"Geração NBA" mira 2016 como última chance de fazer história
Mesmo com a derrota de quarta-feira para a Sérvia, a atuação da Seleção Brasileira no Mundial na Espanha gerou expectativas de uma boa participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Será praticamente a última chance para uma geração já envelhecida deixar sua marca na história do basquete nacional além de ter desbravado e colocado o Brasil de vez na NBA, a liga mais importante de basquete do mundo.
Após a partida desta quarta-feira, os atletas brasileiros declararam que ainda é cedo para pensar detalhadamente no torneio olímpico, mas que estarão disponíveis para serem convocados pelo técnico Rubén Magnano. Deste time, atualmente Leandrinho, Nenê, Anderson Varejão e Tiago Splitter atuam na liga americana. Só Splitter, com 29 anos, ainda não é "trintão".
“Com certeza eu vou sempre querer representar a seleção. Eu dei o máximo e todos os jogadores deram o máximo. Vai depender muito como vamos estar fisicamente. Muitos jogadores na NBA e na Europa jogam muitas partidas por ano”, comentou Marquinhos.
O Brasil é o time mais velho do atual Mundial, com uma média de idade que ultrapassa os 31 anos. O ala Marcelinho Machado, por exemplo, disputou o torneio na Espanha com 39 anos. Apesar disso, o jogador Alex Garcia acredita que o grupo poderá ser mantido. “A maioria dos jogadores está jogando em grandes clubes no mundo e no Brasil. Eu acho que é só trabalhar forte e cada um fazer o seu trabalho no clube para chegar bem”, disse.
O jogador Leandrinho Barbosa ponderou que, apesar da idade, o time ganhou entrosamento nos últimos anos, fator que pode fazer a diferença em uma competição de alto nível como as Olimpíadas. “Com certeza, não só eu como todos nós (queremos estar nos Jogos Olímpicos). Se Deus quiser, estaremos lá. A gente está muito unido, temos que levantar a cabeça e dar continuidade no que a gente sabe fazer”, analisou.
Já o pivô Nenê, acredita que o resultado que escapou da equipe neste Mundial pode ser alcançado em 2016. Entretanto, o jogador do Washington Wizards pensa que a competição no Rio de Janeiro é apenas o último passo do grupo dentro de uma preparação que começa com o fim do Mundial.
“Agora é dia a dia. O próximo passo é ver a família (...) e iremos pra casa com o resultado positivo, mas com o sentimento um pouco de frustração porque estávamos muito próximos. Se não conseguimos agora, esperamos conseguir em 2016”, concluiu.
Leandro Barbosa jogará temporada da NBA no Golden State Warriors. Foto: Daniel Tejedor/AP