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Após incertezas, LBF estreia com atletas olímpicas e internacionais

18 jan 2013 - 20h04
(atualizado às 20h07)
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Inicialmente programada para começar no início de dezembro, a Liga de Basquete Feminino (LBF) sofreu com incertezas após o baque de perder o patrocínio da Eletrobrás, principal fonte de recursos da competição. Após mais de um mês, a competição finalmente estreia neste sábado, com menos equipes e um calendário curto.

Sem investimentos, algumas equipes decidiram não disputar a Liga neste ano. Mesmo as chegadas de Sport e Guarulhos não supriram a saída de Catanduva, Blumenau, Araçatuba e São Caetano, o que obrigou a organização da LBF fazer um calendário mais curto que o dos dois primeiros anos, com apenas um turno antes da disputa da melhor de três partidas das quartas de final, programadas para iniciar no dia 2 de março, apenas 28 dias antes do primeiro jogo da decisão.

Nesta edição, o líder da primeira fase avançará direto para a fase semifinal, enquanto que as demais equipes, da segunda à sétima colocada, vão disputar as quartas de final. Os três classificados mais o primeiro colocado da primeira fase disputam as semifinais, que vão definir os dois concorrentes ao título.

Apesar do pouco tempo de duração e do número reduzido de equipes, a Liga de Basquete Feminino chama a atenção pelo alto nível de suas atletas. Todo o elenco brasileiro dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, por exemplo, estará distribuído entre os times do nacional, grande parte dele repatriado após a disputa da principal competição mundial. Além disso, atletas internacionais também fizeram parte das contratações das principais equipes.

"As expectativas são as melhores possíveis. A gente teve um problema de diminuição no número de equipes, por problemas financeiros dos times, mas mesmo assim conseguimos repatriar várias jogadoras e muitas atletas estrangeiras estão chegando. O nível técnico vai ser muito bom, com jogos disputados e equipes competitivas", comemora Márcio Cattaruzzi, presidente da LBF. "A confiança dos clubes na competição cresceu, os times estão se planejando, montaram equipes fortes. A união dos clubes, como liga. Essa conscientização é uma coisa positiva", completa o dirigente.

O alto nível de suas jogadoras é a esperança da LBF em angariar novos patrocinadores durante a atual edição para ampliar o número de suas equipes e a sua duração na realização do próximo nacional.

"A empresa que mais patrocina o basquete é a Eletrobrás, mas com esses problemas financeiros, eles deixaram de financiar, inclusive a liga masculina. Mas, neste ano, a tendência é que o basquete atraia mais patrocinadores. O fortalecimento acontece pelo planejamento, a liga masculina é forte, mas o LBF está com um nível muito bom também", garante Cattaruzzi.

A opinião do presidente da Liga é compartilhada pelo treinador Luiz Zanon, atual campeão da competição com o Americana (SP). "Eu acho que talvez seja um dos melhores campeonatos. Todas as melhores jogadoras da Seleção eu acho que vão jogar a LBF. O nível técnico da competição vai ser muito bom", analisa.

Em busca do bicampeonato, o Americana manteve a base que conquistou o título da temporada passada e ainda se reforçou com a pivô Gilmara Justino, a Gil, que veio do Catanduva BC. Assim, com a nova jogadora de garrafão, as experientes Karla, Mamá, Karen, Babi e Clarissa, esta última eleita a jogadora mais valiosa (MVP) da última edição da LBF, as norte-americanas Sandora Irvin e Roneeka Hodges, além das jovens Iza, Leila, Carol, Fabi e Débora, todas da base, o time do interior paulista chega forte para defender o caneco.

"Nosso time tem uma filosofia diferente das outras equipes. O Americana é uma fábrica de atletas e, com as chegadas dessas estrangeiras, a tendência é que a gente fique ainda mais forte. A grande força do Americana é o coletivo, temos um grupo homogêneo. Não temos nenhuma super jogadora, mas ao mesmo tempo não temos nenhuma atleta que não ‘dê o sangue’", diz Zanon que acredita que a saída da Eletrobrás não foi tão prejudicial para a Liga.

"A falta do patrocínio dificultou o campeonato, que vai ser menor, mas eu entendo o lado do patrocinador (Eletrobrás). Agora resta à CBB correr atrás de investimentos e espero que outras empresas também invistam. Mesmo assim, a situação é pontual, não vai prejudicar muito o campeonato", afirma o treinador.

A primeira partida da Liga de Basquete Feminino será neste sábado, às 12h (de Brasília), quando Sport Recife e o atual campeão Americana se enfrentam no ginásio da Ilha do Retiro, em Recife (PE). No mesmo dia, às 18h, Ourinhos Basquete e Santo Andre/Semasa também estreiam na competição, em jogo que será realizado no ginásio Municipal José Maria Paschoalick, o 'Monstrinho', na cidade de Ourinhos (SP).

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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