Dennis Rodman afirma que líder norte-coreano espera apenas telefonema de Obama
O ex-jogador de basquete Dennis Rodman defendeu neste domingo sua viagem à Coreia do Norte e declarou que o líder Kim Jong-Un não quer a guerra, mas apenas um telefonema do presidente americano Barack Obama.
Rodman, que assistiu na quinta-feira em Pyongyang uma partida de basquete com Kim em um contexto de crescente tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte, afirmou que o polêmico líder comentou "não quero fazer guerra, não quero a guerra".
"Ele quer que Obama faça apenas uma coisa, que o telefone", declarou Rodman ao programa "This Week" da rede ABC.
O excêntrico atleta, que conquistou vários campeonatos da NBA com o Chicago Bulls e o Detroit Pistons, descreveu o líder norte-coreano como "muito humilde", mas também "muito forte", acrescentando: "o poder o encanta, o controle o encanta".
Contudo, insistiu no que chamou de "diplomacia do basquete" como uma maneira de encurtar as distâncias entre Washington e Pyongyang, aprofundadas com o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no mês passado.
Kim, que assumiu o poder após a morte de seu pai no final de 2011, "ama o basquete. E ele disse que Obama ama o basquete", ressaltou Rodman.
Quando questionado sobre os famosos campos de prisioneiros da Coreia do Norte, Rodman respondeu: "Nós (Estados Unidos) fazemos o mesmo".
Uma delegação que viajou recentemente à Coreia do Norte, que incluiu o diretor do Google, Eric Schmidt, e o ex-embaixador dos Estados Unidos ante a ONU, Bill Richardson, não conseguiu se reunir com o jovem líder.