Antes de corte, pivôs negam rancor e pregam torcida por Seleção
- Henrique Moretti
- Direto de Foz do Iguaçu*
Ruben Magnano já confirmou: a ideia é deixar Foz do Iguaçu com a lista dos 12 jogadores convocados para a Olimpíada de Londres já fechada. Atualmente, 13 jogadores brigam para não ser o nome cortado, especialmente o pivô Caio Torres e o ala-pivô Augusto Lima, que pregam respeito à opção do treinador e falam em torcer pelo grupo independentemente da decisão.
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Eles também brincam sobre o assunto. Nesta quinta-feira, após a vitória por 101 a 68 sobre a Espanha B na semifinal do Super Four, ambos atenderam juntos a reportagem do Terra e foram questionados sobre a expectativa antes do anúncio do último corte.
"Vai ser o Nenê, você não sabia?", disse Augusto, rindo, em referência ao pivô do Washington Wizards, nome certo no elenco que viajará a Londres.
Falando mais seriamente, Caio definiu a situação como "normal" e se disse "amigo" de Augusto. "A gente veio para a Seleção já sabendo disso. O conheci no passado e dentro e fora a gente vai ter amizade, mesmo treinando não vai ter nenhuma maldade. O que acontecer aconteceu, vai ser uma decisão do Magnano e vai ser boa".
"Existe competitividade dentro da quadra, mas fora todo mundo é amigo, não só dos que estão aqui como dos que foram cortados também", completou Augusto. "Quem tiver que ser vai ser, não tem como falar o que vai ser melhor ou pior, a competividade está muito grande. Existe um grupo muito bom".
O último corte feito por Magnano ocorreu no início de julho, quando o armador Nezinho e o ala-armador Vitor Benite deixaram o grupo antes do Super Four de Buenos Aires, torneio amistoso que acabou vencido pela Argentina, na última sexta-feira.
Nesta semana, o treinador ratificou a intenção de sair de Foz do Iguaçu para disputar o amistoso contra os Estados Unidos, em Washington, na próxima segunda-feira, com o elenco fechado para a Olimpíada, na qual o Brasil estreia em 29 de julho, contra a Austrália. A decisão, portanto, deve acontecer depois do reencontro com a Argentina, na final do Super Four, marcada para as 21h (de Brasília) desta quinta-feira, no Ginásio Costa Cavalcanti.
Seria uma última chance para os atletas mostrarem que merecem ir a Londres, mas Caio relativiza o assunto. "Não tem que levar tanto assim, tem que entrar no jogo, fazer o que puder fazer. Independentemente do que a gente fizer, bem ou mal, a opção vai ser dele (Magnano)", discursou.
Nesta quarta, diante da Espanha B, o pivô do Flamengo atuou por 5 minutos e 13 segundos e não arremessou à cesta, somando um rebote e cometendo uma falta. Atleta do Unicaja, Augusto permaneceu em quadra por 1 minuto e 53 segundos, período no qual conseguiu dos pontos ¿ ambos em lances livres ¿ e fez uma falta.
Um outro jogador que possivelmente estaria na briga é Raulzinho, mas Magnano já manifestou o interesse em ter três armadores na Olimpíada, o que garantiria a vaga do atleta do Lagun Aro, além de Marcelinho Huertas e Larry Taylor. Mesmo assim, Raulzinho não se mostra muito tranquilo. "Sempre tive a mesma cabeça, isso aí é uma coisa que não posso controlar. Está nas mãos do Ruben", afirmou ele, que na quarta-feira admitia a apreensão para saber o anúncio do técnico.
Um dia depois, o armador atuou por 16 minutos e 35 segundos contra a Espanha B. Seus nove pontos, três assistências e três rebotes reforçaram a tese de que realmente um pivô deve deixar o time.
"A gente tem que desejar muita sorte e torcer muito pelo basquete do Brasil. Essa é a chance de e fazer algo grande", afirmou Augusto. "Falou tudo", concordou Caio. "Só um de nós dois ou quem sair só vai torcer muito, a gente gosta de todos os jogadores, então, sem nenhum rancor, tem que estar pelo menos com a torcida ajudar o Brasil lá de casa".
* O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Basquete (CBB)
Olimpíada ao vivo no Terra
O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, de 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura conta com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.
