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Finalistas, Leandrinho e Varejão são "exemplos" para jovens atletas

4 jun 2015 - 12h11
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Em 2014/15, a NBA teve recorde de brasileiros começando na temporada regular, com sete no total. Além dos finalistas Anderson Varejão (contundido), do Cleveland Cavaliers, e Leandrinho Barbosa, do Golden State Warriors, a liga contou com o atual campeão pelo San Antonio Spurs, Tiago Splitter, o veterano Nenê no Washigton Wizards e o pivô Vitor Faverani, que começou jogando pelo Boston Celtics, sofreu uma lesão no joelho e foi cortado do elenco. Entre os calouros, Lucas "Bebê" Nogueira e Bruno Caboclo atuaram no Toronto Raptors, mas acabaram rumando para a Liga de Desenvolvimento (D-League).

De acordo com Leandrinho, finalista da NBA, os jovens fãs de basquete se inspiram ao ver seus compatriotas disputando títulos entre os melhores do mundo, como aconteceu com ele próprio, o que incentiva atletas a ingressarem na modalidade em um país em que o futebol é o esporte predominante.

"O garoto que acompanha basquete ama ver a NBA. E se ele pode ver brasileiros como ele em ação, sendo decisivos, jogando bem, isso traz uma motivação extra", explicou Leandrinho à Gazeta Esportiva.

"Nós estamos cientes de que servimos de exemplo para muitos meninos no Brasil. E eu lembro que um dia fui esse menino que sonhava em jogar basquete profissional", afirmou. O ala-armador dos Warriors acredita que os investimentos realizados pela liga para popularizar a marca no Brasil estão intrinsecamente ligados ao aumento do número de atletas nacionais disputando o torneio.

"É um pouco consequência disso. O Brasil tem um público apaixonado por NBA. E tudo tem crescido muito: você vê transmissões aumentando, interesse da mídia e dos próprios fãs, e é claro que a liga não ia deixar de aproveitar essa brecha para agir. A relação tem se estreitado bastante, o que nos deixa orgulhosos", acrescentou, ecoado por Varejão. O pivô do Cleveland Cavaliers vê a presença de brasileiros na liga norte-americana como algo capaz de impulsionar o esporte nacional e favorecer o surgimento de atletas de base. É o caso de Bruno Caboclo.

"Nos últimos anos, com a criação do NBB e a reestruturação do esporte no país, a modalidade ficou mais forte e segue crescendo. No meu caso, do Nenê, Tiago, Leandro e outros, chegamos à NBA por outros caminhos, por meio do Draft ou vindos da Europa. Mas o Bruno Caboclo, por exemplo, é um menino que disputou os torneios da base no Brasil, como a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), passou por eventos da NBA, e só então foi draftado, no ano passado, pelo Toronto Raptors. E com certeza vão aparecer outros como ele", disse o capixaba.

"O Draft desse ano terá quatro meninos que são da base do basquete brasileiro e torço para que tenhamos ainda mais jovens chegando na próxima temporada. Entrar na NBA é difícil, se manter é ainda mais, mas vejo essas novas gerações com boa cabeça, bom preparo, mais acesso às informações e muita disposição. É bom ver o quanto a NBA está olhando para o Brasil, apostando e se fazendo presente, seja pelos eventos ou pela parceria", acrescentou.

Varejão acredita que a NBA é um modelo a ser seguido pelo mundo inteiro. A parceria que os norte-americanos firmaram com a Liga Nacional de Basquete (LNB) deve render frutos no futuro.

"O basquete brasileiro vai ter ganhos com a qualidade do jogo, com os eventos, com o intercâmbio entre os profissionais, parte técnica, estreitar essa relação. O Brasil só tem a ganhar com isso, o esporte vai se fortalecer e se consolidar cada vez mais", assegurou o companheiro de LeBron James nos Cavs.

E não foi apenas o Brasil que teve mais atletas em quadra nesta temporada. Tentando aumentar o número de fãs do esporte da bola laranja ao redor do mundo, a NBA bateu o recorde de atletas estrangeiros na liga, ultrapassando a centena pela primeira vez na história: dos 450 jogadores, 101 eram estrangeiros advindos de 37 países e regiões distintos.

"O basquete cresceu muito ao redor do mundo nos últimos anos. É claro que os americanos sempre serão a referência, mas o basquete mundial ganhou voz em centros antes menos expressivos. Isso é muito legal não só para a NBA, como para todo o esporte", opinou Leandrinho. Classificando a NBA como a "liga esportiva mais global" de todas, Varejão reconhece que a presença de estrangeiros nos Estados Unidos fez com que a liga se popularizasse ao redor do mundo não só pela transmissão dos jogos para diversos países, além de fazer com que outras ligas abrissem mais espaço para que os norte-americanos, que atualmente se destacam na Europa e na América do Sul. "Isso tudo foi bem planejado, uma estratégia que deu certo", completa o pivô de 2,11m.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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