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Com clima quente, Brasil se vinga da Argentina e é campeão em Foz

12 jul 2012 - 22h59
(atualizado em 13/7/2012 às 09h43)
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Henrique Moretti
Direto de Foz do Iguaçu*

Derrotado pela Argentina em Buenos Aires na semana passada, o Brasil deu o troco na noite desta quinta-feira, conquistando o torneio amistoso Super Four, em Foz do Iguaçu. Atuando no Ginásio Costa Cavalcanti lotado, a equipe da casa venceu por 91 a 75 em um jogo bastante tenso que incluiu duas expulsões, uma para cada lado: Marcelinho Machado e Leonardo Gutiérrez.

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Os destaques da partida foram os pivôs Tiago Splitter e Anderson Varejão, com respectivamente 19 e 17 pontos. O primeiro ainda somou oito rebotes, aproximando-se de um double-double (dois dígitos em dois fundamentos). Na armação, Marcelinho Huertas também teve bons números, com 14 pontos, sete assistências e cinco rebotes, assim como Larry Taylor, que fez 16 pontos. Pela Argentina, o cestinha a foi o ala-pivô Luis Scola, responsável por 19 pontos; ele também pegou seis rebotes.

O clássico sul-americano, que serviu de preparação para os Jogos Olímpicos de Londres, teve desfalques de ambas as partes. O Brasil não pôde escalar o ala-armador Leandrinho, com uma entorse no tornozelo esquerdo, e o ala Marquinhos, com uma lesão no abdome. A Seleção saiu jogando com Marcelinho Huertas, Marcelinho Machado, Alex, Tiago Splitter e Anderson Varejão.

Os argentinos não tiveram o ala-armador Emanuel Ginóbili, devido a uma gastroenterite. Seu time titular foi formado por: Pablo Prigioni, Paolo Quinteros, Andrés Nocioni, Luis Scola e Juan Gutiérrez.

A Seleção Brasileira rapidamente tomou a dianteira do placar, fechando o primeiro quarto com vantagem de 28 a 21. O técnico Ruben Magnano rodava bastante a equipe, tanto é que apenas Machado, dos titulares, iniciaram o segundo período - os demais eram Raulzinho, Larry Taylor, Guilherme Giovannoni e Nenê.

Os mandantes foram ao intervalo liderando por 47 a 37, mas a Argentina reagiu na retomada do encontro. Faltando dois minutos para o fim do terceiro quarto, a desvantagem da equipe era de apenas um ponto, mas logo depois veio a desqualificação de Nocioni, com a segunda falta técnica, o que permitiu aos brasileiros se manterem com cinco pontos à frente.

O placar era de 66 a 61 no começo do quarto período de jogo. O time da casa era formado por Huertas, Larry, Guilherme, Splitter e Nenê e não teve grandes dificuldades para aumentar a liderança até o estouro do cronômetro. Com a festa da torcida, o Brasil construiu uma revanche após a derrota por 80 a 74 na última sexta-feira, na final do Super Four de Buenos Aires, e conquistou o segundo torneio amistoso da preparação olímpica: o outro havia sido em São Carlos, em 28 de junho.

Antes de estrear no Grupo B Olimpíada de Londres em 29 de julho, contra a Austrália, o Brasil ainda disputa amistosos contra os Estados Unidos, em Washington, nesta segunda-feira; e contra França e Austrália, em Estrasburgo, respectivamente nos dias 21 e 22. Campeã olímpica em Atenas 2004 e medalhista de bronze em Pequim 2008, a Argentina estreia no Reino Unido também em 29 de julho, diante da Lituânia, pelo Grupo A.

Clima quente marca reencontro entre rivais:

O clássico foi tenso desde o primeiro quarto, no qual o técnico argentino Julio Lamas discutiu com Marcelinho Machado. Irritado com a não marcação de uma falta, o treinador protestou bastante contra a arbitragem e chegou a dar pulos, batendo fortemente com os pés no chão. Resultado: falta técnica.

Faltando cerca de 1 minuto e 30 segundos para o fim do primeiro período, foi a vez de Alex se envolver em bate-boca, com Leonardo Gutierrez. Com quatro minutos jogados do segundo quarto, Marcelinho Huertas acertou uma bandeja cuja trajetória foi impedida já na descendência. Valeram os dois pontos, e o mesmo Gutierrez começou a discutir com Machado. Houve um princípio de confusão que acabou com os dois expulsos e uma falta antidesportiva contra o pivô Nenê.

Os ânimos se acalmaram um pouco depois da atitude mais drástica dos juízes, embora os dois times continuassem a comemorar todos os pontos com muito entusiasmo dentro da quadra e nos bancos de reservas. No terceiro quarto, o ala Andrés Nocioni também acabou desqualificado, cometendo a segunda falta técnica.

As torcidas ainda faziam um espetáculo à parte e lotaram o Costa Cavalcanti, com capacidade para pouco mais de 3 mil espectadores. Dada à localização de Foz do Iguaçu, na fronteira com a Argentina, os fãs do país vizinho comparecem em bom número e cantaram muitas vezes o tradicional "vamos, vamos Argentina, vamos, vamos a ganar".

Os brasileiros respondiam com "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" e vaiavam bastante todos os jogadores rivais na hora de lances livres. A tática deu certo, por exemplo, no primeiro quarto, quando Luis Scola, principal astro alviceleste em quadra, errou os dois arremessos.

Ao final, foram realmente os mandantes que ficaram mais felizes no ginásio. Gritos de "é campeão" passaram a ser ouvidos, em uma festa verde e amarela em Foz do Iguaçu. A cidade é a mesma onde a Seleção Brasileira masculina de basquete havia encerrado a preparação para o Pré-Olímpico de 2011, em Mar del Plata, que deu ao País a primeira classificação à uma Olimpíada desde Atenas 1996.

O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Basquete (CBB)

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Tiago Splitter foi um dos cestinhas do jogo, com 19 pontos. O pivô apanhou ainda oito rebotes
Tiago Splitter foi um dos cestinhas do jogo, com 19 pontos. O pivô apanhou ainda oito rebotes
Foto: Colin Foster/CBB / Divulgação
Fonte: Terra
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