PUBLICIDADE

Após sexta cirurgia, brasileiro-belga se apoia no esporte para reabilitação

O brasileiro naturalizado belga Sebastien Bellin, vítima de um atentado à bomba no aeroporto de Bruxelas no dia 22 de março continua sua luta para voltar a andar. Já são seis cirurgias para tentar reparar os danos que suas pernas e quadril sofreram e três transfusões para repor o sangue perdido (quase metade) no dia […]

23 mai 2016 - 13h44
Compartilhar
Exibir comentários

O brasileiro naturalizado belga Sebastien Bellin, vítima de um atentado à bomba no aeroporto de Bruxelas no dia 22 de março continua sua luta para voltar a andar. Já são seis cirurgias para tentar reparar os danos que suas pernas e quadril sofreram e três transfusões para repor o sangue perdido (quase metade) no dia da tragédia. Após dois meses, o ex jogador de basquete ainda não deu sinais de melhora.

Sua última cirurgia foi a implantação de um parafuso em sua tíbia para estabilizar o movimento da perna. O intuito é permitir que Bellin consiga apoiar o peso em sua perna direita e quadril nas próximas semanas. Ainda em uma cadeira de rodas, o brasileiro-belga precisa resgatar parte de sua autonomia para poder voltar aos Estados Unidos continuar seu tratamento.

“O caminho ainda é longo. Vou ter um grande período de recuperação nos Estados Unidos, mas há uma luz no fim do túnel. Agora poderei me recuperar perto da minha família, com minhas filhas. Essa energia vai ajudar muito”, comentou o ex-jogador em entrevista à Fox Sports internacional.

Espera-se que o processo de recuperação ocorra por vários meses e, só então, poderá haver um veredito sobre a evolução de seu quadro. Os médicos acreditam que Bellin voltará a andar, só não sabem a fluidez de seus movimentos. Algumas sequelas como dor crônica e artrite podem marcar o ex-jogador para toda sua vida.

“Meu porte físico e meu passado me ajudaram bastante. Fui capaz de manter a calma sob a pressão da hora. Criei um plano de jogo, isso é quase como uma natureza pessoal após mais de 15 anos jogando. Falei ‘tenho que ganhar essa partida, como vou fazer isso?’. Então eu tinha um plano traçado e visualizei que iria ganhar. Foi a maior partida da minha vida e eu ganhei”, comentou Bellin.

O jogador ainda comentou como seu preparo e autoconhecimento do corpo ajudaram no momento do atentado e seguem contribuindo na recuperação. “Eu sei quando posso exigir um pouco mais durante a reabilitação ou quando preciso ir mais devagar. Onde alguns veem limitações, eu vejo oportunidades de superação e contra ataque”, completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade