucchi mostrou categoria digna de quem é primo de Lionel Messi ao receber a bola na ponta esquerda e encobrir Marcelo Lomba com um chute colocado. O jogador ainda tirou proveito da proximidade com o público que a Arena Fonte Nova (sem alambrados) proporciona para abraçar torcedores rubro-negros.

O Bahia ainda esboçou uma reação logo em seguida, quando Obina finalmente acertou uma jogada ao clarear dentro da área, bater no canto e acertar o gol. O árbitro anulou a jogada por impedimento. O mesmo não ocorreu aos 12 minutos, quando Michel tabelou com Escudero pelo lado esquerdo e chutou forte para começar a configurar a primeira goleada da Arena Fonte Nova.Muito preocupado à beira do campo, com as mãos na cabeça em diversos momentos, o técnico Jorginho resolveu entrar em ação e mandou Zé Roberto e Anderson Talisca a campo nos lugares de Paulo Rosales e Adriano Michael Jackson. Deu resultado. Aos 21 minutos, Zé Roberto cessou seu jejum de gols ao aparecer entre os zagueiros e escorar para as redes. Era uma alegria (bem) passageira pelos tricolores.

Oito minutos depois de sofrer o gol, Vander entrou na área trocando passes com Marquinhos e fez o quarto sobre o seu ex-time. Os jogadores rubro-negros repetiram o gesto de comemorar nos braços da torcida. Os tricolores, naquele momento, já deixavam o estádio sob os gritos de "olé" para a envolvente troca de passes do Vitória.

No final do Ba-Vi, Omar substituiu Marcelo Lomba. E também teve tempo de sofrer um gol. O argentino Damián Escudero recebeu na pequena área e completou para a rede, para encerrar uma goleada histórica.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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