Cerca de 100 pessoas, entre parentes, amigos, ex-atletas e ex-colegas, se despediram de Ary Vidal, ex-técnico da Seleção Brasileira de basquete, que foi enterrado na manhã desta terça-feira, no Rio de Janeiro. O treinador, que tinha 77 anos, morreu de insuficiência renal e cardíaca. Durante o velório, foram colocadas no caixão as bandeiras do Flamengo (clube o qual dirigiu durante boa parte da carreira), da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e do Brasil.
O treinador comandou a equipe na histórica campanha do ouro no Pan-Americano de Indianápolis (1987), com direito a vitória sobre os Estados Unidos na final. Durante a cerimônia desta terça, ex-comandados e colegas de Vidal exaltaram o otimismo do treinador e como ele sabia como ninguém motivar um grupo.
"Ele conseguia tirar do atleta tudo que ele tinha de melhor, fazia o médio ser bom e o bom virar excepcional. Ele tinha um poder de enaltecer sempre coisas boas. Sempre pedia para não se falar em coisas negativas. Sempre estava a postos para levantar sua auto-estima. Ele que criou a escola brasileira de basquete, a escola dos contra-ataques. Nosso jogo alegre se deve ao Ary Vidal. Vai fazer muita falta", afirmou o treinador Miguel Ângelo da Luz.
"Ele deixa uma semente que floresceu com extremo positivismo, que era marca registrade dele. Sempre fazia a gente acreditar na gente. Foi meu tecnico tanto no juvenil como no adulto. Aprendi muito com essa convivência intensa, em que a cada momento ele só me engrandecia, pois sempre puxava a gente para cima e nunca para baixo", afirmou Paulinho Villlas Boas, um dos integrantes da Seleção Brasileira de 1987, campeã pan-americana.
Ex-presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, ressaltou os momentos em que Vidal dirigiu a Seleção quando ele comandava a entidade. "Vivemos ótimos momentos pela Seleção. Ele como técnico, na verdade, comandava sua equipe como um maestro comanda a sua orquestra. Possuía uma liderança natual muito grande, era muito apaixonado e detalhista em tudo o que fazia. Participou de uma época de um basquete romântico. Era o homem sempre que estava 10, 15 anos a frente do seu tempo.
Nascido no Rio de Janeiro em 1935, Ary começou a carreira como técnico de basquete no final da década de 50. Pela Seleção Brasileira masculina da modalidade, comandou o time nos Jogos Pan-Americanos de 1987, em Indianápolis (EUA), quando conquistou a medalha de ouro ao vencer os Estados Unidos na final por 120 a 115. No ano seguinte, na Olimpíada de Seul, conduziu o time de Oscar, Marcel e companhia ao quinto lugar.
No último grande resultado conquistado à frente da Seleção, o treinador comandou a equipe na Olimpíada de 1996, em Atlanta (EUA), na qual conseguiu o sexto lugar. No total, foram 121 jogos, com 92 vitórias e 29 derrotas.
Com passagem também por diversos clubes do Brasil, como Vasco, Flamengo, Fluminense e Minas, Vidal foi campeão brasileiro em 1994, pelo Corinthians de Santa Cruz do Sul-RS. Dirigiu o basquete rubro-negro em 2009. Em outubro de 2012, sofreu um acidente vascular cerebral no Rio de Janeiro, em meio a diversos problemas de saúde.
Morto na segunda-feira aos 77 anos, por insuficiência renal e cardíaca, o ex-técnico de basquete Ary Vidal foi enterrado nesta terça, no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ary Vidal comandou a Seleção Brasileira na histórica campanha do ouro no Pan-Americano de Indianápolis (1987), com direito a vitória sobre os Estados Unidos na final
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Cerca de 100 pessoas, entre parentes, amigos, ex-atletas e ex-colegas, se despediram de Ary Vidal
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Nascido no Rio de Janeiro em 1935, Ary começou a carreira como técnico de basquete no final da década de 50. Pela Seleção Brasileira masculina da modalidade, comandou o time nos Jogos Pan-Americanos de 1987, em Indianápolis (EUA), quando conquistou a medalha de ouro ao vencer os Estados Unidos na final por 120 a 115. No ano seguinte, na Olimpíada de Seul, conduziu o time de Oscar, Marcel e companhia ao quinto lugar
Foto: Mauro Pimentel / Terra
qDurante o velório, foram colocadas no caixão as bandeiras do Flamengo (clube que dirigiu durante boa parte da carreira), da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e do Brasil
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ex-presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, ressaltou os momentos em que Vidal dirigiu a Seleção quando ele comandava a entidade. "Vivemos ótimos momentos pela Seleção. Ele como técnico, na verdade, comandava sua equipe como um maestro comanda a sua orquestra"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
No último grande resultado conquistado à frente da Seleção, o treinador comandou a equipe na Olimpíada de 1996, em Atlanta (EUA), na qual conseguiu o sexto lugar. No total, foram 121 jogos, com 92 vitórias e 29 derrotas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Com passagem também por diversos clubes do Brasil, como Vasco, Flamengo, Fluminense e Minas, Vidal foi campeão brasileiro em 1994, pelo Corinthians de Santa Cruz do Sul-RS. Dirigiu o basquete do Flamengo em 2009
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Em outubro de 2012, Ary Vidal sofreu um acidente vascular cerebral no Rio de Janeiro, em meio a diversos problemas de saúde
Foto: Mauro Pimentel / Terra
"Ele que criou a escola brasileira de basquete, a escola dos contra-ataques. Nosso jogo alegre se deve ao Ary Vidal. Vai fazer muita falta", afirmou o treinador Miguel Ângelo da Luz