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Em vantagem mínima, Bauru reencontra Real Madrid na finalíssima

26 set 2015 - 20h11
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O Bauru está a um passo de se tornar campeão mundial de basquete. Após a vitória por 91 a 90 sobre o Real Madrid na noite de sexta-feira, a equipe de Guerrinha pode ganhar ou perder o segundo embate por um ponto de diferença - desde que os espanhóis não superem o saldo do primeiro jogo -, para ficar com o troféu. Embora apertado, o triunfo serviu para dar confiança à formação do interior paulista, que reverteu uma desvantagem de 17 pontos para largar na frente.

“Quando eles dispararam, todo mundo achou que o jogo tinha acabado ali. Mas tivemos paciência, defendemos e trabalhamos muito para conseguir definir na última bola. Foi uma vitória excelente. Precisamos manter a mesma postura no domingo, é nossa chance de fazer história", avaliou o armador Ricardo Fischer, responsável por 12 pontos no primeiro jogo.

Cauteloso, o atleta sabe que a vantagem não é grande, e espera um adversário ainda mais motivado na finalíssima de domingo. "O Real Madrid virá mais duro. Com certeza eles estão mordidos, perderam o jogo. Virão mais duros, mas a gente vai ir mais duro também."

Para igualar o feito de Sírio (1979) e Flamengo (2014), o campeão da Liga das Américas e vice-campeão do NBB precisa contar com mais uma atuação excepcional do experiente Alex Garcia, dono de 12 pontos, oito assistências e sete rebotes, e da eficiência do pivô Rafael Hettsheimeir - cestinha com 27 pontos - nas bolas de três. Léo Meindl e Jefferson Willian, destaques no embate inicial, também serão armas importantes, assim como o apoio da torcida no ginásio do Ibirapuera.

"A energia (para virar o jogo) saiu das arquibancadas. Temos que pensar positivo para buscar o título", acrescentou Fischer.

A confiança não é exclusividade do Bauru. O campeão da Euroliga garantiu que vai tirar aprendizado da derrota e consertar os erros para o embate final. "Estávamos em boa vantagem, mas as bolas de três do Bauru e alguns erros da nossa equipe permitiram que eles tirassem a diferença. Serve de experiência para entrarmos melhor no jogo de domingo", assegurou o técnico Pablo Laso.

Considerado o time mais poderoso fora da NBA, o plantel merengue conta com cinco espanhóis embalados pelo título do Pré-Olímpico Europeu, ex-atletas da liga norte-americana e astros de outras grandes seleções, como o argentino Andrés Nocioni, o mexicano Gustavo Ayón e o lituano Jonas Macilius. O armador Sergio Llull evitou desculpas pela virada e deu crédito aos bauruenses. 

"Antes do intervalo estávamos defendendo bem, mas voltamos mal dos vestiários. O Bauru acertou alguns chutes de três, inclusive quando estavam bem defendidos. Tivemos pouco tempo treinando todos juntos, mas jogamos juntos o ano passado. Somos o Real Madrid e não devemos dar desculpas. Agora é concentrar para o jogo de domingo", afirmou o espanhol, ecoado por Laso.

"Não quero pensar que foi relaxamento da nossa equipe. Foi acerto do lado deles. Caiu o ritmo da nossa defesa e eles souberam aproveitar. A Copa Intercontinental não é para qualquer um, eles são campeões da América. Mas ainda estamos na metade da série. É como se estivéssemos no intervalo, ainda há muito jogo pela frente", concluiu.

O embate final entre Bauru e Real Madrid será neste domingo, também no Ibirapuera, às 12h (de Brasília). Como o primeiro critério de desempate é o saldo de pontos, os paulistas precisam ganhar ou perder por um ponto, caso os espanhóis não ultrapassem as 91 unidades. Qualquer vitória por dois pontos ou mais dá o título aos galáticos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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