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Em grupo difícil, Brasil teme "jogo da morte" com EUA em Londres

8 jul 2012 - 07h39
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Henrique Moretti
Direto de Foz do Iguaçu*

Um grupo que já era difícil ficou ainda pior após a definição do Pré-Olímpico Mundial feminino de basquete que se encerrou em 1º de julho em Ancara, na Turquia. Com a ida da França para o Grupo B da Olimpíada de Londres, o Brasil não figura entre os três principais favoritos da chave, segundo o técnico Luiz Cláudio Tarallo, o que aumenta as chances de um "jogo da morte" nas quartas de final contra os Estados Unidos, nas palavras do comandante.

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República Checa, Croácia, Turquia, França e Canadá obtiveram as últimas vagas para Londres por meio do Pré-Olímpico. Os dois últimos times completam o Grupo B da Olimpíada, que ainda conta com Brasil, Reino Unido, Austrália e Rússia. O A, por sua vez, é composto por Estados Unidos, Angola, China, Croácia, Turquia e República Checa, o que "com certeza" gera um desnível na comparação das chaves, de acordo com Tarallo.

"Torcíamos obviamente para que não caíssem na nossa chave duas grandes forças que estavam em Ancara, justamente França e República Checa. Obviamente com a vinda da França, nossa chave ficou dificílima", afirmou o treinador ao Terra neste sábado, após treinamento em Foz do Iguaçu.

Para Tarallo, Austrália (medalha de prata nas três últimas edições da Olimpíada), Rússia (atual campeã europeia) e França (campeã europeia em 2009) "realmente são os favoritos" do grupo - os quatro melhores de cada chave passam às quartas de final. "O Brasil vai trabalhar para surpreender, sabendo que talvez quem fique como quarto colocado tenha grande chance de disputar o jogo da morte com os Estados Unidos. Então realmente ficou uma situação dificílima para nós, mas fazer o quê? É sorteio e estamos trabalhando forte para surpreender e tentar passar bem nessa fase", diz ele.

O trabalho da Seleção prossegue neste domingo, a partir das 11h (de Brasília), quando as brasileiras enfrentam Cuba pelo segundo amistoso do Desafio Internacional de Foz do Iguaçu. A equipe verde e amarela superou o mesmo rival na última sexta-feira. Depois, o próximo desafio será uma visita a Washington para enfrentar justamente as americanas, no dia 16.

"Eu também não sei como o time está, nós vamos ver agora, mas melhor cruzar com a Austrália do que com os EUA", analisa Hortência, diretora de Seleções femininas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que preferiria ver o time na mesma chave das tetracampeãs olímpicas do que "correr o risco" de encará-las nas quartas.

O Brasil também vai encarar a França em breve, em um torneio amistoso em Lille, entre 20 e 22 de julho, que reúne ainda Austrália e China. A estreia em Londres, no próximo dia 28, será justamente diante das francesas em um "jogo-chave", conforme define Tarallo.

"Além de cairmos em uma chave difícil caímos em uma sequência muito dura, por isso a equipe tem que chegar 100% e tentar na estreia uma vitória que aí sim seria um caminho muito bom", diz ele, lembrando que na segunda rodada, no dia 30, o Brasil pega a Rússia e na terceira, em 1º de agosto, a Austrália.

Hortência concorda que a abertura da campanha será "crucial" para a confiança do grupo. Ela define a França como um "timaço" que "fez um trabalho de médio prazo para cá", mas também vê uma vantagem na definição do sorteio: "é difícil a nossa chave? É difícil, mas eu prefiro pegar uma chave forte, você começa muito forte. Se você passar, aí você vai embora, entendeu?".

* O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Basquete (CBB)

Técnico Luiz Cláudio Tarallo acredita que Brasil poderá surpreender no Grupo B da Olimpíada de Londres
Técnico Luiz Cláudio Tarallo acredita que Brasil poderá surpreender no Grupo B da Olimpíada de Londres
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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