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Fotos da Gazeta Esportiva emocionam armador Helinho: “Relíquias”

6 mar 2015 - 10h20
(atualizado às 10h20)
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O armador Helinho ficou emocionado ao abrir uma pasta com fotos do acervo do jornal A Gazeta Esportiva. Nos registros, além de ver o pai Hélio Rubens como jogador de Franca, ele relembrou momentos da própria vida, a começar pela imagem que o mostra ainda bebê, já trajado com a camisa numero 8.

"Algumas fotos ainda nos surpreendem", afirmou Helinho, olhando para as imagens. "Tem eu pequenininho, junto com o time. Depois, começando a entrar na equipe adulta. São coisas que marcam a nossa vida, até mais do que os títulos. Esses registros nos fazem lembrar as coisas boas que passamos ao longo da carreira", disse.

A Gazeta Esportiva teve sua primeira edição diária veiculada em 10 de outubro de 1947. Até 2001, ano em que foi descontinuado, o periódico noticiou as glórias e fracassos do esporte brasileiro. Neste período, Franca conquistou seus 11 títulos nacionais no basquete.

"Minha mãe montou uma sala com todas as medalhas, placas e diplomas que meu pai recebeu ao longo da carreira de técnico e jogador. Com certeza, ela vai querer emoldurar essas relíquias para colocá-las no espaço que conta a história dos 55 anos que meu pai dedicou ao basquete", afirmou o armador.

Filho de Hélio Rubens, Helinho, sobrinho de Totó e Fransérgio, mantém a tradição da família no time de Franca, cidade que tem uma bola de basquete em sua bandeira. Uma das fotos do acervo do jornal A Gazeta Esportiva mostra o atual armador como mascote da equipe, munido de uma taça e agachado diante do sorridente pai."Com dois anos, eu entrava em quadra com meu pai. Com quatro para cinco, já arremessava de lavadeira (de baixo para cima). Convertia algumas cestas e a torcida no Ibirapuera adorava. Vendo as fotos, fico feliz por saber que passei por tudo isso", contou o jogador.

Ao longo de sua carreira, o armador teve a oportunidade de atuar e ganhar títulos sob o comando de Hélio Rubens. Embora fosse vestido com a camisa 8, número usado pelo pai, antes mesmo de dar os primeiros passos, Helinho garante que não houve pressão por parte de sua família.

"Quando nasci, meu pai estava em uma época de Seleção Brasileira, em uma fase muito boa da carreira. Ele sempre me deu o livre arbítrio para fazer o que eu quisesse. Joguei tênis e futebol, mas aos poucos fui me apaixonando pelo basquete. Felizmente, hoje tenho orgulho de tudo que consegui por meio desse esporte", afirmou.

Por falta de patrocínio, o tradicional time de basquete de Franca correu sério risco de encerrar suas atividades no ano passado e, atualmente, tenta se reerguer. Otimista, Helinho já pensa na possibilidade de ver o pequeno sobrinho Benício manter a tradição da família na equipe."Ele também é apaixonado por basquete, doente mesmo. Não tira as roupas de basquete, quer ir para a escola uniformizado. O Benício mora em Uberlândia e fica pedindo para vir a Franca para me acompanhar nos treinos. É o xodó do meu pai", contou.

Enquanto curte o gosto do neto pelo basquete, Hélio Rubens procura contribuir para combater a crise financeira do Franca e estuda propostas para voltar a trabalhar. No final de 2014, ele foi procurado pelo Vasco, clube que treinou de forma bem-sucedida no começo dos anos 2000.

"Ele está tentando ajudar Franca e tem participado de algumas reuniões, mas sempre recebe ofertas para voltar. Meu pai tem um carinho especial pelo Vasco, porque fomos muito felizes no clube. Fica a expectativa. O que posso dizer é que ele está feliz. Se quiser retornar, tem toda a credibilidade para isso", afirmou Helinho.

*O repórter viaja a convite da Liga Nacional de Basquete

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